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Estado de Minas INCERTEZAS

Papelarias de BH sofrem com manuten��o das aulas remotas

Lojistas t�m baixa expectativa de vendas e preferem n�o repor estoques


13/10/2020 18:09 - atualizado 13/10/2020 18:51

Lojistas vivem expectativa de definição da volta às aulas para repor os estoques nas papelarias(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Lojistas vivem expectativa de defini��o da volta �s aulas para repor os estoques nas papelarias (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
As escolas de Minas Gerais tiveram suas atividades suspensas no m�s de mar�o, em virtude da pandemia da COVID-19. Desde que as aulas passaram a ser on-line, a necessidade do uso de materiais escolares diminuiu, principalmente na educa��o infantil. Em raz�o da baixa procura e da indefini��o sobre o retorno das aulas presenciais em Belo Horizonte, os donos de papelarias est�o apreensivos sobre o futuro de seus neg�cios. A expectativa de vendas para os pr�ximos meses � baixa e as incertezas fazem com que os lojistas n�o queiram investir em grandes estoques

“Belo Horizonte � a cidade com mais tempo de escola fechada e ainda n�o tem previs�o de abertura. N�s fechamos em meados de mar�o e nem o material escolar desse ano foi utilizado direito, sobretudo nas escolas infantis. As escolas com atividades on-line ainda tiveram crian�as e adolescentes que usaram alguma coisa e podem precisar repor, apesar do gasto n�o ser o mesmo que na escola. Continuando desse jeito a gente n�o acredita que vai haver aquele movimento de volta �s aulas que acontece sempre em janeiro e fevereiro”, explica Marco Ant�nio Gaspar, vice-presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
 

Segundo ele, os comerciantes do setor est�o apenas na expectativa, j� que n�o podem fazer um planejamento convencional. “N�o justifica fazer estoque, comprar mercadorias esperando que haja um movimento”. Os lojistas est�o esperando alguma defini��o a respeito do retorno das atividades presenciais nas escolas para poderem planejar o que fazer com as mercadorias. Pode ser que tudo melhore de uma hora pra outra, pode ser que n�o.” 

Marco Ant�nio reclama da inseguran�a, gerada pela indefini��o de uma data para a volta �s aulas e explica que nenhum lojista quer investir em novos produtos. “J� era pra gente ter comprado e estar recebendo os materiais escolares que ir�amos vender em janeiro”. 

De acordo com ele, normalmente, os pedidos s�o feitos entre junho e julho e o estoque vai sendo formado para as vendas, no in�cio do ano seguinte. “Algumas escolas at� antecipam as listas para final de novembro e in�cio de dezembro. Tem pai que gosta de ser mais planejado e aproveita para comprar antes”, diz.

Al�m disso, as escolas, principalmente da educa��o infantil, devem aproveitar o material que n�o foi usado este ano, nas atividades do pr�ximo. Por isso, o planejamento dos donos de papelarias para 2021 est� parado e isso gera reflexos. 

Demanda

As f�bricas podem ter dificuldades em suprir a demanda do mercado, quando as aulas forem retomadas. “Para atender essa demanda que acontece em dezembro e janeiro, as f�bricas est�o produzindo durante o ano todo. Elas come�am a entregar em maio e junho. Agora elas n�o est�o fazendo nada porque n�o tem ningu�m comprando. Se houver essa volta �s aulas, com certeza vai faltar material”. E, como consequ�ncia, o pre�o dos produtos tende a aumentar. 

Algumas cidades em Minas Gerais j� retomaram as atividades, mas em Belo Horizonte ainda n�o h� previs�o para a volta das aulas presenciais. Com isso, os lojistas est�o sem saber o que comprar. Aqueles que conseguiram finalizar seu estoque ao longo do ano, investem apenas em alguns itens para reposi��o. 

Papelarias de bairro 

As papelarias localizadas nos bairros tiveram aumento nas vendas durante a pandemia. “Elas tiveram uma demanda maior durante o ano porque as crian�as ficaram em casa e os pais acabaram comprando mercadorias por ali. Elas pelo menos v�o repor”, diz Gaspar. O empres�rio explica tamb�m que a demanda por materiais de escrit�rio cresceu nessas lojas, em fun��o do trabalho em home office, j� a de itens escolares foi mais pontual. 

Mas, segundo ele, a expectativa dos donos desses estabelecimentos � de n�o estocarem nesse momento de incertezas. “Se as aulas tivessem voltado, j� seria dif�cil, mas sem uma defini��o de datas n�o tem como fazer nenhum tipo de planejamento.”

Preju�zos

O indicador de vendas � um instrumento que ajuda a medir o desempenho do varejo. De acordo com a CDL-BH, no m�s de julho, este indicador apresentou queda de 1,67%, em rela��o ao m�s anterior. Com o com�rcio em Belo Horizonte funcionando na fase de controle, com abertura apenas dos estabelecimentos essenciais, fez o desempenho mensal retrair. E os segmentos que apresentaram maior queda foram Vestu�rios e Cal�ados (-4,39%), seguidos por Papelaria e Livraria (-3,22%). 

J� o desempenho do com�rcio da capital, na compara��o anual, ou seja, analisando o mesmo per�odo de 2019, tamb�m apresentou uma desacelera��o de 3,15%. Fatores como o fechamento do com�rcio, queda dos rendimentos da popula��o, aumento do desemprego e a incerteza decorrente da pandemia explica a queda nas vendas, na compara��o anual, desde o in�cio da pandemia, em mar�o deste ano. Os segmentos que apresentaram as maiores desacelera��es foram Papelaria e Livraria (-7,26%) e Vestu�rios e Cal�ados (-6,28%).

“A ajuda do governo federal com a redu��o de sal�rios e suspens�o de contratos de trabalho ajudou muitas empresas a n�o fecharem as portas. Ent�o, n�o tivemos muitas papelarias fechando. Vendendo tamb�m no delivery, pelo whatsapp, elas conseguiram sobreviver, com um pequeno faturamento. Mas, foi o setor mais prejudicado”, ressalta Gaspar. 
 
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 


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