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Estado de Minas Mis�ria

Pandemia faz crescer pobreza e fome bate � porta de brasileiros

Levantamento mostra que, no fim do ano passado, 27% da popula��o enfrentava um quadro grave do problema. Em 2004, esse percentual era de 16%


15/04/2021 10:15 - atualizado 15/04/2021 10:36

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(foto: Minervino J�nior/CB/D.A Press)
Moradora de Palmas, a vendedora ambulante Let�cia Loren�o, 38 anos, enfrenta uma situa��o cada vez mais presente na vida de brasileiros de baixa renda diante da persist�ncia da pandemia do novo coronav�rus: a dificuldade para comprar alimentos.

“Passamos por muita dificuldade, principalmente, quando come�ou a pandemia. Sou ambulante, mas o dinheiro n�o � suficiente para comprar comida e pagar as contas, est� muito apertado. Moro com seis pessoas e recebemos ajuda de um projeto social. Quando n�o t�nhamos o que comer, tivemos que recorrer a doa��es”, contou.


Let�cia � uma das pessoas que integram a popula��o que vive em situa��o de inseguran�a alimentar no Brasil. Como informou reportagem publicada ontem pelo Correio, mais da metade dos brasileiros n�o tem plenamente garantido o acesso � comida no pa�s, segundo levantamento feito pelo Grupo de Pesquisa Alimentos por Justi�a, da Freie Universit�t Berlin (Alemanha), em conjunto com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Bras�lia (UnB).

De acordo com a pesquisa, a inseguran�a alimentar grave ou moderada atingiu 27,7% da popula��o no final do ano passado, ou 58 milh�es de brasileiros, contra 16,8% em 2004.

Em Palmas, Let�cia recebe ajuda o projeto social Unidos por Um Mundo Melhor (UPMM). A coordenadora do projeto na capital do Tocantins, J�lia Albuquerque, afirmou que, com a chegada da pandemia o n�mero de pessoas buscando o programa triplicou.

“Antes mesmo da crise sanit�ria, muitas fam�lias estavam cadastradas e, com a pandemia, esse n�mero triplicou. Infelizmente as doa��es n�o aumentaram. Muitas fam�lias n�o t�m o b�sico, n�o tem caf� da manh� ou uma janta, e s� o projeto social n�o d� conta de que elas tenham acesso ao que � delas por direito”, disse.

“Estou desempregada, moro de favor e cuido de tr�s filhos pequenos, passo por muitas dificuldades. Mesmo recebendo o Bolsa Fam�lia, o dinheiro n�o d� pra pagar as contas e comer. Quando estava sem comida em casa, tive que recorrer a uma amiga que me ajudou”, conta Karen Mikaele dos Santos Lima de 26 anos, tamb�m residente em Palmas.

Em Bras�lia, Rejane Souza, 21 anos, � uma das representantes do projeto social Doe Amor. H� um ano volunt�rios promovem a��es no Distrito Federal e Entorno.

“No in�cio, eu e minha irm�, Beatriz, vimos que muitas empresas tiveram que demitir funcion�rios e ficamos sensibilizadas. A empresa onde trabalh�vamos juntas tamb�m foi um exemplo, fic�vamos localizadas em uma comercial e foi entristecedor ver tantas pessoas sem emprego. Com isso n�s tivemos a ideia de juntar esfor�os e montarmos cestas de doa��es para ajudar as fam�lias que estavam precisando. Assim surgiram as primeiras entregas”, explicou.

*Estagi�rios sob a supervis�o de Odail Figueiredo



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