
O mercado de trabalho ainda est� na fase de dispensas, n�o de admiss�es, afirmou Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. Em todo o Pa�s, h� 12,9 milh�es de desempregados, ou seja, pessoas que de fato tomaram alguma iniciativa para procurar emprego. Outras 28 milh�es de pessoas n�o buscaram trabalho - sendo considerados, portanto, como inativos -, mas disseram que gostariam de trabalhar. "Na verdade, est� tendo semana a semana uma queda cont�nua de popula��o ocupada. As pessoas est�o perdendo o emprego", resumiu Maria Lucia.
Na quarta semana de julho, o total de trabalhadores ocupados foi de 81,2 milh�es, cerca de 600 mil a menos que na semana anterior. Ao mesmo tempo, a popula��o desempregada aumentou em cerca de meio milh�o na semana de 19 a 25 de julho. Em apenas uma semana, a taxa de desemprego no Pa�s saltou de 13,1% para 13,7%.
"N�o acreditamos que as demiss�es v�o se intensificar. A quest�o � quando v�o recome�ar as contrata��es. O mercado de trabalho vai piorar por um aumento na procura por emprego e por uma aus�ncia de gera��o de vagas. Se continuar o movimento de demiss�es, vai perder for�a. J� tivemos melhora nos n�veis de atividade econ�mica em junho e julho, o mercado de trabalho responde com defasagem", avaliou Maria Andreia Lameiras, t�cnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea).
A proxy da taxa de informalidade - que estima a propor��o de pessoas trabalhando na informalidade em rela��o a toda a popula��o ocupada - aumentou de 32,5% na terceira semana de julho para 33,5% na quarta semana. O avan�o da propor��o de trabalhadores informais no mercado de trabalho significa que os mais atingidos pela perda de emprego na quarta semana de julho foram os que atuavam em posi��es formais.
"Teve mais gente trabalhando de forma informal do que na semana anterior", confirmou Maria Lucia Vieira.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
