'Nunca vendi tanto', comemora expositora da Feira Nacional de Artesanato

A feira conta com 620 estandes e espera um p�blico de 100 mil pessoas. Uma novidade � a volta de shows e atra��es art�sticas e culturais que foram suspensas na edi��o de 2020, por causa da pandemia. Neste ano, ser�o cerca de 30 atra��es de m�sica e dan�a, al�m de cortejos folcl�ricos que percorrem todo o espa�o da exposi��o.

M�nica Geralda Rosa exp�e seus bordados no estande do Distrito Federal. Ela � mineira de Patos de Minas, mas mora em Bras�lia.

“Ontem o movimento n�o estava bom. Mas hoje a feira est� �tima, muito movimentada. N�o parei de vender um minuto. � a melhor feira de que participo desde 2017, nunca vendi tanto”, comemora. 

Ela conta que fez um intervalo nas vendas e aproveitou para comprar licores e doces. “Eu estou vindo pegar, sen�o eu sei que n�o consigo levar para casa porque vai vender tudo.”

 

 

Al�m de expor seus trabalhos na feira, M�nica tamb�m foi convidada para participar do projeto Borda Mariana, ensinando mulheres afetadas pelo rompimento da barragem do Fund�o, em Mariana. A artes� explica que conheceu a criadora do projeto em uma feira de bordados e rendas, em Bras�lia.

 

“A gente fez um combinado de eu ir a Mariana, dar aula presencialmente para as afetadas. S� que veio a pandemia, ent�o ela me desafiou a fazer v�deos.” 

 

 

Nos v�deos, ela ensinou as mulheres a bordar cinco monumentos da cidade hist�rica em toalhas. Foram montados kits com esse material e enviados para 300 ag�ncias tur�sticas de todo o Brasil, para divulgar Mariana. A artes� gostou tanto da experi�ncia que planeja criar um canal no Youtube para ensinar os bordados.

Outra artes� � Iris Ferreira Lana, que exp�e pe�as de cama, mesa e banho no estande do Vale do Jequitinhonha e participa do evento desde 2003. Ela conta que o movimento est� bom, mas as vendas nem tanto. “O povo est� sem dinheiro, n�o est� comprando muito, n�o. Hoje, pelo menos, eu n�o vendi nada.”

 

 

Para ela, apesar de este ano a feira estar bem movimentada, as pessoas t�m comprado menos que em anos anteriores. Iris � moradora de Barra Longa, distrito de Mariana, e foi atingida pelo rompimento da barragem do Fund�o. “Fui uma das atingidas. Fui fortemente afetada, perdi todo o meu material de trabalho, tudo o que estava dentro da casa.”

 

Ela conta que se reergueu com o trabalho dos bordados. “Vou me recuperando aos poucos.”

 

Ana Fl�via Machado Dias veio a BH especialmente para visitar a feira. Ela nasceu em Ipatinga, mas mora em Campinas. “Eu amei, vim de Campinas s� para ver essa feira maravilhosa. Meu pai j� exp�s aqui e sempre falou bem dela. Ele faz brinquedos pedag�gicos. Peguei um �nibus �s 9 da noite de ontem e estou voltando em outro hoje tamb�m �s 9 da noite porque trabalho amanh�.” Os pais dela sa�ram de Ipatinga e a fam�lia se encontrou para visitar a feira. 

Depois de passear pelos estandes, Ana Fl�via diz que viu muitas coisas bonitas. “Tem de tudo um pouco, croch�, bolsas de v�rios tipos de tecido, pedras, enfeites, panos de prato mais sofisticados, produtos em madeira, bijuterias.”

 

 

Apesar de se encantar por tantos produtos, ela acabou n�o fazendo muitas compras.  “Comprei s� uma m�scara porque eu vim mais para ver a exposi��o mesmo. Mas a vontade � comprar uma coisa de cada barraca porque tem cada coisa divina”, se diverte.