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Estado de Minas Recess�o

D�lar pode tirar R$ 1,8 bi das vendas de Natal

Se a previs�o se confirmar, ser� a primeira queda em quatro anos do per�odo de maior venda do varejo


05/10/2020 07:35 - atualizado 05/10/2020 08:12

(foto: PxHere)
(foto: PxHere)

A disparada do c�mbio, em um cen�rio de fraqueza do mercado de trabalho e queda da renda dos brasileiros, pode tirar at� R$ 1,8 bilh�o das vendas de Natal deste ano. Se a proje��o de retra��o, de 3% a 5% do volume de vendas, se confirmar, ser� a primeira queda em quatro anos na data mais importante do varejo, aponta a Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC).

Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, acompanha o desempenho do c�mbio e das vendas de Natal desde 2009. Ele lembra que, em anos de forte desvaloriza��o do real, o com�rcio sente o baque. "O c�mbio por si s� n�o explica como vai ser Natal, mas que ele atrapalha quando h� uma desvaloriza��o forte do real, como a que temos hoje, n�o h� d�vida."

Em 12 meses at� setembro, o d�lar subiu mais de 35% ante o real. O impacto da alta da moeda americana no varejo ocorre por meio da eleva��o dos pre�os ao consumidor. O d�lar alto pressiona custos de insumos, componentes e mat�rias-primas. Essa press�o ocorre especialmente agora, ap�s a freada abrupta que houve no segundo trimestre pela pandemia da covid-19, com a atividade econ�mica est� sendo retomada.

O repasse de custos para o varejo j� aparece em v�rios produtos, embora n�o seja generalizado a ponto de colocar a infla��o em risco. Neste ano at� agosto, o pre�o ao consumidor da TV e do computador pessoal, por exemplo, j� subiu 11,58% e 16,9%, respectivamente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Esses itens levam muitos componentes importados.

Outros, como tinta de parede, que ficou 5,77% mais cara no mesmo per�odo, pneu (5,5%) e tecidos (2,95%) t�m forte rela��o com mat�rias-primas cotadas em d�lar no mercado internacional - como derivados de petr�leo, borracha e algod�o.

O economista da Funda��o Getulio Vargas (FGV) Andr� Braz ressalta que o Natal deste ano ser� mais magro, al�m do c�mbio, pela queda na renda do consumidor. "A crise vai limitar a compra de bens dur�veis. Na �poca do ano mais esperada pelo com�rcio, os produtos est�o mais caros e o consumidor, com menos recursos. Celulares e computadores tamb�m subiram de pre�o pelo aumento da demanda com o home office."

Novo normal

"A varia��o cambial � uma dor de cabe�a", admite Jos� Jorge do Nascimento, presidente da Eletros (que re�ne os fabricantes de eletrodom�sticos e eletroeletr�nicos). Ele lembra que os eletr�nicos levam componentes importados e eletrodom�sticos e eletroport�teis t�m a�o e pl�sticos, cujos pre�os subiram, em m�dia, 20%. Ele diz que a maioria dos fabricantes tem de repassar a alta para o pre�o. "Integralmente n�o, absorvemos uma parte."

O economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, lembra que a alta dos custos na ind�stria tamb�m ocorrem por que os diferentes segmentos terem voltando em ritmo irregular. "Como a ind�stria tem absorvido parte do aumento de custos, houve redu��o da margem de lucro. O risco � de uma alta do endividamento das empresas."



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