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Estado de Minas ECONOMIA

Com pandemia, com�rcio online mais que dobra e j� chega a 21% das vendas

Os dados fazem parte de um recorte especial da sondagem, obtido com exclusividade pelo Estad�o


16/10/2021 18:00 - atualizado 16/10/2021 19:58

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Compras on-line (foto: Pixabay/Reprodu��o )
A pandemia provocou um salto na participa��o das vendas online no faturamento das empresas do com�rcio varejista brasileiro. Antes da crise sanit�ria que obrigou o fechamento das lojas f�sicas, o e-commerce representava, em m�dia, 9,2% da receita. Mas, em julho do ano passado, com apenas quatro meses de pandemia, essa marca mais do que dobrou e foi para 19,8%. E, em junho deste ano, j� estava em 21,2%.

"O resultado confirma com n�meros a hip�tese de que as empresas aceleraram o processo de digitaliza��o ao longo da pandemia, principalmente para minimizar os impactos negativos da queda de circula��o de pessoas nas lojas f�sicas", observa o economista Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Com�rcio, feita pela Funda��o Get�lio Vargas.

Os dados fazem parte de um recorte especial da sondagem, obtido com exclusividade pelo Estad�o. As vendas online, de acordo com os crit�rios adotados pelo estudo, incluem os neg�cios fechados no site, no aplicativo da loja e por WhatsApp.

A r�pida digitaliza��o ocorreu praticamente de maneira uniforme em empresas de todos os tamanhos: pequenas, m�dia e grandes. Com a reabertura das lojas f�sicas, Tobler diz que pode haver uma certa corre��o nos pr�ximos meses, mas ele acredita que muitas mudan�as vieram para ficar. Ele argumenta que essa nova forma de vender atraiu novos consumidores de v�rias localidades do Pa�s e propiciou impacto favor�vel no neg�cio dos varejistas.

Impacto

Para avaliar o saldo l�quido nas vendas do com�rcio provocado pelo abre e fecha e o impulso dado pelo com�rcio online, o economista comparou o desempenho de dois grupos de varejistas que atuam no online.

As empresas cuja fatia do e-commerce na receita est� acima da m�dia do setor conseguiram, desde de meados do ano passado at� hoje, obter um desempenho melhor de vendas em rela��o ao grupo de companhias cuja participa��o do online nos neg�cios est� abaixo da m�dia de mercado.

O economista destaca dois momentos importantes que mostram que as empresas mais digitalizadas est�o � frente das menos digitalizadas em desempenho de vendas. O primeiro momento foi no fim do ano passado, quando a recupera��o do com�rcio foi puxada pelas varejistas cujas vendas do online respondiam por uma fatia maior do que a m�dia dos setor, de acordo com informa��es apontadas pela sondagem, levando em conta o n�vel de demanda atual.

O outro momento foi no in�cio deste ano, com a segunda onda da pandemia. O estudo mostra que todo o varejo foi afetado por causa das restri��es mais severas ao funcionamento das lojas f�sicas. No entanto, as companhias com participa��o das vendas online no faturamento acima da m�dia do mercado sofreram menos e registram uma demanda ainda importante por seus produtos, observa Tobler.

Outro resultado significativo apontado pela sondagem da FGV � que 49,7% das empresas - quase a metade - n�o faziam nenhuma venda online antes da pandemia. Em julho do ano passado, essa fatia tinha recuado para 28,4% e em junho este ano estava em 20,2%.

Isso significa que quase 80% de todas as varejistas consultadas pela sondagem faziam uso de canais digitais. Esse n�mero � ainda mais significativo para as empresas de grande porte, com mais de 90% das companhias usando canais online. J� as empresas de menor porte continuam mais resistentes � digitaliza��o, com quase 30% do n�mero de varejistas focadas s� nas lojas f�sicas.

Tend�ncia. Com a avan�o da vacina��o e a reabertura da economia, Tobler acredita que a tend�ncia � de estabiliza��o das vendas do varejo como um todo por causa da concorr�ncia maior dos gastos com servi�os que ficaram de lado na fase mais cr�tica da pandemia.
Mesmo assim, Tobler acha que a fatia das vendas online no com�rcio varejista brasileiro como um todo, que girava em torno de 5% antes da pandemia, possa fechar este ano em 10%.

40% das vendas da Novo Mundo j� s�o pela web

Fundada em 1956, em Goi�nia (GO), a rede regional Novo Mundo, especializada na venda m�veis e eletroeletr�nicos, foi uma das companhias que aproveitaram a pandemia para acelerar a digitaliza��o.

Desde o ano 2000, a varejista vendia por meio do seu site, al�m das lojas f�sicas espalhadas por nove Estados nas regi�es Centro-Oeste, Norte e Nordeste e no Distrito Federal. "Antes da pandemia o online representava 22% do nosso faturamento e hoje responde por 40%", diz Matheus Sepulveda, diretor da Novo Mundo Digital.

Al�m do site, sob o guarda-chuva do online hoje est�o as vendas feitas por meio do aplicativo da loja, WhatsApp, marketplace da varejista e todos os neg�cios fechados que foram influenciados pelo meio digital.

O diretor conta que a venda do online cresceu 58% no ano passado, na compara��o com 2019 e garantiu que a empresa como um todo repetisse a receita do ano anterior.

Com o fechamento das lojas f�sicas por causa da crise e sanit�ria, a varejista implementou as vendas por meio de WhatsApp e aplicativo. Mas o grande impulso veio com a digitaliza��o das lojas f�sicas no per�odo. "J� t�nhamos acordado para o digital, mas realmente a pandemia acelerou essa mudan�a", diz Sep�lveda.

As 139 lojas tradicionais passaram por uma reforma radical no modo de operar para se consolidar num formato multicanal. Os vendedores passaram a ser consultores e ficaram respons�veis pela venda como um todo, da escolha do produto na loja f�sica ou no meio online at� o pagamento. As vendas online e as das lojas f�sicas passaram a atuar de forma integrada, com o consumidor podendo comprar no site e retirar na loja ou escolher na loja e comprar no site.

Al�m disso, as lojas viraram minicentros de distribui��o, dando mais agilidade �s entregas das compras feitas online. "Hoje nas capitais entregamos as compras online em at� duas horas", diz o diretor.

A transforma��o da 139 lojas f�sicas tradicionais para o formato multicanal custaram � companhia R$ 75 milh�es. No m�s passado, a varejista retomou o plano de abertura de lojas. Foram cinco novos pontos de venda em setembro. "Queremos aumentar a capilaridade nos Estados onde estamos", diz Sepulveda. A empresa, que neste ano deve faturar R$ 1,2 bilh�o, quer abrir mais tr�s lojas at� dezembro e 20 em 2022. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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