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Estado de Minas QUEIJO MINAS ARTESANAL

Queijo Minas Artesanal: produtora conquista selo para venda em todo o pa�s

A chancela permite venda de produtos aliment�cios artesanais para outros estados


09/02/2021 19:38 - atualizado 09/02/2021 20:14

Maria Geralda de Souza Silva é a primeira produtora do município, na microrregião de Araxá, a conseguir o Selo Arte para o seu estabelecimento(foto: Emater-MG/Divulgação)
Maria Geralda de Souza Silva � a primeira produtora do munic�pio, na microrregi�o de Arax�, a conseguir o Selo Arte para o seu estabelecimento (foto: Emater-MG/Divulga��o)
Depois de um processo de quase quatro anos, a produtora de queijo Minas Artesanal e empreendedora, Maria Geralda de Souza Silva, de Tapira, Regi�o do Alto Parana�ba, � a primeira produtora do munic�pio, na microrregi�o de Arax�, a conseguir o Selo Arte para o seu estabelecimento. H� cinco meses, ela tamb�m obteve o registro de sua queijaria, no Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA).
 
 
A chancela, que tamb�m � concedida pelo �rg�o estadual de inspe��o sanit�ria, permite a venda de produtos aliment�cios artesanais como queijos, entre outros, para outros estados. A Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada � Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Seapa-MG), orientou e monitorou, por meio de seus t�cnicos, todo o processo de registro e a conclus�o do requerimento do Selo Arte.

A t�cnica de bem-estar social da unidade regional da Emater-MG de Arax�, Gisele Maria Santos, explica que a produtora tapirense atendeu a todos os requisitos necess�rios para chegar ao selo. “Ela teve capacita��o em boas pr�ticas agropecu�rias; estruturou a queijaria de forma adequada. Tamb�m fez o exame do gado e os exames f�sico qu�micos e microbiol�gicos do queijo e da �gua. Todo o processo foi acompanhado pela Emater-MG, do come�o ao fim”, afirma.

Maria Geralda conta que n�o foi f�cil conquistar o selo, que demanda ajustes e adequa��es. Ela teve vontade de desistir, mas a persist�ncia venceu. E, hoje, acha que valeu a pena ter continuado.

“A t�cnica da Emater vinha todo dia e falava: ‘tenha paci�ncia, voc� vai conseguir’. � assim mesmo. Ent�o fomos pelejando. Finalmente chegou o Selo Arte. Gra�as a Deus! Eu vendo queijo para Bras�lia, Uberl�ndia, S�o Paulo, Curitiba e Ribeir�o Preto”, comemora.

Produ��o


Atualmente, a produtora de Tapira fabrica sozinha, em m�dia, de oito a dez quilos de queijo por dia, dependendo da produ��o di�ria do leite da propriedade. “A minha produ��o varia, porque cada dia a vaca d� um tanto de leite, mas fica em torno disso.”

Segundo Maria Geralda, a renda com a venda do produto aumentou 100%, j� que as modifica��es implementadas agregaram valor ao produto. Os pedidos de compra do queijo n�o param e ela atende demandas que variam de 30 a 50 quilos do produto.  

A pe�a � vendida a R$ 40 o quilo. “Tem uns queijeiros aqui que est�o pagando R$ 15 o quilo. Eu vendo a R$ 40. Mas o meu queijo tem qualidade. S� vendo queijo de primeira. O povo pega o queijo e n�o questiona o pre�o. Alguns dizem que � caro. � caro, mas tem qualidade”, argumenta.

A queijaria de Maria Geralda fica na Fazenda Antas, que ela prefere chamar de ch�cara. No lugar, pr�ximo da regi�o urbana de Tapira, ela e o marido passam o dia trabalhando e s� voltam para casa � noite. A m�o de obra na confec��o do produto � toda dela. 

O queijo foi batizado de “Pingo da Serra”. O nome � inspirado no pingo, soro usado na fabrica��o do Queijo Minas Artesanal e no relevo do local onde � fabricado, j� que a fazenda fica entre montanhas. Tamb�m � uma homenagem, segundo ela, � Serra da Canastra, pois a ch�cara fica “nos port�es de entrada da serra” famosa. 

Registro


Em rela��o ao per�odo de tramita��o do processo no IMA para conseguir o Selo Arte, a t�cnica Gisele Santos esclarece que tudo depende muito do produtor. “Cada produtor tem o seu tempo de constru��o, de adequa��o, de equipar a queijaria.”

O gerente de Inspe��o de Produto de Origem Animal do IMA, Andr� Duch, afirma tamb�m que o tempo de regulariza��o de uma queijaria no �rg�o depende de v�rios fatores e que pode estar relacionado ao hist�rico de pend�ncias do produtor.

“Depende de qual est�gio a pessoa est�. Por exemplo, tem produtor que chega aqui pra gente registrar e n�o tem nada. Outro j� tem uma queijaria muito bem encaminhada e s� falta a documenta��o. Tem alguns que dependem de cr�dito ou financiamento”, disse.

O gerente do IMA esclarece que o selo n�o � concedido, automaticamente, no ato do registro da queijaria no �rg�o. “O produtor tem de solicitar em requerimento. A gente tem de ter um documento demonstrando o interesse dele. Agora, se no momento de registrar, ele cumprir tudo e fizer a solicita��o, a gente analisa e automaticamente ele vai sair com o Selo Arte. Se n�o pleitear, o produtor ou produtora vai ter o registro, sem o Selo Arte”, informa, acrescentando tamb�m que � poss�vel fazer o requerimento do selo, ap�s o registro.

Segundo Duch, o estado tem 35 queijarias com Selo Arte. Ele considera o n�mero ainda baixo e atribui a v�rios fatores. Um deles � a apresenta��o de uma documenta��o “mais robusta” que precisa ser comprovada no Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa).  

O gerente do �rg�o aconselha que, quem desejar legalizar o seu estabelecimento no IMA, deve procurar inicialmente a Emater-MG para ser orientado no cumprimento das exig�ncias legais.

Garantia para o consumidor

A coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal, Maria Edinice Soares, confirma que a Emater-MG est� apta a fornecer todas as informa��es necess�rias ao tr�mite do registro da queijaria e do Selo Arte e faz uma observa��o. “Hoje o IMA n�o trabalha mais com a figura do cadastro. Agora � registro. Registrando sua queijaria no IMA, voc� pode pedir o Selo Arte”, explica.

Sobre o Selo Arte, Edinice esclarece tamb�m que � uma garantia a mais para o consumidor e uma forma de ampliar o alcance da comercializa��o para o fabricante.  “Ele veio para falar ao consumidor que aquele queijo � artesanal e segue par�metros de legisla��o de boas pr�ticas agropecu�rias e boas pr�ticas de fabrica��o. E, com isso, o produtor pode colocar o seu produto em qualquer g�ndola, tanto dentro do estado como fora do estado”, justifica.

De acordo com a coordenadora, entre os documentos que o produtor tem de entregar ao IMA, est�o um memorial socioecon�mico, descrevendo toda a estrutura de queijaria e de curral, programas operacionais de higiene e sanitiza��o e comprovante de sanidade do rebanho, entre outros. “O papel da Emater-MG � orientar e apoiar o produtor na organiza��o desses documentos e na assist�ncia t�cnica.”

Andr� Duch explica que o Queijo Minas Artesanal pode ser produzido legalmente em todo o estado de Minas Gerais. Agora somente aqueles queijos que est�o em microrregi�es caracterizadas como produtoras, podem explorar no r�tulo, a nomenclatura da regi�o. Em Minas s�o oito as regi�es produtoras caracterizadas: Arax�, Serro, Cerrado, Campo das Vertentes, Serra do Salitre, Tri�ngulo Mineiro, Canastra e mais recentemente, Serras da Ibitipoca.

Tapira                     


O munic�pio de Tapira fica na regi�o produtora de Queijo Minas Artesanal de Arax� e tem tradi��o na fabrica��o deste alimento, desde a coloniza��o das terras locais. Ao longo da hist�ria, o produto foi fonte da renda de muitas fam�lias. A estimativa � que haja hoje, cerca de, 120 produtores de Queijo Minas Artesanal, segundo a unidade regional da Emater-MG de Arax�.

Atualmente, quatro produtores do queijo est�o em processo de regulariza��o dos seus estabelecimentos. Mas, por enquanto, s� Maria Geralda concluiu o registro e conquistou o Selo Arte.
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira 


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