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Estado de Minas ECONOMIA

Pandemia de COVID-19 levou ao fechamento de mais de 75 mil lojas no pa�s

O resultado de 2020 foi o pior desde 2016, quando o saldo tinha sido de 105,3 mil lojas fechando as portas, na �poca


01/03/2021 13:05 - atualizado 01/03/2021 14:45

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que 75,2 mil lojas fecharam as portas em 2020(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Estudo da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC) revelou que 75,2 mil lojas fecharam as portas em 2020 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
No in�cio da pandemia de COVID-19, o empres�rio Marcelo de Carvalho, dono da cinquenten�ria Mototex, que confecciona e vende uniformes para restaurantes e condom�nios, ficou com as duas lojas fechadas por tr�s meses.

 

Nesse per�odo, continuou pagando aluguel e tendo outras despesas, mas sem a contrapartida da venda de uniformes. Em julho, Carvalho decidiu encerrar definitivamente uma das lojas. "Se a venda continuar aqu�m do necess�rio, cogitamos s� ficar com a confec��o e fabricar sob demanda", diz.


Caso o plano de Carvalho de fechar a segunda loja se confirme e seja seguido por outros comerciantes, o varejo deve demorar para se recuperar do tombo de 2020. No ano passado, o isolamento social imposto pela pandemia e o avan�o acelerado do com�rcio online derrubaram a abertura de lojas f�sicas no Pa�s.

 

Entre inaugura��es e fechamentos, o com�rcio perdeu 75,2 mil pontos de venda, revela estudo da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Estad�o. O levantamento considera lojas com v�nculo empregat�cio que entram no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


O resultado de 2020 foi o pior desde 2016, quando o saldo tinha sido de 105,3 mil lojas fechando as portas, na �poca, por causa da maior recess�o da hist�ria recente. Ap�s dois anos seguidos de saldo positivo - com a abertura l�quida de 27,1 mil lojas -, o estrago em 2020 s� n�o foi maior por causa do aux�lio emergencial, segundo o economista-chefe da CNC e respons�vel pelo estudo, Fabio Bentes. "Sem o aux�lio ter�amos tido seguramente mais de 100 mil lojas fechadas."

Apesar da digitaliza��o acelerada do com�rcio por conta da pandemia, o varejo brasileiro � ainda muito dependente do consumo presencial, que responde por cerca de 90% das vendas. Essa rela��o � n�tida, segundo Bentes, quando se constata que o impacto maior da pandemia ocorreu no primeiro semestre, com o fechamento l�quido de 62,1 mil lojas.

 

Nesse per�odo, o �ndice de isolamento social atingiu o pico de 47% e as vendas recuaram quase 18% em abril. No segundo semestre, quando se iniciou o processo de reabertura e o consumo foi impulsionado pelo aux�lio, o saldo negativo de abertura de lojas foi bem menor e ficou em 13,1 mil.

Tempestade

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, o que explica o saldo negativo na abertura de lojas � uma "tempestade perfeita" que combinou o aperto provocado pela crise sanit�ria com a acelera��o da digitaliza��o do varejo, a redu��o da presen�a no Pa�s de marcas internacionais e o forte aumento de custos dos alugu�is, especialmente em shoppings. "Todos fatores est�o interligados."

O fechamento de lojas de marcas internacionais, na opini�o de Terra, tem rela��o com a crise sanit�ria, que levou muitas empresas a encerrarem pontos de venda em pa�ses que n�o s�o priorit�rios. Mas as empresas alegam outros motivos.

A espanhola Zara, por exemplo, do setor de vestu�rio, fechou sete lojas no Pa�s nos �ltimos tr�s meses e ficou com 49 em funcionamento. Segundo fontes pr�ximas da companhia, o encerramento desses pontos n�o est� relacionado com a pandemia. Ele faz parte de um projeto global, anunciado antes da crise sanit�ria, de transforma��o digital no qual as lojas menores seriam desativadas.

A francesa L'Occitane au Br�sil, de perfumaria, � outra que fechou 39 lojas em 2020 e manteve 157 em opera��o. Segundo a companhia, o encerramento das lojas � resultado da reestrutura��o, anterior � pandemia, que visa uma "adequa��o dos espa�os do varejo", como avan�o da venda online.

Vagas perdidas

A retra��o de 1,5% nas vendas do varejo ampliado em 2020, que inclui ve�culos e materiais de constru��o, e o grande fechamento l�quido de lojas f�sicas resultaram na perda de 25,7 mil postos formais de trabalho, aponta o levantamento da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), com base nos dados do Caged. Foi o primeiro saldo anual negativo no emprego do varejo desde 2016. Naquele ano, por conta da forte recess�o foram fechadas 176,1 mil vagas, entre admiss�es e demiss�es.

Apesar do saldo negativo na ocupa��o do varejo em 2020, n�o houve uma revers�o completa das vagas abertas nos tr�s anos anteriores. Entre 2017, 2018 e 2019, o setor gerou 220,1 mil empregos com carteira.

Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, o grande fechamento de lojas f�sicas que houve em 2020 n�o dever� ser compensado este ano por conta do cen�rio incerto em rela��o �s novas ondas da pandemia e ao ritmo de vacina��o. "Seguramente, esse quadro deve fazer com que a retomada do emprego no com�rcio seja bem mais dif�cil, a menos que ocorra alguma surpresa."

Al�m das incertezas sobre a retomada da abertura de lojas por causa da pandemia, ele lembra que o com�rcio eletr�nico cujas vendas cresceram 37% em 2020, n�o tem capacidade de gerar tantos empregos como as lojas f�sicas.

Vestu�rio

Todos os segmentos do com�rcio fecharam mais lojas do que abriram no ano passado. O enxugamento nos pontos de venda pegou at� os "queridinhos" do varejo, como supermercados e lojas de materiais de constru��o, que ganharam grande impulso nas vendas por causa do aux�lio emergencial.

Mas o segmento que mais fechou loja do que abriu em 2020 foi o de artigos de vestu�rio, cal�ados e acess�rios, com um saldo negativo de 22,29 mil pontos de venda, segundo levantamento da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens Servi�os e Turismo (CNC). O segmento de vestu�rio fechou o ano com um estoque de lojas 10% menor em rela��o a dezembro de 2019 e com uma retra��o de quase o dobro do recuo do estoque total de lojas no varejo.

O varejo como um todo encerrou o ano de 2020 com 1,221 milh�o de lojas ativas, um n�mero 5,8% menor do que em 2019.

"O estrago foi maior no varejo n�o essencial, como as lojas de e vestu�rio, livrarias e no com�rcio automotivo", observa o economista-chefe da CNC e respons�vel pelo levantamento, Fabio Bentes.

No caso dos artigos de vestu�rio, al�m da retra��o nas vendas pelo fato de as pessoas estarem confinadas em casa e consumido menos esse tipo de produto, as press�es de custos de alugu�is, especialmente de shoppings, onde a maioria dessas lojas est�o instaladas, cresceram em ritmo exponencial.

Pressionado pelo c�mbio e pelo aumento de pre�os das mat�rias-primas, o �ndice Geral de Pre�os-Mercado (IGP-M), o indexador mais usado nos contratos de loca��o, deu um salto. Em 12 meses at� fevereiro deste ano acumula alta de quase 30%.

Angelo Campos, dono da MOB, confec��o e rede de lojas de moda feminina, fechou tr�s lojas, de um total de 34, no ano passado por causa dos custos operacionais elevados. No shopping, ele tem de pagar o rateio do condom�nio, fundo de promo��o, aluguel reajustado pelo IGP-M e 13.º aluguel. "E eles n�o quiseram negociar, independentemente da pandemia." Resultado: o empres�rio acabou trocando as tr�s lojas pr�prias em shopping por cinco franquias na rua e o saldo foi positivo. Ele diz que tem inten��o de fazer novas migra��es para lojas de rua.

Dados da Associa��o Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostram que a vac�ncia nos shoppings foi de 9,3% em 2020, ante 4,7% no ano anterior.

Apesar de segmentos do varejo que vendem produtos para serem consumidos em casa terem se sa�do melhor no ano passado, eles tamb�m n�o escaparam do fechamento de lojas. Os hipermercados, supermercados e minimercados fecharam o ano com saldo negativo 14,38 mil na abertura de lojas e o estoque de pontos de venda ficou 5,5% abaixo do de 2019.

"O que est� sofrendo com a pandemia � o minimercado", conta H�lio Freddi, diretor da rede Hirota. Com a queda de clientes em shoppings e em centros empresariais por causa do home office, ele fechou duas lojas Express nesses locais e abriu tr�s em pontos de maior fluxo. Nas lojas de supermercado do grupo e as instaladas em condom�nio, no entanto, o plano � expandir os pontos de venda. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

 

O que � o coronav�rus

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.


transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.


A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia
  • Em casos graves, as v�timas apresentam:
  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
  • Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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