O segmento de hipermercados e supermercados deve ser destaque - com estimativa de gerar cerca de R$ 916,9 milh�es em receitas - ficando atr�s apenas do setor eletroeletr�nicos e utilidades dom�sticas, com previs�o de movimentar R$ 1,022 bilh�o.
Diante de tantos descontos e promo��es, o consumidor fica tentado a aproveitar para fazer estoque de alguns produtos. Segundo o economista e professor da Una, Cleyton Izidoro, isso � poss�vel, desde que observados alguns cuidados. “Desde que n�o sejam produtos de validade curta. Porque n�o adianta nada comprar um produto e depois n�o conseguir utilizar”, ressalta.
Assim, aqueles itens com prazo de validade estendido, como sab�o em p�, desinfetante, detergente, papel higi�nico e sabonete podem ser adquiridos em maior quantidade. Quanto aos alimentos perec�veis n�o � aconselh�vel fazer grandes estoques. Por isso, a primeira dica � conferir a data de validade de todos os produtos, antes de coloc�-los no carrinho.
“Outra coisa � n�o fazer endividamento apenas para aproveitar uma promo��o. Muita gente acaba usando cart�o de cr�dito ou mesmo o cheque especial para comprar nessa �poca. N�o vale a pena. O consumidor deve ficar atento neste sentido”, explica.
Outra dica � verificar se aquela oferta � mesmo atrativa. “O consumidor deve ficar atento se � oferta mesmo ou uma quest�o de marketing, apenas para atrair o cliente e aumentar o consumo”, explica.
Izidoro alerta tamb�m os consumidores para que pensem se h� a necessidade daquele produto. “A pessoa tem que conseguir equilibrar se precisa mesmo comprar ou se est� agindo por impulso. Quando falamos da quest�o financeira, o grande ponto � a gente trabalhar com a necessidade e o desejo. Geralmente, quando seguimos apenas o desejo, vamos ter um descontrole financeiro muito grande”.
Segundo ele, por n�o observar se o produto � realmente necess�rio as pessoas acabam se endividando. “E a compra por impulso nunca � boa. A pessoa faz a compra e depois n�o sabe nem o que fazer com aquilo”.
“N�s tivemos um ano bem at�pico em 2020, com a pandemia. Ent�o, as pessoas n�o podem ir para o ‘oba oba’, se animar com as promo��es sem pensar se v�o ter, efetivamente, condi��es de pagar por aquilo que compraram”, alerta.
Descontos menos atrativos
O economista Feliciano Abreu, diretor do Mercado Mineiro, explica que a Black Friday � uma data de desova de produtos encalhados no estoque dos comerciantes, que reduzem os pre�os para acelerar as vendas e, assim, adquirir mercadorias e renovar as vitrines para o Natal.
Os supermercados, no entanto, costumam a acumular poucos estoques, pois vendem, sobretudo, itens de primeira necessidade, que s�o de alto giro.
“O supermercadista, portanto, n�o tem muitos produtos comprados antes da pandemia para queimar. Se, na �ltima Black Friday, ele conseguia vender uma picanha a menos de R$ 28 e uma cerveja premium por R$ 4, por exemplo, hoje, � improv�vel que ele consiga fazer isso, pois o pre�o de custo desses artigos deve estar bem pr�ximo disso”, pondera.
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a