Em junho, a diferen�a entre contrata��es e demiss�es tamb�m foi positiva no estado, em 32.818 oportunidades, acr�scimo de 0,76% em rela��o ao m�s anterior. A an�lise dos dados mostra ainda que a velociade de crescimento do emprego foi maior no interior de Minas. Regi�es que t�m como cidades-polos Uberaba, no Tri�ngulo; Barbacena, na Regi�o Central do estado; Te�filo Otoni, no Vale do Jequitinhonha; e Divin�polis, no Centro-Oeste, lideraram o ranking da expans�o das vagas com a carteira assinada em junho.
Segundo a pesquisa, o acr�scimo de 0,76%, na m�dia, das contrata��es em Minas Gerais na compara��o com o estoque do emprego em maio resultou da diferen�a entre 172.521 admiss�es e 139.703 desligamentos. Quanto ao volume total de carteiras assinadas, os n�meros do estado tamb�m s�o mais favor�veis que os nacionais. Minas fechou junho com 4,3 milh�es de v�nculos formalizados, crescimento de 8,6% ante maio, enquanto o Brasil totalizou 40,9 milh�es, alta de 7,9% no mesmo intervalo.
A pesquisadora da Funda��o Jo�o Pinheiro Denise Maia avalia os n�meros com mais cautela do que otimismo. Ela pondera que o Novo Caged tem peso significativo na an�lise da conjuntura econ�mica mineira e do pa�s, mas ressalta que ainda � cedo para dizer se o aumento dos empregos formais observado ao longo de 2021 � sustent�vel no m�dio e longo prazo.
Ela destaca que o resultado positivo do saldo do emprego formal reflete a retomada das contrata��es principalmente no setor de servi�os e na ind�stria e a amplia��o da vacina��o no pa�s, apesar de vagarosa. Outro fator que explica a rea��o � que, desde 28 de abril, est� em vigor o Benef�cio Emergencial de Manuten��o do Emprego e da Renda (BEm) 2021, relan�ado pelo Governo Federal por meio da Medida Provis�ria 1045.
V�lida por 120 dias, a medida preservou os v�nculos dos trabalhadores que formalizaram acordo de suspens�o de contrato de trabalho ou redu��o salarial e de jornada durante a pandemia, o que evitou demiss�es em massa nos �ltimos tr�s meses. “� evidente que o mercado de trabalhou reagiu ao avan�o da vacina��o e � consequente retomada das atividades do estado, o que se v� sobretudo pelo desempenho do setor de servi�os e da ind�stria, os mais castigados pelas medidas de isolamento impostas no esfor�o de conter a pandemia de COVID-19. Com a reabertura das cidades, esses segmentos voltaram a contratar”, analise Denise Maia.
A pesquisadora chama a aten��o para algumas vari�veis que tornam o cen�rio indefinido para o mercado de trabalho. “Uma delas � certamente o BEm. Depois que a vig�ncia do programa terminar, no fim de agosto, n�o sabemos como o mercado vai se comportar. Ou seja: se os empregos at� ent�o preservados ser�o mantidos, indicando uma recupera��o sustent�vel da economia, ou se podemos esperar uma onda de demiss�es. O cen�rio ainda � incerto para fazer previs�es muito otimistas”, complementa.
Denise Maia observa que a pesquisa do Caged abrange 40% da popula��o economicamente ativa do pa�s, que � a que tem carteira assinada. “Em Minas, isso � menos de 30% da popula��o em idade ativa. Temos ainda um enorme contingente de desempregados e desalentados, conforme nos mostraram dados da PNAD Cont�nua (pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica - IBGE) divulgados em 30 de julho. A desocupa��o est� em 14,6%, o equivalente a 14,8 milh�es de pessoas. A situa��o, portanto, ainda � cr�tica, mas vem dando sinais de tr�gua”, afirma.
Projetos
A recupera��o tamb�m beneficiou o Fabr�cio �lvares, especialista em tecnologia da informa��o. “Fiquei desempregado por cerca de dois meses, at� conseguir uma vaga em outubro de 2020. Antes da pandemia, eu tinha planos de empreender, mas a crise econ�mica frustrou meus projetos. Dei sorte que o mercado de TI est� aquecido. A empresa em que estou trabalhando ampliou bastante o quadro de funcion�rios”, conta.
Com reabertura, servi�os recontratam
O maior crescimento relativo do saldo l�quido de vagas em junho foi da Regi�o Geogr�fica Intermedi�ria (RGInt) de Uberaba, com incremento de 1,03% no total de v�nculos gerados. O desempenho da �rea, composta de 29 munic�pios, foi alavancado sobretudo pelo com�rcio e pela agropecu�ria. A RGInt de Barbacena, que inclui 49 cidades, ficou em segundo lugar, com 0,94% de acr�scimo.
A terceira da lista � a regi�o deTe�filo Otoni com 0,88%. Em contrapartida, os piores desempenhos foram verificados nos munic�pios do entorno de Patos de Minas (0,4%), no Alto Parana�ba, e de Governador Valadares (0,5%), no Leste do estado. Com o maior saldo em junho, a Regi�o Intermedi�ria de Belo Horizonte ficou em 7° lugar, com eleva��o de 0,78% nos postos de trabalho formais, na compara��o com maio de 2020.
Considerando-se a evolu��o percentual do saldo de vagas criadas de janeiro a junho, Minas, com a varia��o positiva de 4,5%,ocupa o nono lugar no ranking geral. Os melhores resultados foram verificados em Mato Grosso (6,7%), Goi�s (6,2%) e Santa Catarina (5,8%); enquanto os piores, em Alagoas (-1,6%), Sergipe (0,3%) e Pernambuco (1,6%).
Do ponto de vista dos setores da atividade econ�mica que mais apresentaram recupera��o do emprego com carteira, o principal destaque ficou com o setor servi�os, justamente o mais penalizado em 2020, quando prefeitos e governadores implantaram medidas mais duras de isolamento social no esfor�o de conter a pandemia de COVID-19. Em Minas, os prestadores de servi�os abriram 11.871 empregos em junho, ou seja, 36% do total de contrata��es. No acumulado do ano, foram 60.517 admiss�es. A ind�stria � outro destaque da pesquisa, com balan�o positivo de 49.569 novos v�nculos no semestre. (CE)
