
A infla��o dos combust�veis e da eletricidade ditou o ritmo da alta de 1,14% do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) em setembro , conforme os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Sozinhos, a gasolina (com alta de 2,85%) e a energia el�trica (alta de 3,61%) foram os itens com maior impacto de alta, isoladamente, contribuindo com 0,17 ponto porcentual (p.p.), cada, para a varia��o agregada do �ndice.
O grupo Transportes registrou alta de 2,22% no IPCA-15 de setembro, contribuindo com 0,46 p.p. na varia��o agregada do �ndice. Os combust�veis como um todo ficaram 3,0% mais caros em setembro, acelerando a varia��o na compara��o com os 2,02% do IPCA-15 de agosto.
Com a alta de 2,85% em setembro, o pre�o m�dio da gasolina j� acumula um salto de 39,05% nos �ltimos 12 meses. Os demais combust�veis tamb�m apresentaram altas no IPCA-15 de setembro: etanol (4,55%), g�s veicular (2,04%) e �leo diesel (1,63%).
Os problemas de escassez de insumos nas cadeias produtivas da ind�stria automotiva tamb�m impactaram a infla��o: somados, os autom�veis novos (alta de 1,70%), os autom�veis usados (1,34% mais caros) e as motocicletas (avan�o de 1,04%) contribu�ram com 0,08 p.p. no IPCA-15 de setembro.
Produtos e servi�os do mundo automotivo tamb�m ficaram mais caros. Foi o caso do seguro volunt�rio de ve�culo (3,08%), do �leo lubrificante (2,37%), do pneu (1,88%) e do conserto de autom�vel (0,81%).
Ainda em Transportes, os pre�os das passagens a�reas subiram 28,76% em setembro, ap�s a queda de 10,90% no IPCA-15 de agosto.
Segundo o IBGE, o �nibus intermunicipal ficou 0,40% mais caro, por causa de reajuste nas passagens em Salvador e Fortaleza. Outros destaques de alta no IPCA-15 de setembro foram o aluguel de ve�culo (4,63%) e o transporte por aplicativo (4,00%), que j� haviam subido no m�s anterior (9,53% e 9,12%, respectivamente).
J� a conta de luz mais cara fez o grupo ter o terceiro maior impacto de alta no IPCA-15 de setembro. O avan�o de 1,55% (abaixo do 1,97% do IPCA-15 de agosto) acrescentou 0,25 p.p. na varia��o agregada do indicador.
Em nota, o IBGE chamou a aten��o para o fato de que a alta de 3,61% na energia el�trica ficou abaixo da varia��o registrada no IPCA-15 de agosto (5,0%).
"No m�s passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acr�scimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarif�ria de Escassez H�drica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.
Al�m disso, houve alta de 2,20% no g�s encanado. Os gastos com Habita��o s� n�o corroeram mais o or�amento das fam�lias porque o pre�o da tarifa de �gua e esgoto caiu 0,08%, "consequ�ncia da mudan�a na metodologia de cobran�a das tarifas em Belo Horizonte (-9,47%), a partir de 1º de agosto".
Alimenta��o e bebidas
A alta dos pre�os dos alimentos acelerou no IPCA-15. O grupo Alimenta��o e bebidas avan�ou 1,27%, acima do 1,02% em agosto e do 0,49% de julho. Com a alta, o grupo teve o segundo maior impacto de alta no IPCA-15 de setembro, acrescentando 0,27 ponto porcentual (p.p.) na varia��o do indicador agregado.
Segundo o IBGE, a acelera��o da infla��o de alimentos foi puxada pela alimenta��o no domic�lio, que passou de uma alta de 1,29% no IPCA-15 de agosto para um avan�o de 1,51% no IPCA-15 de setembro.
Entre os destaques de alta, os pre�os das carnes subiram 1,10%, com impacto positivo de 0,03 p.p. no IPCA-15 de setembro. O IBGE destacou tamb�m as altas nos pre�os da batata-inglesa (10,41%), do caf� mo�do (7,80%), do frango em peda�os (4,70%), das frutas (2,81%) e do leite longa vida (2,01%).
O quadro s� n�o foi pior porque houve al�vio nos pre�os do arroz, que foi vil�o da infla��o de alimentos no fim de 2020. No IPCA-15 de setembro, o arroz caiu 1,03%, o oitavo m�s seguido de queda.
Tamb�m contribuiu para o al�vio a cebola, com redu��o m�dia de 7,51% no IPCA-15 de setembro, o sexta m�s seguido de recuos.
Segundo o IBGE, a alimenta��o fora do domic�lio tamb�m acelerou na passagem de agosto (0,35%) para setembro (0,69%).
"No entanto, observaram-se movimentos distintos nos dois principais componentes desse subgrupo: enquanto a refei��o subiu 1,31%, frente � alta de 0,10% no m�s anterior, o lanche registrou recuo de 0,46%, ap�s alta de 0,75% em agosto", diz a nota do IBGE.