
Apesar da infla��o e das consequ�ncias do conflito envolvendo R�ssia e Ucr�nia, a produ��o de a�o no Brasil cresceu 4,9% em um ano, chegando ao total de 2,9 milh�es de toneladas produzidas. Os dados s�o da A�o Brasil, entidade que responde pela atividade.
As exporta��es renderam no m�s passado o montante de US$ 993 milh�es. Foram enviadas para fora do Brasil uma remessa de 1,2 milh�es de toneladas de a�o.
Com isso, a produ��o em 2022 deve avan�ar 2,2% em rela��o ao ano passado, com 36,9 milh�es de toneladas produzidas nas ind�strias de todo o pa�s.
O crescimento � bem inferior se comparado ao ano passado, que obteve avan�o de 15,2% na produ��o frente a 2020, no auge da pandemia do coronav�rus. O total produzido, por�m, foi inferior no per�odo: 36,1 milh�es de toneladas.
A A�o Brasil tamb�m prev� eleva��o de 2,5% nas vendas internas, chegando a um total de 23 milh�es de toneladas. Por sua vez, a expectativa � de que 11 milh�es de toneladas de a�o sejam exportadas para o mercado internacional, crescimento de 1,5% em rela��o a 2021.
O consumo aparente, que inclui vendas internas e importa��o por distribuidores e consumidores, tamb�m ter� previs�o de crescimento de 1,5%, com cerca de 26,8 milh�es de toneladas.
Em mar�o de 2022, a produ��o de a�o bruto foi de 2,9 milh�es de toneladas, o que corresponde a um aumento de 10,1% em rela��o ao m�s anterior. As vendas internas cresceram 20,2% no m�s passado em compara��o com fevereiro, chegando a 1,8 milh�es de toneladas. Enquanto isso, o consumo aparente cresceu 14,7% em mar�o sobre fevereiro de 2022, chegando a 2,1 milh�es de toneladas.
“N�o falta oferta de a�o, o que falta � a demanda. A ind�stria segue comprometida com o pa�s. O a�o � parte de uma cadeia que vem sendo duramente afetada nos �ltimos anos”, explica o presidente da A�o Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.
Infla��o
O levantamento da A�o Brasil mostrou que os principais insumos da ind�stria de a�o tiveram infla��o gigantesca desde janeiro de 2020. O carv�o mineral teve eleva��o de 315,8% no per�odo, enquanto o ferro-gusa obteve alta de 218,7%. N�quel (180,1%), sucata (158,7%) e zinco (108,4%) tamb�m apresentaram grande eleva��o do pre�o no mercado internacional e impactaram no setor nacional.
A guerra na Ucr�nia foi o estopim para a eleva��o da mat�ria-prima e insumos energ�ticos. Marco Polo afirmou que a contribui��o do a�o no �ndice de Pre�o ao Atacado (IPA) da Funda��o Get�lio Vargas � muito baixa, por isso, n�o tende a chegar ao consumidor final com intensidade. “O a�o n�o pode ser responsabilizado pela infla��o. � uma preocupa��o essa grande escalada dos pre�os dos insumos”, afirmou o presidente executivo da A�o Brasil.
Segundo a A�o Brasil, no acumulado em 12 meses, considerando o IPA total de 17,6%, a participa��o do vergalh�o foi de apenas 0,013 ponto percentual e da bobina a quente de 0,103 p.p., produtos que representam os laminados longos e planos.