Gasmig congela pre�o do g�s residencial at� fevereiro de 2022

A Companhia de G�s de Minas Gerais (Gasmig) vai manter o pre�o do g�s residencial congelado at� fevereiro de 2022, mesmo ap�s a Petrobras anunciar, nessa segunda-feira (5/4), o aumento do custo do g�s natural a partir de 1° de maio. A decis�o foi tomada como forma de amenizar os impactos para o consumidor.

 

Segundo o presidente da Gasmig, Pedro Magalh�es, o reajuste do g�s residencial � feito anualmente, mas a alta nunca foi t�o grande.

“A gente faz anualmente o residencial para evitar o sobe e desce do botij�o de g�s. Mas tamb�m nunca teve uma alta igual essa, que d� um impacto grande. Apesar disso, a gente vai manter a tarifa congelada at� o ano que vem”, disse.

“Vivemos em um pa�s doido. � infla��o, aumento do IGP-M de 30%, agora aumento do g�s de 39%. Estabilizam algumas coisas e outras saem do controle”, completa.

O congelamento estava previsto para o ano que vem, segundo ele. “Mudamos em virtude desses aumentos. Resolvemos congelar e manter a nossa pol�tica”, afirmou.

Para outros setores, como industrial e comercial, a tarifa est� sendo estudada. O presidente disse que o impacto j� era uma preocupa��o no estado, por�m, o congelamento vai “aliviar” o consumidor.

“Vai amenizar. Pode ser que at� fevereiro de 2022 o d�lar baixe, o petr�leo baixe e pode ter at� um desconto para o mercado. Vai ser bom. Vamos tentar ver se a gente acha um caminho para amortecer um pouco para os consumidores. Vamos tentar diminuir esse impacto em Minas, porque isso que preocupa a gente”, enfatizou.

Recentemente, a Gasmig anunciou o congelamento do pre�o do g�s veicular por 90 dias – at� 3 de junho.

A Companhia garante que o reajuste para o setor ser� menor. “At� l�, a gente vai estudar, mas n�o vai ser 39%. Vamos tentar diminuir os impostos do GNV e da isen��o de IPVA para os carros que utilizam o g�s”, refor�ou o presidente.

Magalh�es se reuniu, na Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com o subsecret�rio de Desenvolvimento Regional de Minas Gerais, Fernando Passalio; o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, atual presidente do Conselho da Gasmig; e o presidente da Fiemg, Fl�vio Roscoe, para discutir medidas de diminui��o do impacto e a cria��o de uma pol�tica de g�s para o futuro.

“Estamos construindo em Minas Gerais uma pol�tica de consumo residencial e veicular. Aqui n�o tem tradi��o. Rio de Janeiro e S�o Paulo t�m g�s h� 100 anos. Ent�o, o consumo do Rio de Janeiro � 20% industrial, 40% residencial e 40% veicular. Aqui em Minas o residencial representa 1% e o veicular 4% s�. � uma matriz diferente”, ressaltou.

Umas das causas do reajuste do pre�o � a alta de 31% do �ndice Geral de Pre�os – Mercado (IGP-M) entre mar�o de 2020 e mar�o deste ano, nos repasses dos custos de transporte do insumo at� o momento das entregas �s distribuidoras, que influenciam os pre�os do g�s natural da Petrobras.

Os custos s�o determinados por meio de tarifas reguladas pela Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP).

De acordo com a Petrobras, a varia��o “� resultado da aplica��o das f�rmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o pre�o � cota��o do petr�leo e � taxa de c�mbio”. 

As altera��es dos pre�os dos contratos ocorrem trimestralmente, portanto, para maio, junho e julho foram considerados os pre�os dos meses de janeiro, fevereiro e mar�o, em que o petr�leo registrou alta de 38%.

“Durante esse per�odo, o petr�leo teve alta de 38%, seguindo a tend�ncia de alta das commodities globais. Al�m disso, os pre�os dom�sticos das commodities tiveram alta devido � desvaloriza��o do real”, informou a petroleira.

*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina