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Estado de Minas AGRONEG�CIO

Com alta no pre�o das carnes, ovos t�m maior produ��o em 33 anos

Resultados positivos do setor, no entanto, n�o aliviaram bolso do consumidor. Segundo o IBGE, pre�o m�dio subiu 3,53% em novembro na Grande BH


10/12/2020 17:59 - atualizado 10/12/2020 19:13

Mesmo com produção recorde, preço dos ovos pesam no bolso do consumidor(foto: Juarez Rodrigues/DAPress-EM)
Mesmo com produ��o recorde, pre�o dos ovos pesam no bolso do consumidor (foto: Juarez Rodrigues/DAPress-EM)
A produ��o de ovos de galinha bateu recorde hist�rico, chegando a 1,01 bilh�o de d�zias no terceiro trimestre deste ano. � o melhor resultado desde 1987. Houve aumentos de 3,8% na compara��o com o mesmo per�odo de 2019 e de 3,6% frente ao apurado no segundo trimestre de 2020. Os dados s�o das Pesquisas Trimestrais da Produ��o Pecu�ria, divulgadas hoje (10/12) pelo IBGE.

Com os pre�os das carnes em alta, a procura de alternativas de prote�na animal se reflete tamb�m no pre�o final nas prateleiras. J� houve reajuste expressivo do pre�o m�dio do ovo de galinha neste m�s. Segundo o IBGE, o pre�o m�dio subiu 3,53% em novembro na Grande BH, frente � infla��o de 0,95%, e no Brasil, encareceu 3% ante o IPCA de 0,89%.
 
De acordo com o supervisor das pesquisas, Bernardo Viscardi, o aumento na produ��o de ovos reflete uma mudan�a no consumo das fam�lias. “A alta no pre�o das carnes, registrada ao longo do terceiro trimestre, tende a fomentar o consumo de ovos de galinha, por se tratar de uma fonte de prote�na mais acess�vel”, diz ele, detalhando que o pico de produ��o ocorreu em agosto, quando foram contabilizadas 338,76 milh�es de d�zias.
 
Comerciante que atua no setor h� 20 anos, Emerson Marcelo Oliveira, da Casa Para�so dos Ovos, no Mercado Central de Belo Horizonte, diz que a tend�ncia � de aumento de pre�os em dezembro. "� um m�s que registra maior abate de frangos, com a proximidade das festas e confraterniza��es de Natal e passagem do ano. As galinhas poedeiras botam um ovo por dia, no primeiro ano, depois passam dia sim e dia n�o, o que significa preju�zo." De acordo com o comerciante, os insumos e ra��es subiram muito de pre�o, mas diz que n�o "sentiu maior procura".
 
Durante o per�odo mais cr�tico de isolamento social, houve uma baixa, explica Emerson. Com os restaurantes fechados, a mercadoria chegou a sobrar nas bancas. Com a flexibiliza��o das medidas de distanciamento social, a procura aumentou pouco. "Vendo mesmo � no  varejo, mas forne�o tamb�m a padarias, que compram em maior quantidade."
 
“A maior demanda das fam�lias por prote�nas mais acess�veis tamb�m impulsionou o desempenho do abate de frangos, que se aproximou do patamar recorde atingido no primeiro trimestre de 2020, per�odo em que os efeitos da pandemia ainda estavam no in�cio. Os tr�s estados do Sul lideram o setor: Paran�, com 32,9% da participa��o nacional, seguido por Rio Grande Sul (14,0%) e Santa Catarina (13,5%)”, observa Bernardo Viscardi.
 
Entre os rebanhos, o abate de frangos atingiu 1,51 bilh�o de cabe�as no terceiro trimestre, aumento de 2,8% em rela��o ao mesmo per�odo de 2019 e de 7,0% na compara��o com o segundo trimestre de 2020. No comparativo mensal, foi registrado o melhor julho de toda a s�rie hist�rica, que come�a em 1997.
 

Abate de su�nos tamb�m cresce 

 
O abate de su�nos tamb�m cresceu, alcan�ando o novo recorde de 12,71 milh�es de cabe�as no 3º trimestre de 2020, o que representa aumentos de 8,1% em rela��o ao mesmo per�odo de 2019 e de 4,5% na compara��o com o 2° trimestre de 2020. Esse � maior resultado da s�rie hist�rica, com destaque para os meses de julho e agosto, que registraram os maiores n�veis da atividade.
 
“Os meses mais frios do ano, geralmente, coincidem com o aumento do abate desse animal, impulsionado pelo aumento do consumo interno. Al�m disso, o desempenho recorde das exporta��es de carne su�na no per�odo tamb�m contribuiu com o resultado do setor”, explica o analista do IBGE.
 
Por outro lado, o abate de bovinos continuou caindo no 3º trimestre. Foram 7,69 milh�es de cabe�as, quantidade 9,5% inferior � obtida no 3° trimestre de 2019, mas 4,6% acima da registrada no 2º trimestre de 2020. Foi o menor resultado para um 3º trimestre desde 2016. Na compara��o mensal, agosto apresentou a maior queda em rela��o � 2019, com menos 12,4% de cabe�as abatidas.
 
“A queda no abate de bovinos vem desde o in�cio do ano, principalmente por conta da restri��o da oferta de f�meas pelos pecuaristas. Apesar da retra��o da atividade na compara��o anual, nos meses de julho e agosto foram verificados recordes para a exporta��o de carne bovina, mesmo produzindo menos internamente”, acrescenta Bernardo Viscardi.
 
Aquisi��o de leite chega a 6,45 bilh�es de litros, maior volume da s�rie
A aquisi��o de leite cru tamb�m foi recorde, com 6,45 bilh�es de litros coletados no 3º trimestre. S� em agosto foram captados 2,18 bilh�es de litros de leite. O resultado representa um aumento de 2,6% em rela��o ao 3° trimestre de 2019, e alta de 10,7% em compara��o com o 2º trimestre de 2020. � o maior volume desde 1997, in�cio da s�rie hist�rica.
 
“Isso mostra uma recupera��o do per�odo do isolamento social, quando a alimenta��o fora do domic�lio ficou restrita devido ao coronav�rus. O consumo de queijo e outros latic�nios, que ajudam a movimentar esse mercado, est� muito relacionado � alimenta��o fora de casa”, afirmou Viscardi.
 
O presidente da Associa��o Brasileira de Prote�na Animal (ABPA), Ricardo Santin disse que trabalhar em ano de pandemia exigiu grande esfor�o.  "N�o mudamos em nada com os cuidados. 2020 foi um ano que o setor trabalhou para n�o deixar faltar alimento para os brasileiros, com muito esfor�o e chegamos ao final do ano com a produ��o 'andando' e ajudando na imunidade atrav�s da nutri��o, com prote�na de qualidade."
 

Ind�stria do couro sentiu o impacto da pandemia

 
Os curtumes declararam ter recebido 8,19 milh�es de pe�as de couro bovino, uma redu��o de 4,6% em rela��o ao adquirido no 3° trimestre de 2019 e alta de 11,9% frente ao 2° trimestre de 2020. O m�s de maior aquisi��o foi julho, quando foram registradas 2,84 milh�es de pe�as. A Pesquisa Trimestral do Couro investiga apenas os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
 
“O desempenho do couro acompanha o abate de bovinos. O isolamento social afetou muito a exporta��o couro, que ainda vinha enfrentando uma desvaloriza��o por conta da concorr�ncia com a fibra sint�tica”, conclui o analista. 


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