
A press�o no custo das granjas se reflete diretamente no bolso do consumidor, que viu os pre�os do frango em peda�os subirem mais que o dobro da infla��o acumulada no ano, at� abril.
Conforme levantamento feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria (Embrapa), por meio da Central de Intelig�ncia de Aves e Su�nos, em compara��o com mar�o, o valor da produ��o do frango teve alta de 2,75% em abril e de 14,08% no acumulado deste ano.
O consumidor sente no bolso o impacto do encarecimento no custo das granjas. O presidente da ABPA, Ricardo Santin, diz, em editorial no site da entidade, que o setor est� pressionado pela eleva��o dos pre�os do milho e soja, o que pode provocar uma queda de produ��o e aumento de pre�os da carne de frango nos supermercados.
Segundo o Centro de Estudos Avan�ados em Economia Aplicada (Cepea), a varia��o anual nos pre�os do milhos acumulada at� abril ultrapassa 115% e se aproxima de 60% no caso do farelo de soja.
“O repasse de custos � inevit�vel. Os �ndices que vemos agora s�o reflexos da utiliza��o de insumos comprados h� meses, em valores inferiores aos atuais. Por isso, � prov�vel que novas altas alcancem as g�ndolas nos pr�ximos meses”, disse Santin.
Op��es cada vez mais esgotadas
Por causa da infla��o nos pre�os dos alimentos, o brasileiro de baixa renda j� sofre, desde o in�cio da pandemia, com a s�bita mudan�a no card�pio para tentar gastar menos durante as compras do m�s.
Com o aumento no pre�o da carne bovina, por exemplo, a solu��o foi procurar op��es mais baratas, incluindo frangos, su�nos e ovos. No entanto, a carne originada das granjas agora tamb�m fica mais cara.
Com o aumento no pre�o da carne bovina, por exemplo, a solu��o foi procurar op��es mais baratas, incluindo frangos, su�nos e ovos. No entanto, a carne originada das granjas agora tamb�m fica mais cara.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), em abril, o pre�o do frango inteiro teve um aumento de 1,80% e o do frango em peda�os 2,56%.
Em Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra varia��o dos pre�os no com�rcio para o p�blico final, foi de 0,37% em abril, enquanto no Brasil, foi de 0,31%, segundo o IBGE.
Somente em 2021, o frango em peda�os encareceu, em m�dia, 5,65% nos mercados e a�ougues da Grande BH. �ndice � mais que o dobro da alta de 2,63% da infla��o medida pelo IPCA.
Somente em 2021, o frango em peda�os encareceu, em m�dia, 5,65% nos mercados e a�ougues da Grande BH. �ndice � mais que o dobro da alta de 2,63% da infla��o medida pelo IPCA.
Em um levantamento feito pelo site de pesquisas Mercado Mineiro entre 28 e 30 de abril, o peito de frango resfriado foi encontrado sendo vendido na capital mineira por, em m�dia, a R$ 10,56. H� quatro meses, custava R$ 9,99, ou seja, houve uma varia��o de 5,72%. J� o quilo da coxa e sobrecoxa foi de R$ 10,25 para R$ 10,74, alta de 4,76%.
Setor recorre ao governo federal
Para tentar frear esse aumento, a ABPA, junto de entidades estaduais, pede ao governo federal medidas que possam reduzir os impactos causados pela alta dos pre�os dos gr�os.
Entre as solicita��es feitas pela associa��o est� a informa��o antecipada de contratos de exporta��o feitos de forma oficial pelo governo brasileiro. Ricardo Santin, presidente da institui��o, informou em nota, que a medida n�o se relaciona com o controle de exporta��es e, sim, com a "transpar�ncia em um mercado que carece de informa��es que melhorem o planejamento industrial".
“Defendemos a liberdade de exportar e importar, e n�o queremos impor qualquer empecilho. O que buscamos � o estabelecimento de uma fonte oficial, id�nea, como a Conab ou outro �rg�o no �mbito do Minist�rio da Agricultura, que permita �s empresas brasileiras o acesso a estas informa��es assim como ocorre em outras grandes na��es exportadoras, como � o caso dos EUA. Sem este �ndice, estamos em desvantagem frente aos nossos principais competidores internacionais, o que impacta, tamb�m, os 70% da produ��o de carne de frango que fica no mercado interno”, diz a nota.
Outras medidas tamb�m requeridas pelo setor ao governo � a viabiliza��o total das importa��es de insumos provenientes de pa�ses extra-mercosul e desonera��es referentes � cobran�a de PIS e Cofins.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz
* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz