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Estado de Minas Gosto de infla��o

Caf� acompanha alta dos insumos para salvar pr�xima safra

Enquanto os produtores do Sul de Minas sofrem com os impactos p�s-geada, o consumidor paga cerca de 30% a mais pelo produto


02/09/2021 04:00 - atualizado 02/09/2021 07:55

Cafezal na Fazenda Retiro das Telhas, em Coqueiral, antes, ainda verde....
Cafezal na Fazenda Retiro das Telhas, em Coqueiral, antes, ainda verde.... (foto: Bruno Rodrigues/Divulga��o)
.... E depois das geadas, que queimaram parte das plantas
.... E depois das geadas, que queimaram parte das plantas (foto: Bruno Rodrigues/Divulga��o)

No m�s de julho, lavouras do Sul de Minas foram tomadas pela geada que atingiu a regi�o. As planta��es ganharam manchas amarronzadas e parte dos cafezais foi queimada. O cen�rio de destrui��o indicou perdas significativas para as pr�ximas safras. De acordo com Adelson Costa, dono da Empresa Costa Comissaria de Caf�s, antes da geada, o mercado j� tinha reajustado o valor do caf� por ser um ano de safra baixa. Mas a queima do caf� levou ainda a um aumento de 30% no mercado.
 
“A mat�ria-prima subiu demais. Comprava-se caf� para o consumo interno, antes da geada, h� tr�s meses, na casa dos R$ 600 a saca. Hoje esse pe�o subiu para quase R$ 900 a saca. A safra que seria maior no ano que vem sofreu uma perda grande, que deve ficar em torno de 6 milh�es a 8 milh�es de sacas de caf� ar�bica menor. Esse � o motivo da subida do mercado”, explica o empres�rio e corretor de caf�. A geada atingiu lavouras no Sul de Minas, na Alta Mogiana, em S�o Paulo, mas n�o chegou � Zona da Mata, Esp�rito Santo, Bahia, e demais locais produtores de caf�.
 
Bruno Rodrigues Magalh�es � produtor rural e presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Nepomuceno, no Sul de Minas. A regi�o onde ele atua sofreu muito com a geada. “Como produtor, acredito que tivemos um preju�zo de 30% na safra e que a seca tenha tirado uns 10%, que j� v�m do ano passado. E se n�o chover nos pr�ximos dias isso pode aumentar e no total, passar dos 50%”, afirma.
 
Al�m do impacto da geada com a perda de parte da produ��o da pr�xima safra, os insumos tamb�m tiveram aumento e, segundo o corretor, contribu�ram para a alta do caf�. “Quem se prejudicou foi quem pegou a geada. Inclusive, h� produtores no Sul de Minas que n�o foram atingidos. Logicamente, que os pre�os dos insumos subiram, o que � normal. E com certeza, os que n�o foram atingidos est�o beneficiados, porque v�o continuar colhendo a mesma quantidade, e mesmo que com a alta do pre�o dos insumos eles est�o ganhando. E quem tomou geada est� perdendo, pois vai colher menos caf� e continuar pagando pelos insumos mais caros. Essa � a realidade”, analisa Costa.
 
Segundo o produtor, o aumento no pre�o do caf� agora foi necess�rio para garantir a produ��o da pr�xima safra. “Os insumos iam subir de qualquer forma, se o caf� n�o acompanhasse, n�s produtores n�o ter�amos condi��es de produzir. Como ter�amos um ano de safra alta, a geada e seca potencializaram as perdas. Isso gerou menor oferta e consequentemente maiores pre�os para o produtor e tamb�m para o consumidor final. Apesar de a margem para o produtor ainda ficar pequena, os insumos dobraram e o caf� subiu cerca de 30%”, diz Bruno.




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