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Estado de Minas CAFEICULTURA

Safra mineira de caf� poder� ter produ��o recorde em 2020

Zona da Mata apresenta 60,6% de aumento no volume produzido em rela��o a 2019; Sul de Minas vai crescer 30,3%


24/09/2020 21:09 - atualizado 24/09/2020 22:00

Na Zona da Mata mineira, o salto na produção em 2020 é explicado, também, pelo fenômeno da bienalidade(foto: Arquivo pessoal)
Na Zona da Mata mineira, o salto na produ��o em 2020 � explicado, tamb�m, pelo fen�meno da bienalidade (foto: Arquivo pessoal)
A safra mineira de caf� deve apresentar crescimento de 36,3% em 2020, em rela��o a 2019, com produ��o de 33,46 milh�es de sacas, contra cerca de 24 milh�es do ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) temia atraso na colheita devido � pandemia, mas isso n�o vai ocorrer. A Zona da Mata apresenta um aumento de 60,6% no volume, mas os 12 meses anteriores representam base fraca de compara��o. J� no Sul de Minas, o incremento vai ser de 30,3%. 

O assessor especial de Cafeicultura da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Seapa), Niwton Morais, explica a diferen�a pelo fen�meno da bienalidade. “Na cafeicultura, alterna-se a safra alta e a baixa e regi�es mais sens�veis mostram varia��es mais discrepantes, como o salto dado pela Zona da Mata, onde as mudan�as clim�ticas impactaram muito a produ��o de 2019. No Sul de Minas, o aumento de produtividade � mais cont�nuo, por isso n�o houve um salto t�o grande”, esclarece.



Nos �ltimos 150 anos, o principal produto agr�cola da Zona da Mata, um dos alicerces da economia, foi o caf�. Contudo, segundo Morais, a tecnologia ligada � mecaniza��o da cultura e a falta de m�o de obra t�m feito com que o caf� perdesse espa�o nessa �rea. “Percebemos uma migra��o para outras �reas do estado, onde � mais plano ou ondulado”, afirma. Desde 2005, conforme dados da Conab, a retra��o das planta��es de caf�, na Zona da Mata, � da ordem de 22%, em contraposi��o � expans�o da cultura no cerrado, em 8%. A topografia acidentada dificulta o emprego das m�quinas.

Segundo a Conab, a colheita no estado está em fase final, com previsão de encerramento das atividades em outubro(foto: Erasmo Pereira/Epamig)
Segundo a Conab, a colheita no estado est� em fase final, com previs�o de encerramento das atividades em outubro (foto: Erasmo Pereira/Epamig)


De acordo com Morais, hoje, a grosso modo, o Sul de Minas abarca 50% da produ��o cafeeira do estado. A Zona da Mata, 25%; o cerrado, 20%; e a Regi�o do Vale do Jequitinhonha, 5%. “Esse � o parque cafeeiro em Minas atualmente”, diz.

Na avalia��o de  Morais, o volume recorde da produ��o mineira n�o deve causar impactos em termos de redu��o significativa de pre�o. “Os estoques mundiais de caf� est�o num patamar muito baixo e � poss�vel que se mantenha nesse n�vel por mais um tempo, porque, ainda que a safra brasileira desse ano seja alta, a safra mundial n�o ser� tanto. O que se espera � que a reposi��o de estoque n�o ser� grande a ponto de causar uma redu��o importante no pre�o", projeta.

Outra vis�o

Paralelamente, existe movimento formado por cinco cooperativas de cr�dito, uma produ��o, tr�s sindicatos de produtores rurais e duas associa��es de caf� que formam um conselho. O objetivo � desvincular o padr�o do caf� que era produzido na Zona da Mata, no passado, do que hoje � plantado na �rea. Inclusive, at� mesmo a nomenclatura da regi�o usada por esse grupo � outra, pois institui��o leva o nome de Conselho das Entidades do Caf� das Matas de Minas. 

S�o firmadas v�rias parcerias, como, por exemplo, com o Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para a certifica��o do produto por meio do Selo de Qualidade e Origem, emitido pelo conselho; e com o Servi�o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), atrav�s de capacita��es para os produtores pela equipe de agr�nomos do �rg�o. “N�o podemos esquecer da Emater (Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural de Minas Gerais), que entra com divulga��o do caf� das Matas de Minas pelos seus escrit�rios e mobiliza��o dos produtores da regi�o para aderirem ao projeto”, lembra a secret�ria-executiva do conselho, Amara Alice Estevam.

Para o cafeicultor e especialista Sérgio D'Alessandro, o alto custo de depreciação das máquinas deve ser embutido no embarque de tecnologia à lavoura cafeeira(foto: Arquivo pessoal)
Para o cafeicultor e especialista S�rgio D'Alessandro, o alto custo de deprecia��o das m�quinas deve ser embutido no embarque de tecnologia � lavoura cafeeira (foto: Arquivo pessoal)


Membro do conselho, cafeicultor e especialista nessa cultura em Manhumirim, S�rgio D’Alessandro discorda de Morais. “Minha fazenda tinha 40 hectares e hoje tem 70. Vemos os produtores interessados em aumentar produtividade e qualidade nas matas de Minas”, contrap�e. Para ele, o alto custo de deprecia��o das m�quinas, que deve ser embutido no embarque de tecnologia � lavoura do caf� e a qualidade superior da colheita manual compensam a manuten��o do processo extensivo. 

“Nosso diferencial � que a regi�o, por ser montanhosa, permite aos produtores colherem diversos padr�es de caf�s, com v�rios aromas, notas florais, c�tricas... � um produto para um nicho espec�fico, de alta qualidade, que vem acumulando pr�mios e conquistando cada vez mais seu espa�o no mercado”,

 


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