Um relat�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) aponta que faltam “previsibilidade e razoabilidade” ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) para administrar as crises h�dricas e energ�ticas.
Segundo informa��es do portal G1, o relat�rio � da �rea t�cnica do TCU. Os especialistas apontam que n�o h� um plano definido pela C�mara de Regras Excepcionais para Gest�o Hidroenerg�tica (Creg) caso as chuvas demorem um pouco mais para chegar e a situa��o se complique.
A Creg foi institu�da em junho, via Medida Provis�ria. V�rios ministros do governo, entre eles Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), fazem parte da c�mara.
O TCU ainda vai analisar, em plen�rio, o relat�rio dos t�cnicos. Os ministros do tribunal podem, por exemplo, determinar medidas para aliviar a crise energ�tica.
Cr�ticas
Em agosto,
o
Estado de Minas
ouviu ambientalistas que avaliaram a atua��o da Creg como ruim
para a administra��o da crise. Para eles, o comit� passou a regular a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), que deveria administrar a quest�o.
“Esse comit� extraordin�rio de crise � de fato quem est� tomando as decis�es, com a ag�ncia reguladora significantemente neutralizada, bem como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama)”, disse o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio S�o Francisco (CBHFS), Anivaldo de Miranda Pinto.
O Brasil passa por uma dificuldade para produzir energia el�trica diante da falta de chuvas. Portanto, a principal fonte do pa�s, formada pelas hidrel�tricas, opera com capacidade inferior ao habitual.
O problema tamb�m reflete no bolso do consumidor. Sem a capacidade total das hidrel�tricas, o governo precisa comprar energia das termel�tricas, que cobram bem mais caro.
Al�m disso, esse tipo de energia � bem mais poluente, j� que vem a partir dos combust�veis f�sseis.
A crise energ�tica fez a Aneel
criar a bandeira da escassez h�drica,
que aumentou o custo da conta de luz. A cobran�a extra fez o valor de 100 kWh subir de R$ 9,49 para R$ 14,20.