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Estado de Minas ECONOMIA

Taxa Selic: Banco Central eleva taxa b�sica de juros para 13,25% ao ano

A decis�o foi un�nime e, no comunicado, o colegiado sinalizou a continuidade do ciclo de aperto monet�rio na pr�xima reuni�o do Copom, em agosto


15/06/2022 19:38

Prédio do Banco Central
O ciclo de aperto monet�rio foi iniciado em mar�o de 2021, quando a Selic estava no piso hist�rico de 2% ao ano (foto: Leonardo S�/Agencia Senado )
O Comit� de Pol�tica Monet�ria do Banco Central (Copom) elevou a taxa b�sica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,25%, nesta quarta-feira (15/6), em linha com a expectativa do mercado. 
 
A decis�o foi un�nime e, no comunicado, o colegiado que vem elevando os juros pela 11ª reuni�o consecutiva sinalizou a continuidade do ciclo de aperto monet�rio na pr�xima reuni�o do Copom, em agosto, "de forma significativa".
 
"O Copom considera que, diante de suas proje��es e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, � apropriado que o ciclo de aperto monet�rio continue avan�ando significativamente em territ�rio ainda mais contracionista. O Comit� enfatiza que ir� perseverar em sua estrat�gia at� que se consolide n�o apenas o processo de desinfla��o como tamb�m a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", destacou o comunicado.
 
O ciclo de aperto monet�rio foi iniciado em mar�o de 2021, quando a Selic estava no piso hist�rico de 2% ao ano. As estimativas de analistas do mercado, diante do aumento das press�es inflacion�rias no cen�rio externo, principalmente devido � guerra na Ucr�nia, � de que os juros continuem subindo n�o apenas no Brasil. Aqui, a Selic poder� ficar acima de 14% neste ano, em algumas proje��es, que consideram o aumento do risco fiscal devido �s medidas populistas do governo Jair Bolsonaro (PL) que est�o em curso para ele garantir a reelei��o. 
 
Mais cedo, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), surpreendeu o mercado e elevou a taxa b�sica norte-americana em 0,75 ponto percentual, para o intervalo de 1,5% a 1,75% ao ano.
 

Veja a �ntegra do comunicado do Copom

 
Em sua 247ª reuni�o, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 13,25% a.a.
 
A atualiza��o do cen�rio do Copom pode ser descrita com as seguintes observa��es:
 
O ambiente externo seguiu se deteriorando, marcado por revis�es negativas para o crescimento global prospectivo em um ambiente de fortes e persistentes press�es inflacion�rias. O aperto das condi��es financeiras motivado pela reprecifica��o da pol�tica monet�ria nos pa�ses avan�ados, assim como pelo aumento da avers�o a risco, eleva a incerteza e gera volatilidade adicional, particularmente nos pa�ses emergentes;

Em rela��o � atividade econ�mica brasileira, o conjunto dos indicadores divulgado desde a �ltima reuni�o do Copom indica um crescimento acima do que era esperado pelo Comit�;
 
A infla��o ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente, tanto em componentes mais vol�teis como em itens associados � infla��o subjacente;
As diversas medidas de infla��o subjacente apresentam-se acima do intervalo compat�vel com o cumprimento da meta para a infla��o;
 
As expectativas de infla��o para 2022, 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 8,5%, 4,7% e 3,25%, respectivamente; e
no cen�rio de refer�ncia, a trajet�ria para a taxa de juros � extra�da da pesquisa Focus e a taxa de c�mbio parte de USD/BRL 4,90*, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). Esse cen�rio sup�e trajet�ria de juros que termina 2022 em 13,25% a.a., reduz-se para 10,0% em 2023 e 7,50% em 2024.
 
Optou-se por manter a premissa de que o pre�o do petr�leo segue aproximadamente a curva futura pelos pr�ximos seis meses, terminando o ano em US$110/barril, e passa a aumentar 2% ao ano a partir de janeiro de 2023. Al�m disso, adota-se a hip�tese de bandeira tarif�ria "amarela" em dezembro de 2022, de 2023 e de 2024. Nesse cen�rio, as proje��es de infla��o do Copom situam-se em 8,8% para 2022, 4,0% para 2023 e 2,7% para 2024. As proje��es para a infla��o de pre�os administrados s�o de 7,0% para 2022, 6,3% para 2023 e 3,3% para 2024. As proje��es do cen�rio de refer�ncia n�o incorporam o impacto das medidas tribut�rias sobre pre�os de combust�veis, energia el�trica e telecomunica��es que est�o em tramita��o. O Comit� julga que a incerteza em torno das suas premissas e proje��es atualmente � maior do que o usual e cresceu desde a �ltima reuni�o.
 
O Comit� ressalta que, em seus cen�rios para a infla��o, permanecem fatores de risco em ambas as dire��es. Entre os riscos de alta para o cen�rio inflacion�rio e as expectativas de infla��o, destacam-se (i) uma maior persist�ncia das press�es inflacion�rias globais; e (ii) a incerteza sobre o futuro do arcabou�o fiscal do pa�s e pol�ticas fiscais que impliquem sustenta��o da demanda agregada, parcialmente incorporadas nas expectativas de infla��o e nos pre�os de ativos. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma poss�vel revers�o, ainda que parcial, do aumento nos pre�os das commodities internacionais em moeda local; e (ii) uma desacelera��o da atividade econ�mica mais acentuada do que a projetada. Avaliou-se que as medidas tribut�rias em tramita��o reduzem sensivelmente a infla��o no ano corrente, embora elevem, em menor magnitude, a infla��o no horizonte relevante de pol�tica monet�ria. O Comit� avalia que a conjuntura particularmente incerta e vol�til requer serenidade na avalia��o dos riscos.
 
Considerando os cen�rios avaliados, o balan�o de riscos e o amplo conjunto de informa��es dispon�veis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa b�sica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,25% a.a.
 
O Comit� entende que essa decis�o reflete a incerteza ao redor de seus cen�rios e um balan�o de riscos com vari�ncia ainda maior do que a usual para a infla��o prospectiva, e � compat�vel com a estrat�gia de converg�ncia da infla��o para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calend�rio de 2023. Sem preju�zo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de pre�os, essa decis�o tamb�m implica suaviza��o das flutua��es do n�vel de atividade econ�mica e fomento do pleno emprego.
 
O Copom considera que, diante de suas proje��es e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, � apropriado que o ciclo de aperto monet�rio continue avan�ando significativamente em territ�rio ainda mais contracionista. O Comit� enfatiza que ir� perseverar em sua estrat�gia at� que se consolide n�o apenas o processo de desinfla��o como tamb�m a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.
 
Para a pr�xima reuni�o, o Comit� antev� um novo ajuste, de igual ou menor magnitude. O Comit� nota que a crescente incerteza da atual conjuntura, aliada ao est�gio avan�ado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atua��o. O Copom enfatiza que os passos futuros da pol�tica monet�ria poder�o ser ajustados para assegurar a converg�ncia da infla��o para suas metas, e depender�o da evolu��o da atividade econ�mica, do balan�o de riscos e das proje��es e expectativas de infla��o para o horizonte relevante da pol�tica monet�ria.
 
Votaram por essa decis�o os seguintes membros do Comit�: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalh�es Rumenos Guardado, Maur�cio Costa de Moura, Ot�vio Ribeiro Damaso, Paulo S�rgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.
 
*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cota��o m�dia da taxa de c�mbio USD/BRL observada nos cinco dias �teis encerrados no �ltimo dia da semana anterior � da reuni�o do Copom.


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