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Estado de Minas COM�RCIO

Crise: pesquisa aponta que Natal de 2020 deve ser de 'lembrancinhas'

Em meio � pandemia, enquanto empreendedores apontam para poss�vel queda nas vendas, consumidores reclamam de or�amento apertado


22/11/2020 14:07

(foto: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)
(foto: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)
Um Natal de poucas vendas e lembrancinhas de presente. � o que esperam empreendedores e consumidores para as festas de fim de ano. Dados da Pesquisa Nacional da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC) sobre Endividamento e Inadimpl�ncia do Consumidor apontam que, no total, 66,5% das fam�lias brasileiras declararam estar endividadas em outubro deste ano. O percentual � relativamente menor em rela��o ao m�s de setembro, quando 67,2% estavam nessa situa��o. Dos tipos de d�vidas, 78,5% s�o referentes a cart�es de cr�ditos; em segundo lugar, aparece o carn�, com 16,4%.

A economista da CNC Izis Ferreira ressalta que a expectativa do com�rcio no per�odo de Black Friday e Natal � positiva. Embora com certa precau��o, diz, pois a parcela mais pobre, que precisava do aux�lio emergencial, come�ou a receber apenas metade do valor e sofre a press�o inflacion�ria dos alimentos. “Temos menor capacidade de compra e o brasileiro, em geral, costuma evitar situa��o de inadimpl�ncia.”

Segundo a economista, apesar de tudo, as fam�lias mais pobres est�o conseguindo reduzir o endividamento. “Desde o come�o da pandemia, as fam�lias mais vulner�veis est�o segurando o or�amento e conseguiram reduzir as d�vidas. Movimento contr�rio ao que est� acontecendo com as fam�lias que possuem renda acima de 10 sal�rio m�nimos, pois, depois de economizar nos primeiros meses da pandemia, agora, elas est�o retomando seus gastos e se endividando. Em agosto, por exemplo, 57,8% das fam�lias com mais de 10 sal�rios m�nimos estavam endividadas. Em outubro, contudo, o n�mero aumentou para 59,4%”, pontuou.

O �ndice de Confian�a dos Empres�rios do Com�rcio, do CNC, em novembro de 2019, marcava pouco mais de 122,5 pontos. Desde a chegada do novo coronav�rus, contudo, desenhou uma linha de queda e, em junho, estava abaixo de 70 pontos. Mesmo com a recupera��o alcan�ada a partir de julho, o m�s de novembro mant�m �ndice inferior ao registrado no mesmo per�odo do ano passado, e marca apenas 108 pontos.

Baixas expectativas

A confeiteira aut�noma Maria Bet�nia da Silva, 42 anos, conta que as vendas reduziram desde o come�o da crise sanit�ria. “Os n�meros de venda de bolos v�m reduzindo, assim como o tamanho dos pedidos.” Maria confessa que sua expectativa para o fim do ano � pequena. “Acredito que apenas os clientes mais fi�is encomendar�o algo e, mesmo assim, produtos mais simples e menores. Este ano, a ceia das fam�lias ser� reduzida, praticamente para pais e filhos.”

Para tentar contornar a situa��o, ela trabalha com caixinhas de bombons, cupcakes e p�es de mel com temas natalinos. “Esses pequenos presentes na �rea da confeitaria s�o os que t�m maior procura, porque s�o baratos, gostosos e interessantes para se dar de presente.”

Aparecida Pereira da Silva, propriet�ria da Imagine Presentes e Utilidades, na Asa Norte, ressalta que, neste ano, as festas possuem caracter�sticas particulares. “(As vendas) Est�o mais voltadas para a afetividade, canecas com mensagem, lembrancinhas que remetem a algum momento especial e at� mesmo que proporcione uma constru��o familiar. Alguns presentes seguem a l�gica de serem montados, por exemplo, em fam�lia”, explicou. A comerciante conta que a loja pensou muito nesse aspecto afetivo justamente por perceber que esse era o crit�rio fundamental na hora de as fam�lias escolherem as mercadorias que levariam para casa.

A economista pontua que o �ltimo trimestre do ano � significativo para o com�rcio de varejo e diz que os comerciantes est�o com perspectiva favor�vel, mas que compradores provavelmente adotar�o uma postura de cautela. “Algo que afeta o desempenho das vendas na festividade � a inje��o de dinheiro, que ser� menor este ano, pois os pensionistas, por exemplo, j� receberam parte do 13° no in�cio da pandemia. Aqueles que tiveram contratos suspensos receber�o o equivalente apenas aos meses trabalhados e os funcion�rios que tiveram redu��o da carga hor�ria ainda n�o sabem como ser� feita a din�mica com os empregadores — embora o governo tenha sugerido pagar o 13° integral”, explicou.

Otimismo

Para a dom�stica Maria da Concei��o Ara�jo, 41 anos, moradora de Luzi�nia (GO), a alternativa neste fim de ano � economizar. “A vontade � presentear todo mundo que � especial para n�s, mas com as dificuldades da pandemia ser� necess�rio poupar gastos. O dinheiro � pouco e tudo que se puder economizar j� ajuda”, considerou Maria.

A m�dica veterin�ria Layanne Souza, 25 anos, moradora de Santa Maria, diz que a comemora��o deste ano ser� pautada na economia. “Est� tudo muito caro, as roupas, os enfeites de Natal, cal�ados, brinquedos. A situa��o realmente � complicada. At� mesmo presentear com lembrancinhas, como batom, colar, brinco, est� impratic�vel.” Ela planeja presentear somente a filha de 4 anos e os pais. “Infelizmente, n�o tem como comprar presentes para os amigos e pessoas mais pr�ximas”, lamentou.

Promo��es

Segundo o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), Jos� Carlos Magalh�es, contudo, as expectativas de compras para o fim do ano s�o as “melhores poss�veis”. De acordo com ele, o DF n�o teve um grande crescimento no n�mero de desempregados, apesar da pandemia, o que favorece o cen�rio do mercado.

Ele acredita que as grandes promo��es deste ano v�o animar os consumidores. “Nada como uma grande promo��o a n�vel nacional e at� mundial para as pessoas lembrarem do varejo, e uma das grandes alegrias das pessoa � a compra. Principalmente se o consumidor pensar que est� gastando menos, que est� tendo algum ganho comprando naquela promo��o”, ressaltou.

* Estagi�rios sob a supervis�o de Andreia Castro


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