
O caso serviu de alerta para o restante do mercado, uma vez que, segundo especialistas, h� a no��o de que os neg�cios nacionais ainda n�o "acordaram" o suficiente para a gravidade da quest�o da prote��o de dados e para a a��o organizada de grupos de hackers ao redor do mundo com o objetivo de roubar dados e pedir dinheiro em troca.
Grandes empresas brasileiras foram v�timas desse tipo de a��o nos �ltimos meses, como o laborat�rio Fleury, a Protege (de seguran�a) e a gigante das carnes JBS, que pagou um resgate de US$ 11 milh�es ap�s ser alvo de um ataque nos EUA que afetou tamb�m as opera��es na Austr�lia e no Canad�.
De acordo com levantamento da ISH Tecnologia, a m�dia mensal de ataques a companhias brasileiras � de 13 mil, sendo que 57% s�o do tipo da ransomware - que pedem resgate em dinheiro. Os resgates tamb�m est�o mais caros: segundo a empresa Unit 42, os valores cobrados pelos criminosos saltaram 82% no �ltimo ano, chegando a US$ 570 mil por ocorr�ncia. Na Am�rica Latina, o Brasil concentra quase 50% dos sequestros de dados.
O investimento do empresariado brasileiro em seguran�a de dados tamb�m est� aqu�m do necess�rio, dizem especialistas. Segundo dados da �rea de riscos cibern�ticos da corretora Marsh Brasil, do total de or�amento com TI das empresas s� 5% s�o gastos em ciberseguran�a (em 2020, o �ndice era ainda mais baixo, de 3%). Uma das exce��es nessa tend�ncia � o setor financeiro, onde essas despesas sobem, ficando entre 15% e 18% dos gastos.
Na mira do Procon
Na sexta-feira, o Procon-SP disse ter notificado a Lojas Renner pedindo explica��es sobre o ataque cibern�tico. De acordo com o �rg�o, a companhia dever� esclarecer quais bancos de dados foram atingidos e se informa��es de clientes foram afetadas pela invas�o. A Renner afirmou, tamb�m na sexta, que n�o tinha sido notificada pelo �rg�o.
