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Estado de Minas GOLPE

Quadrilha acusada de fraudar FGTS emergencial zombava de v�timas e fazia 'teatro' em ag�ncias

Grupo criminoso, que foi desmantelado pela Pol�cia Federal na semana passada contava com ajuda de um funcion�rio da Caixa. Organiza��o � respons�vel por um preju�zo superior a R$ 2 milh�es


26/10/2020 09:29 - atualizado 26/10/2020 09:54

Documentos falsos e materiais utilizados para tal delito foram confiscados na casa de um dos presos(foto: Divulgação/Polícia Federal)
Documentos falsos e materiais utilizados para tal delito foram confiscados na casa de um dos presos (foto: Divulga��o/Pol�cia Federal)
Foi em Niter�i, na Regi�o Metropolitana do Rio de Janeiro, que a Pol�cia Federal (PF) prendeu, na �ltima quinta-feira (22), um grupo criminoso acusado de aplicar golpes em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) emergencial, umas das modalidades de aux�lio liberado pelo governo federal durante a pandemia. De acordo com a PF, a quadrilha � respons�vel por um preju�zo superior a R$ 2 milh�es.

O golpe do FGTS Emergencial foi divulgado com exclusividade pelo Estado de Minas no fim de setembro. Na fraude, os criminosos se cadastram no aplicativo Caixa Tem – poupan�a digital da institui��o criada para que os trabalhadores movimentem o dinheiro do FGTS – no lugar dos verdadeiros titulares, criando um novo e-mail e utilizando os dados das v�timas. Elas s� percebem que foram lesadas ao ver o sistema acusar um cadastro j� feito naquele CPF.

Nesse domingo (25), o programa Fant�stico, da TV Globo, mostrou como a quadrilha desmantelada pela PF agia. Conversas entre os integrantes do bando e o modus operandi do grupo foram divulgados. As t�ticas contavam com a ajuda de um funcion�rio da Caixa, que est� entre os presos da Opera��o Abono, realizada na semana passada. Valia at� fazer uma ‘encena��o’ nas ag�ncias. Isso porque golpistas se passavam por clientes para sacar os valores.

"A gente vai montar uma identidade para voc�, s� com sua foto e com dado de outra pessoa. A� voc� vai falar assim: vim receber meu FGTS. D� para voc� tirar R$ 500 em cinco minutos de trabalho, cara. Quer ir?", pergunta uma integrante do bando a um segundo fraudador, que aceita a “miss�o”.

Com os documentos falsos, como mostrou o Fant�stico, fraudadores faziam credi�rios e compras, “sujando” o nome dos clientes. Um v�deo chegou a ser feito pelos golpistas, mostrando uma das aquisi��es: uma moderna televis�o de 55 polegadas. Nas imagens, uma das l�deres da quadrilha descreve toda a tecnologia do aparelho.

Um outro v�deo, exibido no programa, mostra a mesma mulher filmando outras tr�s pessoas dentro de um carro, provavelmente seguindo para ag�ncias da Caixa para aplicar mais golpes. As imagens mostram a l�der do bando zombando das v�timas: “Tudo nosso e nada deles. Se for deles, a gente toma.”

Na opera��o de quinta, a Pol�cia Federal cumpriu sete mandados de pris�o e prendeu uma pessoa em flagrante por falsifica��o de documentos p�blicos. Na casa de um dos fraudadores, foram encontrados diversos documentos falsos e materiais utilizados para cometer tal delito. Ainda segundo a institui��o, ao longo de toda a investiga��o, 23 pessoas foram indiciadas, al�m de outras quatro pris�es em flagrante e duas pris�es preventivas.



Dificuldade em reaver dinheiro


Enquanto golpistas se gabam por fraudar contas de FGTS Emergencial e outros aux�lios, clientes da Caixa sofrem para reaver o dinheiro. Na quest�o do FGTS, o banco libera R$ 1.045 por conta que h� tal valor dispon�vel. Nesta segunda (26), o Estado de Minas mostrou que a institui��o tem utilizado uma “resposta padr�o” para negar o pedido de restitui��o ï¿½s v�timas do golpe.

“...Informamos que o processo em quest�o foi finalizado, n�o indicando ressarcimento ao cliente. (....) Esclarecemos que a conclus�o acima decorre da aplica��o de crit�rios t�cnicos de an�lise de transa��es financeiras eletr�nicas, que s�o restritos �s �reas de seguran�a da Caixa e � Pol�cia Federal, devido ao sigilo desses crit�rios e para resguardar o sistema banc�rio”, diz o texto da conclus�o de um dos processos a que o Estado de Minas teve acesso.

Em outras palavras, a institui��o alega que n�o encontrou irregularidades, que usou crit�rios t�cnicos, mas que n�o pode explicar que crit�rios s�o esses porque s�o sigilosos, e sugere que o cliente fa�a outra contesta��o.

A pr�pria Caixa, em nota enviada � reportagem, admite que n�o tem informado aos clientes as raz�es para negar o ressarcimento. “Por motivos de seguran�a, os dados de contesta��es e os crit�rios t�cnicos de an�lise de suspeitas de fraude n�o podem ser expostos ao p�blico em geral, mas apenas aos �rg�os policiais envolvidos nas investiga��es”. 

A institui��o afirma ainda na nota que “em caso de negativa do pedido, poder� ser solicitada a rean�lise na ag�ncia” e que trabalha em parceria com a Pol�cia Federal e demais �rg�os de seguran�a p�blica na identifica��o de casos suspeitos e na preven��o das fraudes no pagamento do FGTS Emergencial e demais benef�cios sociais.


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