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Estado de Minas NEG�CIOS

Micro e pequenas empresas criaram 71% dos empregos gerados durante pandemia

Um levantamento do Sebrae aponta que, entre julho de 2020 e julho de 2021, os pequenos neg�cios criaram 2.094.812 vagas com carteira assinada


24/01/2022 07:33

Um levantamento do Sebrae aponta que, entre julho de 2020 e julho de 2021, os pequenos negócios criaram 2.094.812 vagas com carteira assinada
Um levantamento do Sebrae aponta que, entre julho de 2020 e julho de 2021, os pequenos neg�cios criaram 2.094.812 vagas com carteira assinada (foto: Kleber Sales/CB/D.A Press)

Ap�s dois anos de dificuldades com a crise econ�mica causada pela pandemia da covid-19, os empreendedores do pa�s come�am 2022 com incertezas. Em um ano de elei��es presidenciais, com perspectivas de desacelera��o na economia em meio � instabilidade pol�tica, os impactos negativos aos donos de neg�cios podem ser grandes. Mas muitos arrega�am as mangas em busca do sucesso.

"No primeiro per�odo da pandemia, o impacto foi muito forte para aqueles que dependiam de atividades presenciais. Houve uma certa demora para que medidas de aux�lio fossem estruturadas, sobretudo o acesso a linhas especiais de cr�dito", explica o gerente de Atendimento Personalizado do Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Distrito Federal, Ricardo Gomes. A alta nas taxas de juros e o menor poder aquisitivo devido � infla��o criaram um quadro adverso para esses neg�cios, explica o especialista. "� fundamental que os governos voltem a pensar em novas medidas de socorro", apela.

Gomes esclarece que, com a diminui��o das restri��es sanit�rias, as micro e pequenas empresas voltaram a contratar e o segmento gerou mais emprego do que fechou. Um levantamento do Sebrae aponta que, entre julho de 2020 e julho de 2021, os pequenos neg�cios criaram 2.094.812 vagas com carteira assinada, o que representa 71,8% dos postos abertos no pa�s durante esse per�odo. Dados que s�o comemorados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bruno Barboza, 40 anos, � um dos brasileiros que decidiu investir no pr�prio neg�cio em plena pandemia. Com experi�ncia na cozinha, o chef abriu a Zuri Sandwich Shop no fim do ano passado. O restaurante fica no bairro de �guas Claras, em Bras�lia. De dia, vende almo�o caseiro e, a partir das 17h, come�a a servir sandu�ches, a especialidade da casa. "O nosso foco s�o sandu�ches diferentes, de pastrami, peixe, peito bovino", enumera o chef.

O empres�rio conta que sempre teve de trabalhar com sandu�che e come�ou a procura de um estabelecimento at� encontrar uma boa oportunidade. "J� est�vamos procurando um local para fazer uma reforma e transformar em restaurante. Nessa procura, achei uma casa praticamente pronta, s� tivemos que pintar, deixando com nossa cara, nossas cores", afirma.

Um m�s depois da abertura do restaurante, Bruno reconhece que o come�o � sempre dif�cil e, mesmo se tratando de um neg�cio no ramo aliment�cio, ele conta que apenas uma boa comida n�o garante o sucesso financeiro.

"N�o adianta s� ter um bom produto. � preciso se preocupar com muita coisa para fazer o neg�cio deslanchar, principalmente o marketing, tem que se fazer conhecer. Abrimos o neg�cio e estamos com pouco tempo para virar, porque querendo ou n�o, vai consumindo financeiramente, e temos que fazer acontecer agora", argumenta.

Para conquistar o p�blico, o chef planeja uma a��o de marketing pelo pelo bairro e pretende come�ar o delivery no pr�ximo m�s. "O bom � que n�s 'nascemos' durante a pandemia e n�o tivemos que nos adaptar a essa realidade de delivery nos restaurantes. Sei que vamos ter sucesso a partir do momento que as pessoas conhecerem a Zuri de verdade", destaca.

A comunicadora Giuliana Abade, 23, tamb�m come�ou o pr�prio neg�cio durante a pandemia e montou uma ag�ncia de comunica��o em sociedade com uma colega: a Toppo Estrat�gias. "Percebi que muitas pessoas n�o tinham os recursos e o aprendizado necess�rio para se adaptar para o digital e que, com a comunica��o, eu poderia fazer muito mais por esses microempreendedores, por empresas que estavam tendo dificuldade", conta.

Graduada pela Universidade de Bras�lia (UnB), a jovem relata que a vontade de empreender n�o existia at� seu ingresso na faculdade e no Movimento Empresa J�nior (MEJ), no qual ficou por cerca de tr�s anos. "Eu achava que era uma coisa muito dif�cil, que n�o era para mim", conta. "Cada vez mais, fui entendendo que eu gostava disso, que eu gostava dessa �rea do empreendedorismo, da comunica��o. E a� come�ou essa vontade de abrir algo pr�prio quando eu sa�sse da faculdade", complementa.

A jovem, ent�o, se uniu a uma colega para tocar projetos como freelancer, e as duas acabaram descobrindo que formavam uma boa dupla. "Eu j� sabia que eu queria abrir [um neg�cio] h� muito tempo, s� que n�o sabia como, nem quando, nem o qu�, s� sabia que eu gostaria de trabalhar para mim, fazendo algo que eu acredite, porque eu gosto muito de participar de todo o processo, desde a cria��o at� a execu��o das coisas", acrescenta.

Assim que se formou, ela come�ou a trabalhar em uma empresa grande com o objetivo de juntar dinheiro para abrir a pr�pria. "A ideia era eu ficar com esse emprego fixo durante a jornada de trabalho normal, e, � noite ou nos intervalos, eu fazia as coisas da ag�ncia que eu estava fundando", explica. Depois de cinco meses, por�m, a comunicadora se demitiu e passou a focar apenas em seu neg�cio. "Eu tive um retorno financeiro muito bom na empresa que trabalhava, mas n�o era algo que eu acreditava, e comecei a ter uma rela��o muito ruim com o trabalho por conta disso", desabafa.

*Estagi�rios sob a supervis�o de Rosana Hessel



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