
A popula��o desocupada chegou a 12,9 milh�es de pessoas, uma redu��o de 10,4% ou menos 1,5 milh�o, se comparado ao trimestre encerrado em julho, quando eram 14,4 milh�es de pessoas. Frente ao mesmo trimestre m�vel de 2020 (14,6 milh�es de desocupados), caiu 11,3% ou menos 1,7 milh�o.
Os dados s�o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), divulgada nesta ter�a-feira (28/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Ocupa��o
De acordo com a pesquisa, a popula��o ocupada atingiu 94,0 milh�es de pessoas, com crescimento de 3,6% ou 3,3 milh�es de pessoas ante o trimestre anterior e avan�ou 10,2% ou 8,7 milh�es de pessoas, em rela��o ao mesmo trimestre de 2020.
O n�vel da ocupa��o, que � o percentual de pessoas ocupadas na popula��o em idade de trabalhar, foi estimado em 54,6%, segundo o IBGE, o maior desde o trimestre encerrado em abril do ano passado. O resultado representa tamb�m uma alta de 1,8 p.p. na compara��o com o trimestre de maio a julho de 2021. L� eram 52,8% e de 4,6 p.p. ante o mesmo per�odo do ano anterior (50,0%).
Crescimento da ocupa��o
Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a queda na taxa de desocupa��o est� relacionada ao crescimento da ocupa��o, como j� vinha acontecendo nos meses anteriores. “O aumento no n�mero de ocupados ocorreu em seis dos dez grupamentos de atividades, a exemplo do com�rcio, da ind�stria e dos servi�os de alojamento e alimenta��o”, observou.
De acordo com o IBGE, o aumento na ocupa��o teve influ�ncia do n�mero de empregados com carteira de trabalho no setor privado, que alcan�ou 33,9 milh�es, um avan�o de 4,1% se comparado ao trimestre anterior. O percentual equivale a 1,3 milh�o de pessoas a mais.
“Do aumento de 3,3 milh�es de pessoas na ocupa��o, 40% s�o trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Essa recupera��o do trabalho formal j� vem ocorrendo nos meses anteriores, desde o trimestre encerrado em julho. Ent�o, embora o emprego com carteira no setor privado ainda esteja em um n�vel abaixo do que era antes da pandemia, vem tra�ando uma trajet�ria de crescimento”, apontou a coordenadora.
Ainda no setor privado, o total de empregados sem carteira cresceu 9,5% ou 1,0 milh�o de pessoas. No trimestre encerrado em outubro, a categoria somava 12 milh�es de trabalhadores. Em igual per�odo, o n�mero de trabalhadores dom�sticos sem carteira cresceu 8,0%, e o de empregadores sem Cadastro Nacional da Pessoa Jur�dica (CNPJ) aumentou 7,4%. Com isso, a taxa de informalidade atingiu 40,7%, o que significa 38,2 milh�es de trabalhadores informais no pa�s.
O crescimento da ocupa��o influenciado pelo trabalho informal, resultou na queda de 4,6% no rendimento real habitual e atingiu R$ 2.449. Na compara��o com o mesmo trimestre do ano anterior, o recuo � de 11,1%. J� a massa de rendimento, com R$ 225 bilh�es, permaneceu est�vel frente aos dois trimestres.
“Apesar de haver um crescimento significativo da ocupa��o, a massa de rendimento permanece est�vel. Isso acontece porque o rendimento do trabalhador tem sido cada vez menor, seja porque a expans�o do trabalho ocorre em ocupa��es de menor rendimento, seja pelo avan�o da infla��o nos �ltimos meses”, comentou Adriana.
Conta pr�pria
O contingente de trabalhadores por conta pr�pria subiu 2,6%, somando 25,6 milh�es. Conforme a pesquisa, s�o 638 mil pessoas a mais nesta categoria. O aumento dos trabalhadores dom�sticos ficou em 7,8% tamb�m na compara��o com o trimestre terminado em julho, o que representa mais 400 mil pessoas. A maior parte desse aumento tamb�m veio do trabalho informal. Foram contratadas 308 mil sem carteira de trabalho assinada.
A popula��o fora da for�a de trabalho registrou queda de 2,1% em rela��o ao �ltimo trimestre. Essas pessoas que n�o estavam nem ocupadas nem desocupadas na semana de refer�ncia somaram 65,2 milh�es de pessoas no trimestre encerrado em outubro. Se comparado ao mesmo per�odo do ano anterior, apresentou recuo de 5,4 milh�es de pessoas.
Potencial
Segundo a pesquisa, ante o �ltimo trimestre, 436 mil pessoas sa�ram da for�a de trabalho potencial. A� est�o as pessoas em idade de trabalhar, nem ocupadas, nem desocupadas, mas que tinham potencial para estar na for�a de trabalho. O IBGE estimou o contingente em 9,3 milh�es de pessoas. Fazem parte do grupo os desalentados, que s�o pessoas que n�o buscaram trabalho, mas que gostariam de conseguir uma vaga e estavam dispon�veis para trabalhar. Esse grupo caiu 3,8% e foi estimado em 5,1 milh�es de pessoas. Na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior, quando eram Brasil 5,8 milh�es de pessoas desalentadas no Brasil, houve queda de 11,9%.
Com�rcio
O n�mero de ocupados no com�rcio subiu 6,4%, isso equivale a 1,1 milh�o de pessoas a mais trabalhando no setor. Na ind�stria a alta ficou em 4,6%, ou mais 535 mil pessoas. Conforme a pesquisa, em igual per�odo, mais 500 mil pessoas passaram a trabalhar no segmento de alojamento e alimenta��o (11,0%). Na constru��o, foi registrada uma eleva��o de 6,5% na ocupa��o ou 456 mil pessoas.
Adriana Beringuy informou que na compara��o com o trimestre anterior, dos dez grupamentos de atividades, seis tiveram crescimento na ocupa��o e os demais ficaram est�veis. “Quando comparamos com o mesmo trimestre do ano anterior, nove apontaram crescimento significativo. Isso indica que a conjuntura econ�mica do trimestre encerrado em outubro � muito diferente do mesmo per�odo do ano passado. A recupera��o j� mostra um cen�rio muito mais favor�vel para a ocupa��o”, completou.
Pesquisa
A Pnad Cont�nua � o principal instrumento para monitoramento da for�a de trabalho no pa�s. Segundo o IBGE, a amostra da pesquisa por trimestre no Brasil � realizada em 211 mil domic�lios com cerca de dois mil entrevistadores, em 26 estados e Distrito Federal, integrados � rede de coleta de mais de 500 ag�ncias do �rg�o.
Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE adotou a coleta de informa��es da pesquisa por telefone desde 17 de mar�o de 2020. “� poss�vel confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matr�cula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, indicou o IBGE.