
Ao longo do tempo, os parlamentares t�m agido para aumentar gradualmente o controle do Or�amento. De indica��es aprovadas, foram R$ 9,1 bilh�es em 2016, R$ 15,2 bilh�es em 2017, R$ 11,9 bilh�es em 2018 e R$ 13,7 bilh�es em 2019, at� chegaram a R$ 46 bilh�es em 2020, conforme dados do Siga Brasil, do Senado Federal.
No ano passado, por�m, ap�s rea��es do presidente Jair Bolsonaro, o Congresso recuou e devolveu parte dos recursos para o guarda-chuva do Executivo, ficando com R$ 35,4 bilh�es.
Durante a vota��o do Or�amento deste ano, o l�der do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), admitiu o movimento do Legislativo nas contas federais. "O pe�o de obra n�o tem partido pol�tico.
O engenheiro, aquela pessoa que presta atividade econ�mica nos 5.700 munic�pios brasileiros, precisa manter o seu emprego. E uma das maneiras, ou talvez a �nica maneira de manter esses empregos no interior do Brasil, � aprovando o Or�amento, que �, desde o primeiro momento, de impositividade gradativa."
Na semana passada, o Congresso derrubou um veto de Bolsonaro para tornar as emendas de relator e das comiss�es com pagamento obrigat�rio. Pela Constitui��o, apenas as indica��es individuais e de bancada s�o impositivas.
Com as emendas de relator, o senador Marcio Bittar (MDB-AC) colocou quase R$ 30 bilh�es em recursos controlados diretamente por ele no Or�amento deste ano. Desse montante, 40% ficaram para obras ligadas ao Minist�rio do Desenvolvimento, comandado pelo ministro Rog�rio Marinho e uma das vitrines eleitorais de Bolsonaro. Em plena pandemia de covid-19, a sa�de ficou com 36% das emendas de relator.