
"Olhamos os balan�os de riscos e entendemos, como foi mencionado, que o pior efeito da pandemia ficou para tr�s, o que aponta para uma retomada”, disse Campos Neto, nesta quinta-feira (24/09), durante a apresenta��o do Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI), ao ser questionado se a autoridade monet�ria considera um cen�rio mais turbulento para o c�mbio. Ele ainda afirmou que o BC tem "absoluta tranquilidade" em rela��o � infla��o.
Otimismo
No documento, o BC revisou de 6,4% para 5% a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e previu alta de 3,9% no PIB de 2021, taxa acima da mediana do mercado, de 3,5%. “Em rela��o �s proje��es de crescimento, a gente pode ver o processo de retomada, que indica que a expans�o do PIB brasileiro est� acima da m�dia dos mercados emergentes”, disse o ministro.
Campos Neto reconheceu que o processo de recupera��o come�ou em V, mas a tend�ncia � que essa taxa de crescimento “tenderia a amenizar”. “Olhando os dados de consumo e varejo, a gente v� retomada mais forte no Brasil do que nos mercados emergentes, mostrando que os programas feitos para reduzir o impacto da crise tiveram efeito”, acrescentou.
Em sua apresenta��o, o ministro refor�ou a an�lise de cen�rios para a infla��o apresentada na ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), destacando que as proje��es para o �ndice de pre�os, no cen�rio b�sico, est�o “suficientemente pr�ximas da meta de infla��o para o horizonte relevante de pol�tica monet�ria, que atualmente inclui o ano calend�rio de 2021 e, em grau menor, o de 2022”.
“Essa inten��o � condicional � manuten��o do atual regime fiscal, � ancoragem das expectativas de longo prazo”, adicionou. Em rela��o � quest�o de manuten��o do regime fiscal, o ministro foi taxativo: “N�o estamos dispostos a correr riscos inflacion�rios oriundos de quest�es fiscais”, afirmou ele, acrescentando que esse fator retira o “forward guidance” (prescri��o futura), instrumento adicional de pol�tica monet�ria que o BC passou a usar para manter a taxa b�sica de juros (Selic) no patamar atual.
Na semana passada, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a Selic em 2% ao ano, menor patamar da hist�ria, ap�s um ciclo de nove redu��es consecutivas. As proje��es de infla��o desde ano passaram de 1,9% para 2,1%, abaixo do piso de 2,5% para a meta deste ano, cujo centro � de 4%. Para 2021, considerando Selic e c�mbio constantes, o indicador de pre�os chegaria a 3% no quarto trimestre, abaixo da do centro meta de 3,75%.