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Estado de Minas MAIS AUMENTOS

Rem�dios devem subir 10% e planos de sa�de, 15%

C�lculos s�o do Citi e do BTG Pactual. No caso dos conv�nios m�dicos, previs�o se refere a contratos individuais e familiares, que t�m corre��o anual pela ANSS


14/01/2022 08:38

Ilustração mostra pessoa com lupa olhano o símbolo da saúde
(foto: J�lio Lapagesse/CB/D.A Press)


A jovem Isabela Ribeiro, 25, diagnosticada com s�ndrome de Turner, precisa fazer tratamento cont�nuo por conta da doen�a, de origem gen�tica. Aut�noma, ela conta que n�o consegue arcar com os pesados custos de um plano de sa�de. "Os planos t�m se tornado cada vez mais caros, eu n�o tenho condi��es de pagar. A n�o ser que eu tenha um emprego de carteira assinada que me forne�a um plano de sa�de", condiciona. Para a jovem, um dos grandes benef�cios de ter um conv�nio m�dico seria realizar exames com mais rapidez, j� que, muitas vezes, a din�mica da rede p�blica � mais demorada.

Neste come�o de ano, os bancos, tradicionalmente, come�am a fazer as contas e sinalizam os aumentos na �rea da sa�de que vem por a�: pelos c�lculos do Citi, os medicamentos ter�o alta de 10%. J� os planos de sa�de, pelas proje��es do BTG Pactual, devem ficar 15% mais caros. Um impacto no bolso de todos os brasileiros.

Atualmente, Isabela Ribeiro faz tratamento no Hospital de Base do Distrito Federal e busca medicamentos e atendimento pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS). Mas isso n�o a deixa imune dos impactos causados pela alta dos pre�os dos rem�dios. "Meu horm�nio de crescimento � fornecido pelo SUS, mas os outros medicamentos que os m�dicos passam eu tenho que comprar. Lidar financeiramente com isso � procurar cupom, desconto, assist�ncia do SUS em tudo que voc� tiver direito e tentar minimizar os custos ao m�ximo", relata.

O economista e professor de Especializa��o em Mercado Financeiro na Universidade de Bras�lia (UNB) C�sar Augusto Bergo explica que os aumentos refletem a infla��o e os custos dos insumos. "No caso do medicamento, tem o aspecto da importa��o dos insumos, que opera em rela��o ao d�lar. Na hora de comprar, �s vezes n�o se encontra o gen�rico, e n�o d� pra deixar de tomar. Mas existem rem�dios hoje que est�o totalmente fora do or�amento das fam�lias", analisa.

Isabela lamenta que, dentro da realidade brasileira, n�o haja nada que se possa fazer para frear o aumento dos pre�os e desabafa: "�s vezes, gasto R$ 300 ou R$ 400 de farm�cia por m�s. Na maioria das vezes, utilizo cart�o de cr�dito. S� resta minimizar os custos da forma como a gente consegue".

Os ajustes que os brasileiros fazem para reduzir gastos tamb�m est�o presentes quando se trata dos planos de sa�de. H� quem opte por planos mais simples para n�o arcar com custos exorbitantes — e as operadoras de sa�de fornecem op��es. "Alguns planos usam artif�cios de reduzir a cobertura, de hospitais, m�dicos, procedimentos para que n�o exista tanto aumento na mensalidade. Mas o consumidor precisa ficar atento, porque toda a cobertura � qual ele tem acesso, que assinou no contrato, n�o pode mudar no meio do per�odo", alerta o economista.

O aumento nas parcelas dos planos de sa�de vai al�m da quest�o monet�ria: impacta a qualidade do servi�o. "Contratos de sa�de com cobertura gen�rica implicam em aumento de custo para o consumidor, porque, na pr�tica, a cobertura reduziu. Piora a qualidade do plano", avalia Bergo. Ele destaca que h� muitas operadoras no mercado, e o plano precisa ser escolhido de acordo com a situa��o de cada pessoa, para que, no fim das contas, os custos com sa�de n�o pesem tanto no or�amento e de fato atendam a realidade do consumidor.

O advogado especialista em contratos de plano de sa�de Marco Mota diz que o aumento de 15% estimado para os conv�nios individuais pode dar um susto no primeiro momento, mas se mant�m na m�dia dos �ltimos anos. "Se observarmos os anos anteriores � pandemia, de 2015 at� 2019, constataremos que a m�dia de reajuste anual foi de 11,60%. O reajuste estimado revela a volta aproximada aos percentuais anteriores, somados ao aumento de custos para tratamentos das demandas eletivas que estavam represadas", analisa.

Tradicionalmente, reajustes nos planos individuais tamb�m costumam puxar aumento nos conv�nios coletivos, que s�o a maioria dos contratos no Brasil. No entanto, Marco diz que � dif�cil estipular o quanto o aumento de 15% nos planos individuais pode influenciar em um reajuste nos coletivos: "Considerando que os reajustes nos planos coletivos sempre s�o acima dos individuais, j� que n�o s�o regulados pela ANS, � dif�cil prever se esse percentual tamb�m ocorrer� nesses planos coletivos", afirma o advogado.


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