
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu que os empres�rios apoiem a cria��o de uma nova CPMF. Ele alegou que o imposto vai compensar o aumento da carga tribut�ria que ser� sentido por setores como o de servi�os, na primeira etapa da reforma tribut�ria. Guedes frisou que, por conta disso, vai propor a tributa��o das transa��es eletr�nicas ao Congresso, ainda neste ano, para que o novo imposto entre em vigor com o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) que j� est� sendo discutido pelos parlamentares.
Durante reuni�o com o setor de servi�os, ontem, Guedes disse que n�o desistiu nem adiou o plano de propor a cria��o da nova CPMF, apesar das cr�ticas recebidas pela proposta. Ele explicou que o novo imposto vai compensar os preju�zos que o setor pode ter na primeira etapa da reforma tribut�ria, enviada ao Congresso na ter�a-feira, propondo a unifica��o dos impostos federais que incidem sobre o consumo em uma Contribui��o Social sobre Opera��es com Bens e Servi�os (CBS).
Hoje, o setor de servi�os paga uma al�quota de cerca de 3,5%. Pela proposta do governo, ela subir� para 12%. Os empres�rios dizem que, diferentemente de outras �reas, a de servi�os n�o conseguir� compensar esse aumento nos demais elos da cadeia produtiva, j� que s�o intensivos em m�o de obra. Por isso, dizem que v�o precisar repassar esse aumento de custo para o consumidor final, elevando o pre�o de servi�os como os dos bares e restaurantes, dos sal�es de beleza e das academias.
Empres�rios que apresentaram essa queixa � equipe econ�mica, ontem, contaram que, em uma reuni�o de quase tr�s horas, Guedes reconheceu o preju�zo. “Ele pediu paci�ncia, dizendo que a gente vai ser onerado agora para, no futuro, ter a redu��o da folha”, contou um dos participantes da reuni�o.
Guedes ainda defendeu que a desonera��o da folha de pagamento seja compensada pela cria��o da nova CPMF. Por isso, pediu apoio dos empres�rios � proposta, que sofre resist�ncia de pe�as-chaves do Congresso, como o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele prometeu enviar o texto ao Legislativo ainda neste ano, para que o assunto comece a ser debatido pelos parlamentares.