
Enquanto o governo corre para tentar conter os preju�zos provocados pela disparada dos pre�os dos alimentos na imagem do presidente Jair Bolsonaro, os not�rios irm�os Joesley e Wesley Bastista n�o t�m do que reclamar. A empresa deles, a JBS, maior produtora de prote�na animal do mundo, est� arrebentando de ganhar dinheiro com a comida mais cara, sobretudo, as carnes.
Para se ter um ideia de como a JBS est� com o caixa abarrotado, apenas entre abril e junho deste ano, auge da pandemia do novo coronav�rus, o lucro l�quido da empresa alcan�ou o recorde de R$ 3,4 bilh�es, um crescimento de 54,8% em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior. Nem os analistas mais otimistas estimavam resultado t�o expressivo: apostavam em ganhos de R$ 1,8 bilh�o.
Com os pre�os mais altos e a demanda maior por alimentos no Brasil e no exterior, o faturamento l�quido da JBS totalizou R$ 67,6 bilh�es no segundo trimestre do ano ante os R$ 50,8 bilh�es computados entre abril e junho de 2019, quando a economia vinha em processo de recupera��o.
No acumulado de 12 meses, segundo dados do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV), a carne bovina contabiliza reajuste m�dio de 29,9%. A carne su�na, por sua vez, subiu 17,8%.
Para analistas de mercado, diante do atual cen�rio, de consumo maior de prote�na animal no pa�s e com a China comprando tudo o que v� pela frente, a JBS continuar� registrando resultados recordes. N�o h� perspectiva de revers�o desse quadro t�o cedo.