
Com a taxa b�sica de juros no Brasil em seu menor patamar da s�rie hist�rica (2%), bem abaixo da infla��o, que fechou em 4,31% no acumulado dos �ltimos 12 meses, as aplica��es financeiras mais populares e de menor risco est�o observando rendimento real negativo, com remunera��es que n�o cobrem o aumento m�dio dos pre�os dos bens b�sicos de consumo.
Mas, num ano que se inicia carregado de incertezas com rela��o ao enfrentamento � pandemia de COVID-19 e a capacidade de retomada da economia, o brasileiro precisa ter cautela na escolha da melhor forma para guardar o seu dinheiro. Para superar a infla��o e manter, pelo menos, o poder de compra de suas reservas, o investidor deve buscar um produto que lhe permita um rendimento melhor.
Mas, num ano que se inicia carregado de incertezas com rela��o ao enfrentamento � pandemia de COVID-19 e a capacidade de retomada da economia, o brasileiro precisa ter cautela na escolha da melhor forma para guardar o seu dinheiro.
Para o professor de economia e finan�as Paulo Vieira, o brasileiro que neste momento tem um valor para investir, antes de buscar uma boa rentabilidade e optar por um dos v�rios produtos dispon�veis no mercado, deve avaliar a real finalidade das suas reservas e entender quais os tipos de riscos est� disposto a assumir.
Para as pessoas que t�m a inten��o �nica de guardar dinheiro para emerg�ncias, por exemplo, ele ressalta que o foco tem que ser na liquidez, na possibilidade de o dinheiro aplicado ficar dispon�vel em curto prazo.
Para as pessoas que t�m a inten��o �nica de guardar dinheiro para emerg�ncias, por exemplo, ele ressalta que o foco tem que ser na liquidez, na possibilidade de o dinheiro aplicado ficar dispon�vel em curto prazo.
“Quando a pessoa vai investir mas o dinheiro j� est� carimbado para uma despesa em curto prazo, tem que privilegiar a liquidez. Para ela, a aplica��o tem que virar dinheiro de uma hora pra outra para honrar um compromisso. O mercado disp�e de v�rios produtos financeiros que oferecem essa liquidez, a exemplo de alguns t�tulos do Tesouro Nacional que possuem liquidez di�ria e CDB’s na modalidade sem car�ncia. Mas a pessoa tem que estar ciente de que quanto maior a liquidez, menor o ganho”, adverte.
Vieira destaca que o atual cen�rio da economia brasileira tirou o investidor de uma zona de conforto e imp�s a ele a necessidade de acompanhar constantemente a conjuntura do mercado e a din�mica dos produtos em que seu dinheiro est� alocado.
Para minimizar os riscos, o professor destaca que � importante diversificar o portf�lio de investimentos, o que fica mais confort�vel para o investidor que est� bem informado e orientado.
Para minimizar os riscos, o professor destaca que � importante diversificar o portf�lio de investimentos, o que fica mais confort�vel para o investidor que est� bem informado e orientado.
“Durante muito tempo, as pessoas n�o se preocuparam em entender o funcionamento das aplica��es financeiras, porque era s� deixar l�, o risco � baixo e o rendimento era alto. Mas, agora, se a pessoa quiser ganhar um pouco mais tem que entender como funciona as coisas, pesquisar, conversar, buscar orienta��o respons�vel. Informa��o sempre foi fundamental para um investidor, mas neste momento se tornou obrigat�ria”, pontua.
SOB MEDIDA
O professor desaconselha a ades�o � portf�lios ofertados pelas institui��es financeiras sem uma investiga��o da toler�ncia ao risco de cada cliente. “Voc� direcionar o dinheiro de uma pessoa � como se fosse uma consulta m�dica”, compara.
Na escolha da institui��o para confiar suas reservas, al�m de agilidade e bom atendimento, ele nota que o investidor deve buscar um banco associado ao Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), que assegura o pagamento do valor aplicado, at� o limite de R$ 250 mil, nos produtos financeiros tradicionais, como a poupan�a e os CDBs.
Os bancos tradicionais, as cooperativas de cr�dito e muitas das fintechs oferecem essa seguran�a para o investidor de renda fixa.
Na escolha da institui��o para confiar suas reservas, al�m de agilidade e bom atendimento, ele nota que o investidor deve buscar um banco associado ao Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), que assegura o pagamento do valor aplicado, at� o limite de R$ 250 mil, nos produtos financeiros tradicionais, como a poupan�a e os CDBs.
Os bancos tradicionais, as cooperativas de cr�dito e muitas das fintechs oferecem essa seguran�a para o investidor de renda fixa.
Sobre a possibilidade de ganhos com investimentos em moedas digitais, t�o ventilados nos �ltimos meses, Vieira alerta para os altos riscos de oscila��o e de liquidez inerentes a esse tipo de produto.
Sobre o d�lar, que est� valorizado frente ao real e que tamb�m tem atra�do muitos investidores brasileiros, o professor lembra que a moeda americana tamb�m est� sujeita a in�meros fatores de repercuss�es globais e que isso traz um enorme risco de oscila��o do mercado.
Sobre o d�lar, que est� valorizado frente ao real e que tamb�m tem atra�do muitos investidores brasileiros, o professor lembra que a moeda americana tamb�m est� sujeita a in�meros fatores de repercuss�es globais e que isso traz um enorme risco de oscila��o do mercado.
“As criptomoedas, por n�o terem geralmente o respaldo de uma autoridade monet�ria de um pa�s, s�o extremamente sujeitas a processos especulativos. Um gr�fico de valoriza��o da Bitcoin, por exemplo, parece um exame de eletrocardiograma e demonstra valoriza��es expressiva seguidas de quedas. Outra quest�o � que a pessoa pode ter uma grande valoriza��o do seu investimento, mas n�o tem para quem vender” observa. O d�lar pode at� ser interessante, desde que n�o seja o principal investimento”, aconselha.
PRUD�NCIA
Ricardo Jacomassi, economista-chefe da TCP Partners, tamb�m recomenda prud�ncia nas decis�es de investimentos no atual cen�rio. Ele espera uma infla��o acima da meta em 2021, impactando as taxas de juros e alterando a din�mica do mercado financeiro.
Para o investidor mais conservador, diante das incertezas com a infla��o, Jacomassi indica os t�tulos de renda fixa na modalidade p�s-fixado, que se adaptam melhor �s condi��es do mercado.
Para o investidor mais conservador, diante das incertezas com a infla��o, Jacomassi indica os t�tulos de renda fixa na modalidade p�s-fixado, que se adaptam melhor �s condi��es do mercado.
Para os perfis mais arrojados e que j� est�o familiarizadas com as bolsas de valores, o economista sugere os pap�is de empresas que s�o boas pagadoras de dividendos e que atuam em setores de maior sustentabilidade, como as a��es dos grandes bancos nacionais, das grandes companhias metalomec�nicas e das companhias de energia.
Jacomassi tamb�m alerta para a necessidade de uma orienta��o t�cnica e expressa ceticismo com os coachings de investimento das redes sociais. “Ter a paci�ncia e a sabedoria para consultar especialistas s�rios e respons�veis diminui bastante o risco de perda”, conclui.
*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho
DIRE��O SEGURA
Cinco conselhos para investir com efici�ncia e garantia

Invista de acordo com o seu perfil, suas necessidades e sua toler�ncia ao risco. Segundo o professor Paulo Vieira, “a melhor aplica��o financeira � aquela que te permite botar a cabe�a no travesseiro e dormir com tranquilidade”.

Diversifique seus investimentos e escolha uma institui��o s�ria para depositar suas economias. Diz a m�xima que “nunca se deve colocar todos os ovos numa mesma cesta!”

Fique atento! Estude, atualize o conhecimento e acompanhe constantemente os seus produtos de investimento. Segundo o economista- chefe da consultoria TCP, Ricardo Jaconassi, “o investidor n�o pode deixar de acompanhar o seu investimento e de acompanhar as discuss�es do mercado para formar as suas opini�es, avaliar orienta��es e apurar a hora de sair ou de insistir e ampliar sua participa��o em um investimento”.

Busque orienta��o t�cnica, profissional, respons�vel e id�nea. Jacomassi ressalta que “ter a paci�ncia e a sabedoria para consultar um especialista diminui bastante o risco de perdas”.

Questione sempre as promessas de grandes rendimentos. “O ganho � proporcional ao risco! Se a Selic est� a 2% ao ano, desconfie de aplica��es que prometem rendimento de 5% ao m�s. N�o � imposs�vel, mas � improv�vel numa aplica��o de baixo risco”, adverte o professor Paulo Vieira.