
"O senador M�rcio Bittar recebeu do presidente as orienta��es de quais alternativas poder� escolher para colocar no seu relat�rio", avisou o l�der do governo na C�mara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ap�s a reuni�o. "O senador M�rcio Bittar est� fazendo um excelente trabalho e est� submetendo as decis�es ao presidente, vai ser encaminhado", refor�ou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, na semana passada, teve toda a equipe amea�ada com um cart�o vermelho de Bolsonaro pelos estudos que propunham o congelamento de aposentadorias e pens�es como uma forma de bancar o Renda Brasil.
Ricardo Barros destacou que todas as propostas do governo v�o respeitar o teto de gastos e o rigor fiscal. Ele disse tamb�m que, al�m de passarem pelo crivo de Bolsonaro, todas essas propostas ser�o negociadas com os l�deres partid�rios. "A consulta aos l�deres � fundamental. Portanto, n�o h� nenhuma afirma��o que possamos fazer de que isso ou aquilo estar� dentro do texto a ser apresentado", destacou Barros, referindo-se tanto � proposta de criar um novo programa social, quanto � reforma tribut�ria.
Relator do pacto federativo e do Or�amento de 2021, M�rcio Bittar quer incluir a cria��o de um programa social, que substitua o Bolsa Fam�lia e o auxilio emergencial em 2021, nos seus relat�rios. Por�m, vem tendo dificuldades para financiar essa pol�tica de renda b�sica, tanto que adiou para a pr�xima semana a apresenta��o do parecer do pacto federativo e ainda n�o fez coment�rios sobre a conversa desta quarta-feira com Bolsonaro.
A dificuldade de Bittar explica-se porque h� pouca margem para remanejamento de recursos no Or�amento de 2021 e o presidente Bolsonaro j� vetou, com duras cr�ticas � equipe econ�mica, propostas como a revis�o do abono salarial e o congelamento das aposentadorias e pens�es. Foi por conta do desgaste criado por essas propostas, por sinal, que Bolsonaro delegou ao Congresso a miss�o de destravar esse assunto.
Paulo Guedes, que tamb�m participou da reuni�o desta quarta-feira, por sua vez, continua defendendo a desindexa��o do Or�amento como uma forma de liberar recursos para o novo programa social do governo.
Nesta quarta-feira, ele questionou se o Brasil est� mais protegido com a indexa��o, que deixa o "dinheirinho carimbado, que corrige em 1,6%", ou com o retorno da gest�o pol�tica do Or�amento. Ele alega que a desindexa��o � uma forma de liberar recursos, controlar o aumento dos gastos p�blicos e tamb�m devolver � classe pol�tica a gest�o do Or�amento, que hoje � quase que totalmente consumido por despesas obrigat�rias que crescem de forma autom�tica ano a ano.
