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Estado de Minas EDUCA��O

Professores da rede privada de BH paralisam atividades nesta ter�a (24)

Docentes de escolas particulares fazem manifesta��o e podem aprovar greve se negocia��o com empresas n�o avan�ar


24/05/2022 04:00 - atualizado 24/05/2022 07:42

Escola da Serra liberou os professores para participarem da assembleia, segundo informou o sindicato da rede privada
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 28/8/18)
Na v�spera da paralisa��o dos professores de escolas particulares de Belo Horizonte e regi�o, a ades�o da categoria ao movimento esquentou o debate entre os docentes e as institui��es de ensino. Segundo o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG), apenas dois col�gios informaram a libera��o dos funcion�rios para participarem de assembleia marcada para as 10h de hoje. J� o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro) diz que a informa��o � falsa e acusa os estabelecimentos de pr�ticas ilegais para impedir a ades�o de profissionais.

 

Em nota, o Sinepe disse que o Col�gio S�o Jos�, no Bairro Floresta, e a Escola da Serra, no Bairro Serra, ambas em BH, foram as �nicas a informar que os professores podem participar do evento, que ocorrer� na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O sindicato ainda afirma que as institui��es particulares de ensino t�m experi�ncia em suprir a aus�ncia de professores e, por isso, contornar�o uma eventual ades�o de docentes com “solu��es pertinentes e adequadas”. A paralisa��o foi aprovada pelos professores em assembleia na sexta-feira.

 

"Na base do nosso sindicato em Belo Horizonte est�o mais de 900 escolas. Dessas, s� duas v�o liberar os professores para a assembleia nessa ter�a", pontuou Winder Almeida, presidente do Sinep. Para ele, n�o se trata de uma paralisa��o, e sim de uma suspens�o pontual das atividades. “O Sinpro est� no direito deles de convocar a assembleia, mas n�o temos preocupa��es quanto a isso”, concluiu o presidente. Em Belo Horizonte, o Grupo Bal�o Vermelho e a Escola da Serra enviaram comunicados aos pais informando sobre a suspens�o das aulas hoje. Enquanto as escolas Santa Doroteia, Santo Agostinho, Sagrado Cora��o de Jesus, Santa Maria, Marista, Loyola e Santa Marcelina afirmaram que as atividades ser�o mantidas normalmente.

 

Os dados apresentados s�o questionados pelo sindicato dos professores. A diretora do Sinpro Clarice Barreto disse ao Estado de Minas que n�o tem como prever a ades�o da categoria � paralisa��o de hoje, mas que a mobiliza��o est� forte. A convoca��o para a assembleia vale para 400 cidades do estado. Os professores da rede particular de ensino protestam por uma recomposi��o salarial de 19,7%, acrescida de 5% de ganho real, al�m das perdas inflacion�rias. Segundo os docentes, a oferta das escolas � de 5% de reajuste para profissionais do ensino b�sico e 4% para os de ensino superior. A categoria pode aprovar uma greve durante a assembleia desta ter�a caso a negocia��o n�o avance.

 

Comportamento ilegal


Durante a tarde de ontem, o Sinpro divulgou uma nota em que denuncia que escolas est�o exigindo que professores assinem um documento informando a participa��o ou n�o na assembleia marcada para hoje. O sindicato da categoria entende a pr�tica como um ass�dio moral que objetiva a n�o ades�o dos docentes ao movimento por recomposi��o salarial. O Sindicato dos Professores ainda informa que pretende acionar a Justi�a para resolu��o dos casos identificados. Segundo o Sinpro, o comportamento das escolas fere o artigo 9º da Constitui��o, que determina o direito de greve.

 

Os professores tamb�m protestaram contra institui��es que, supostamente, teriam informado que as aulas seriam mantidas mesmo sem a presen�a de docentes. “Chega-se ao absurdo de se informar que ‘haver� aulas, mesmo sem os professores’, o que demonstra o n�vel de abusividade e ass�dio a que chegaram as institui��es de ensino. Em verdade, a categoria econ�mica das escolas particulares parece n�o ter limites nas suas pr�ticas antissindicais, chegando, agora, ao c�mulo de tentar fiscalizar, interferir e se imiscuir no movimento grevista”, aponta a nota.

 

O Sinep diz desconhecer as pr�ticas citadas pelo Sinpro por parte das institui��es filiadas ao sindicato patronal. Em nota, a entidade representativa disse que as escolas particulares de Minas entendem que esta ter�a � um dia normal de trabalho e que elas est�o preparadas para lidar com "circunst�ncias e eventualidades que sempre acometem o dia a dia de quem empreende e gera empregos e oportunidades no segmento educacional”.

 

Negocia��o


Desde 1º de abril, professores e representantes das escolas particulares est�o em negocia��o, afirmou o Sinpro. A �ltima reuni�o entre as partes ocorreu no �ltimo dia 17 e uma nova est� marcada para a tarde de hoje. “Os professores, em sua maioria, trabalham em mais de um turno, ent�o fazer uma assembleia fica complicado para atender todos os profissionais, a n�o ser que haja um dia de paralisa��o”, explica a presidente do Sinpro, Val�ria Morato.

 

“Em 2020, a categoria entendeu a situa��o que est�vamos passando e abrimos m�o de recomposi��o salarial. Ent�o a infla��o veio e corroeu o sal�rio dos professores. Em 2021, tivemos uma recomposi��o de 2,5%, abaixo da infla��o”, aponta Val�ria, que afirma que a proposta das escolas n�o contempla nem metade da recomposi��o da infla��o deste ano, que chegou a 11,73%. “� uma quest�o de desvalorizar e n�o reconhecer o trabalho feito pelos professores e professoras durante todo o tempo, em especial na pandemia. Nesse sentido, o percentual apresentado pelas escolas n�o nos contempla”, finaliza a sindicalista.

 

* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Marc�lio de Moraes 


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