
A maior parte dos empreendedores que perdeu o neg�cio (54,4%) diz que vai procurar um emprego. J� 18,2% pretende abrir um neg�cio informal, enquanto 9,1% planeja virar aut�nomo. Ningu�m que participou da pesquisa respondeu que iria se aposentar ou abrir outro neg�cio.
Entre os empres�rios que tiveram que fechar seus neg�cios de vez, 32% afirmam que se o, governo tivesse oferecido apoio financeiro, o fechamento poderia ser evitado. Por�m, uma parcela quase igual (31,5%) do grupo diz que nada poderia ser feito. J� 18,2% deles afirmam que buscar cr�dito banc�rio ou uma melhor gest�o poderiam ter ajudado.
Para o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha, desde mar�o os pequenos neg�cios enfrentam uma “batalha di�ria” para sobreviver. “Al�m das incertezas provocadas pela pandemia, a falta de recursos financeiros para tocar o neg�cio, mesmo ap�s a retomada, � um dos principais motivos que fizeram com que as empresas encerrem suas atividades”, explica.
Entre as empresas que continuam no mercado, 46,9% conseguiram continuar funcionando de alguma forma, enquanto 42,1% tiveram que interromper o funcionamento temporariamente. Nos neg�cios que ainda est�o de p�, o problema � a falta de adapta��o com as ferramentas usada para driblar o isolamento social.
Dentro do grupo de empres�rios que n�o fechou o neg�cio, 36,3% dizem que n�o est� funcionando por n�o ter estrutura para usar tecnologias digitais. Para 12,2%, n�o foi poss�vel continuar, j� que o neg�cio s� funciona presencialmente. Uma porcentagem menor, de 15,9% diz que est� trabalhando por meio de aplicativos, telefone e internet.
No caso dos que ainda sofrem com a adapta��o para o meio digital, Afonso Maria Rocha recomenda planejamento e criatividade. “Entender as novas necessidades do consumidor � o melhor caminho para quem quer manter a empresa funcionando. Por�m, temos que lembrar que neste percurso muitos pequenos neg�cios n�o t�m recursos nem estrutura para acompanhar os avan�os tecnol�gicos”, diz.
A pesquisa do Sebrae-MG tamb�m questionou os donos de pequenos neg�cios sobre o impacto do coronav�rus no faturamento mensal. Para 85% deles, os lucros ca�ram em m�dia 58%. Para 4,2% o faturamento aumentou em m�dia 23%. Por outro lado, 6% responderam que o faturamento permaneceu igual, e 4,3% n�o sabe ou n�o quis responder.
O Sebrae questionou como quem expandiu as vendas no meio da crise conseguiu fazer isso. A maioria (57,7%) est� vendendo mais on-line, enquanto os servi�os e produtos oferecidos por 40,1% s�o considerados essenciais. Os empres�rios desse grupo que passaram a vender diretamente para o consumidor final representam 11,1%, enquanto 8,9% disseram que trabalha com produtos e servi�os favorecidos pela crise de sa�de.
“As vendas pela internet j� fazem do ‘novo normal’. Quem n�o estiver neste mercado perder� muito poder de venda e fideliza��o de clientes. No site disponibilizamos orienta��es sobre o com�rcio digital entre outros assuntos, que poder�o ajudar os pequenos neg�cios no enfrentamento dessa crise”, disse Afonso Maria Rocha.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a