
A produ��o brasileira de gr�os, cereais e leguminosas deve chegar a 256,8 milh�es de toneladas em 2021, de acordo com o segundo progn�stico do Levantamento Sistem�tico da Produ��o Agr�cola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (10/12) pelo IBGE. Trata-se de um novo recorde na s�rie hist�rica iniciada em 1975, representando um crescimento de 1,9% em rela��o �s estimativas de 2020, de 252 milh�es de toneladas.
Esse resultado deve-se aos aumentos de 6,3 milh�es de toneladas (5,1%) na produ��o da soja e de 870,1 mil toneladas (3,3%) na primeira safra do milho. “No pr�ximo ano, a gente est� esperando uma produ��o recorde de soja. Os pre�os est�o muito bons e o produtor deve ampliar a �rea de plantio”, diz o analista de Agropecu�ria do IBGE, Carlos Barradas.
“Em 2020, tivemos uma safra recorde de soja, apesar da quebra de produ��o em raz�o das m�s condi��es clim�ticas, que nos tiraram mais de 7 milh�es de toneladas. Em 2021, espera-se uma produ��o de 127 milh�es de toneladas de soja devido, principalmente, ao aumento da �rea plantada e �s boas expectativas com rela��o ao clima, apesar de algumas not�cias de falta de chuvas no Sul”, diz o pesquisador.
O IBGE estima que ano que vem haver� decl�nios nas produ��es da segunda safra do milho (-2,4%), do arroz (-1,8%), do algod�o herb�ceo em caro�o (-13,6%), do feij�o 1ª safra (-0,3%), do feij�o 2ª safra (-7,0%) e do feij�o 3ª safra (-5,4%).
“Para o arroz, a gente espera uma produ��o de 10,9 milh�es de toneladas, � um aumento de 0,6% em rela��o ao primeiro progn�stico. Contudo, � um decl�nio de 1,8% em rela��o a 2020. Essa quantidade de arroz atende ao consumo interno e provavelmente n�o haver� necessidade de importa��o de arroz”, explica.
J� o progn�stico da produ��o do feij�o para 2021, segundo Barradas, indica que a quantidade produzida pode n�o dar conta de suprir a necessidade do mercado interno. “O Brasil consome cerca de tr�s milh�es de toneladas de feij�o e o progn�stico estima a produ��o em 2,8 milh�es de toneladas, o que quer dizer que o pa�s poder� precisar importar um pouco de feij�o, a menos que essa produ��o aumente em 2021”, diz, ressaltando que o levantamento da safra � mensal, e os valores v�o se alterando, de acordo com o comportamento do clima e a conjuntura do mercado.
A estimativa � que a �rea a ser colhida aumente para a soja em gr�o (1,8%), para a primeira (1,9%) e para a segunda safra do milho em gr�o (2,4%). J� as varia��es negativas s�o esperadas nas �reas de algod�o herb�ceo em caro�o (-9,1%), arroz em casca (-0,8%), o feij�o 1ª safra (-0,8%), do feij�o 2ª safra (-2,0%) e do feij�o 3ª safra (-4,1%).
Novos progn�sticos
Essa segunda estimativa feita pelo IBGE para a safra a ser colhida em 2021 pode ter retifica��es no pr�ximo progn�stico, em janeiro, assim como no acompanhamento das safras, ao longo de todo o ano de 2021.
Estimativa de novembro para safra de 2020 � 4,4% maior que a de 2019
Outro ponto abordado pela pesquisa foi a estimativa de novembro para a safra de 2020, que deve alcan�ar 252 milh�es de toneladas, 4,4% superior � obtida em 2019 (241,5 milh�es de toneladas).
Em rela��o � �rea de colheita, estima-se 65,3 milh�es de hectares, crescimento de 2,1 milh�es de hectares (3,3%) em rela��o a 2019. Os tr�s principais produtos do grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas s�o o arroz, o milho e a soja, que, somados, representam 92,7% da estimativa da produ��o e respondem por 87,1% da �rea a ser colhida.
Na compara��o com a produ��o do ano anterior, houve acr�scimos de 7,1% para a soja, de 7,8% para o arroz e de 0,4% para o milho (crescimento de 2,3% no milho de 1ª safra e decr�scimo de 0,3% no milho 2ª safra). J� para algod�o herb�ceo, a produ��o foi superior em 200,7 mil toneladas (2,9%).
Centro-Oeste responde por 47,5% da produ��o nacional
Mato Grosso segue como maior produtor nacional de gr�os, com participa��o de 28,9%, seguido pelo Paran� (16,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goi�s (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,2%). Os seis estados, somados, representaram 79,9% do total nacional.
J� em rela��o � participa��o das grandes regi�es, o Centro-Oeste lidera com 47,5% do total, seguido pelo Sul (29,0%), Sudeste (10,1%), Nordeste (9,0%) e Norte (4,4%).