
tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de segurar o pre�o dos combust�veis, de olho nas elei��es de outubro. Pelo contr�rio.
Para analistas, n�o est� claro se o discurso liberal de Guedes de que n�o haveria altera��es na pol�tica de pre�os da estatal ser� preservado em meio �s H� duas semanas, outro colaborador de Guedes, o economista Adolfo Sachsida, ex-assessor Especial de Assuntos Estrat�gicos da Economia, assumiu o Minist�rio de Minas e Energia (MME), em substitui��o ao almirante Bento Albuquerque. Apesar disso, e do discurso alinhado contra subs�dios aos pre�os dos combust�veis, analistas observam que Guedes tem aceitado um espa�amento maior para os reajustes do diesel, da gasolina e do g�s de cozinha.
Seria um sinal de que vencer a elei��o � mais importante do que aplicar a cartilha liberal, que prescreve liberdade de pre�os. Eles lembram que Bolsonaro nunca foi um liberal e que Sachsida, na verdade, � mais pr�ximo do presidente do que de Guedes, pois entrou bem antes do ex-chefe na campanha eleitoral de 2018.
A mudan�a na Petrobras � resultado da infla��o elevada, que roda acima de 10% desde setembro de 2021, em grande parte, devido � alta dos pre�os dos combust�veis, que tem incomodado Bolsonaro e os planos de reelei��o.
O presidente n�o esconde a insatisfa��o com a atual pol�tica de pre�os da estatal e vinha pedindo para que os presidentes anteriores da empresa, segurassem um pouco mais o reajuste. Andrade, se for aprovado pelo Conselho de Administra��o da Petrobras, ser� o quarto presidente da petroleira no atual governo.
"Havia uma expectativa de que Sachsida faria alguma mudan�a na pol�tica de pre�os, mas a troca da presid�ncia em t�o pouco tempo acabou sendo uma surpresa.
No fim do dia, a queda das a��es da Petrobras acabou diminuindo, porque a Bolsa brasileira est� t�o descontada que alguns operadores aproveitaram o pre�o mais baixo para comprar a��es", destacou Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da �rama. Apesar de abrir o preg�o da Bolsa de Valores de S�o Paulo (B3) em forte queda, as a��es da Petrobras encerraram o dia com baixa em torno de 3%.
Julio Hegedus, economista-chefe da Mirae Asset, lamentou o novo troca-troca na Petrobras. "Em tese, Guedes sai fortalecido, mas pelos motivos ou objetivos errados: ficar trocando o presidente da Petrobras para segurar pre�os de combust�vel, como se fosse apenas um ato pol�tico", resumiu.
De acordo com ele, o mercado avaliou a nova substitui��o de forma negativa, porque a interpreta��o � de uma interfer�ncia na estatal e na pol�tica de de paridade com a cota��o do petr�leo no mercado internacional.