
De acordo com o �ndice de Atividades Tur�sticas, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o volume de receitas do setor avan�ou 49,1% desde o fim da segunda onda da pandemia no Brasil. E, embora ainda esteja 20,7% abaixo do n�vel registrado antes do in�cio da crise sanit�ria, � o melhor resultado desde fevereiro de 2020.
Com a perman�ncia desse cen�rio, a CNC projeta que as atividades tur�sticas faturem R$ 171,9 bilh�es ao longo da pr�xima alta temporada o que contribuiria para levar o n�vel de volume de receitas ao patamar registrado imediatamente antes do in�cio da pandemia a partir de maio de 2022.
Segundo o presidente da CNC, Jos� Roberto Tadros, um sinal de reativa��o parcial das atividades � o comportamento de pre�os setoriais.
“Embora, durante a primeira onda da pandemia de COVID-19, os servi�os tur�sticos tenham ficado mais baratos, apresentando redu��es de 6,3% nas di�rias de hot�is e pousadas e de 28,5% nas passagens a�reas, por exemplo, nos �ltimos meses, a retomada da demanda e, principalmente, a evolu��o de tarifas, como a energia el�trica, v�m pressionando praticamente todos os pre�os da economia”, avaliou.
De acordo com a entidade, apenas em 2021, a energia el�trica acumulou alta de 24,97% e os gastos com energia representam, em m�dia, 19% dos custos nos servi�os de hospedagem e 15% em bares e restaurantes
“Ainda assim, de mar�o de 2020 a outubro de 2021, a varia��o m�dia dos pre�os dos servi�os tur�sticos (%2b7,8%) se deu abaixo da infla��o medida pelo IPCA-15 ( 11,8%) e alguns servi�os t�picos do setor ainda apresentaram pre�os inferiores aos praticados antes do in�cio da crise sanit�ria, como hospedagem (-5,7%), transporte por aplicativo (-6,7%) e passagens rodovi�rias intermunicipais (-10,7%)”, informou a CNC.
Avan�o na vacina��o
O estudo tamb�m aponta que os impactos positivos da flexibiliza��o v�m sendo percebidos na gera��o de postos de trabalho formal nas atividades tur�sticas. Em 2020, quando o setor apresentou retra��o de 36% no volume de receitas, a diferen�a entre o n�mero de admiss�es (897,51 mil) e desligamentos (1,13 milh�o) produziu um saldo negativo anual de 238,68 mil vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Entre janeiro e setembro de 2021, antes do in�cio do per�odo de contrata��es para a alta temporada, as empresas j� haviam registrado um saldo positivo de 167,53 mil postos formais. A maior parte dessas vagas (126,8 mil) foi gerada a partir de maio, com o avan�o da vacina��o.
O economista da CNC respons�vel pela pesquisa, Fabio Bentes, analisa que, tradicionalmente, o segmento que mais oferece oportunidades tempor�rias nessa �poca do ano � o de bares e restaurantes.
“Para a temporada iniciada este ano, o ramo dever� responder por 77,5% ou 63,4 mil vagas. Outro ramo que costuma se destacar � o de hospedagem, que, historicamente, oferece durante o per�odo a quase totalidade (97,2%) das suas vagas tempor�rias ao longo de doze meses. Para a alta temporada 2021/2022, esse segmento dever� responder por 13,8% (11,2 mil) do total de empregos criados no turismo”.
Em rela��o �s ocupa��es, os principais profissionais demandados pelo setor ao longo da pr�xima alta temporada dever�o ser recepcionistas (14,49 mil vagas); cozinheiros e auxiliares (8,09 mil); camareiros (7,30 mil); gar�ons e auxiliares (4,76 mil); e auxiliares de lavanderia (7,76 mil). A expectativa � que S�o Paulo (23,49 mil vagas), Rio de Janeiro (10,34 mil) e Minas Gerais (7,43 mil) ofere�am metade do total de vagas.