
"Portanto, ele n�o se realizar� em 2021. As consequ�ncias para um novo censo ser�o comunicadas ao longo deste ano", limitou-se a responder Waldery.
Sindicato fez alerta
Ap�s o governo federal ter reduzido ainda mais a verba destinada � realiza��o do Censo Demogr�fico deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o sindicato de servidores do �rg�o alertou na manh� desta sexta-feira, que os preparativos estavam amea�ados, o que poderia inviabilizar a coleta em campo em 2022, ou seja, o levantamento ficaria apenas para 2023.
Dos R$ 2 bilh�es previstos, apenas R$ 71 milh�es foram aprovados pelo Congresso Nacional no m�s passado. No entanto, o or�amento sancionado e publicado no Di�rio Oficial da Uni�o desta sexta-feira traz um veto do presidente Jair Bolsonaro que reduz esse valor para apenas R$ 53 milh�es, o que inviabiliza at� os preparativos para o levantamento ir a campo em 2022, afirma o sindicato nacional dos servidores do IBGE, o Assibge.
O texto aprovado no congresso previa R$ 53 milh�es de custeio e outros R$ 17,75 milh�es de investimento, que acabaram vetados pelo presidente, ressalta o sindicato.
"A gente avalia que precisaria de pelo menos R$ 239 milh�es para manter o censo vivo e que ele pudesse ser executado ao menos em 2022. Desses R$ 53 milh�es aprovados, calculamos que R$ 20 milh�es j� foram gastos, ent�o realmente o que nos preocupa n�o � o censo n�o realizado em 2021, mas que ele n�o ocorra em 2022. Se os recursos necess�rios para os preparativos s� vierem na LOA (Lei Or�ament�ria Anual) de 2022, significa que ele s� ser� realizado em 2023", alertou Dalea Antunes, coordenadora do N�cleo Chile do Assibge.
A verba � necess�ria para a manuten��o dos contratos de trabalhadores tempor�rios que j� preparam o levantamento censit�rio e de servi�os e licita��es em curso, aponta o sindicato.
Realizado a cada 10 anos, o Censo Demogr�fico deveria ter ido a campo em 2020, mas foi adiado para 2021 em fun��o da pandemia do novo coronav�rus. O IBGE ter� que cancelar pelo segundo ano consecutivo o concurso p�blico aberto para preencher as mais de 200 mil vagas tempor�rias de recenseados e agentes censit�rios que trabalhariam no levantamento. As provas presenciais que seriam realizadas este m�s j� estavam canceladas, sem nova previs�o de data.
O corte no or�amento do censo gerou uma crise na dire��o do IBGE. No �ltimo 26 de mar�o, dia seguinte � aprova��o pelo congresso da redu��o no or�amento do levantamento censit�rio, a presidente Susana Cordeiro Guerra informou ter pedido exonera��o do cargo. Ela permaneceu � frente do �rg�o por mais duas semanas, at� 9 de abril, quando foi substitu�da interinamente pela ent�o diretora executiva do �rg�o, Marise Ferreira, servidora de carreira do IBGE h� 37 anos.
O Minist�rio da Economia, a quem o IBGE � subordinado, n�o emitiu qualquer nota at� esta sexta-feira comentando nem o corte no or�amento do Censo Demogr�fico nem a mudan�a na dire��o do �rg�o. H� pouco mais de uma semana, no dia 14, o instituto anunciou que o atual diretor de Pesquisas, Eduardo Rios Neto, foi indicado pelo Minist�rio da Economia para assumir a presid�ncia, mas sua nomea��o ainda n�o foi publicada no Di�rio Oficial.