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Estado de Minas CONJUNTURA

Redu��o no pre�o da gasolina pode causar defla��o em julho

De acordo com o IBGE, varia��o negativa deve ficar entre 0,6% e 0,7%. Estimativa � que o �ndice fique pr�ximo de zero em agosto


23/07/2022 09:55

Placas mostram os preços dos combustíveis em um posto de abastecimento.
(foto: Ed Alves/CB)


A queda no pre�o da gasolina devido � redu��o de v�rios tributos deve ter impacto direto na infla��o oficial do pa�s nos pr�ximos meses. A expectativa geral � que haver� defla��o do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. As estimativas variam entre uma varia��o negativa de 0,6% e 0,7%, e que o �ndice do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) fique com varia��o pr�xima de zero no m�s de agosto.

Os combust�veis t�m peso em torno de 7% no IPCA, indicador oficial de infla��o, segundo dados do IBGE. Economistas calculam que o al�vio no pre�o pago pelas distribuidoras, anunciado pela Petrobras nesta semana — que reduziu em R$ 0,20 o pre�o m�dio de venda da gasolina nas distribuidoras — pode chegar a 2% para os motoristas nos postos.

Os revendedores j� vinham baixando o pre�o nas bombas na maior parte dos estados, por conta da redu��o da al�quota do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Presta��o de Servi�os (ICMS) sobre os combust�veis. Conforme a proje��o do economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, o IPCA de julho deve registrar queda de 0,60% e, em agosto, subir 0,04%. "Essa decis�o da Petrobras ter� maior impacto em agosto. Ela representa uma queda de 4,93% nas refinarias e, supondo um repasse de 50%, estamos falando de uma queda de aproximadamente 2,5% na infla��o apenas da gasolina", afirmou.


O economista-chefe da Ativa Investimentos, �tore Sanchez, destacou que, neste m�s, o impacto da queda dos pre�os dos combust�veis no IPCA ainda n�o ser� t�o significativo, porque a �ltima redu��o feita pela Petrobras ainda n�o ter� chegado na ponta, ou seja, ao consumidor final. "Existe ainda uma defasagem na transmiss�o da queda dos pre�os. O componente pol�tico tamb�m � muito incerto, considerando que n�s t�nhamos uma expectativa de alta na verdade no pre�o da gasolina", disse.

O al�vio na cota��o internacional do barril petr�leo, que voltou a ficar abaixo de US$ 100 nos �ltimos dias, tamb�m viabilizou a defla��o esperada para o IPCA deste m�s. Para o head de Investimentos da Nomad, Caio Fasanella, ainda n�o � poss�vel precificar o tamanho do impacto dessa redu��o na infla��o anualizada, devido �s condi��es do mercado. "Ainda n�o existe um consenso entre os economistas, porque pode haver mudan�as a depender de outros fatores, como o c�mbio, que pode causar press�o inflacion�ria", explicou.


Revis�es

Algumas institui��es passaram a estimar um IPCA at� 1,5 ponto porcentual inferior ao projetado antes. "Toda essa quest�o da redu��o tribut�ria, mais a desacelera��o da infla��o at� o final do ano deve impactar de 1% a 1,5% no IPCA neste corrente ano, a ponto de que a proje��o da infla��o fique entre 7 e 7,5%", disse o Matheus Pe�anha, pesquisador e economista do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (FGV Ibre).

Segundo Penha�a, ainda h� margem para novas quedas nos pre�os do combust�vel, o que deve gerar uma defla��o ainda maior nos meses seguintes. "Quem diria que, neste ano inflacion�rio doido de 2022, ter�amos um m�s com infla��o negativa. As perspectivas mostram que pode haver novas quedas na gasolina mais � frente. Temos uma perspectiva de queda tamb�m nos pre�os do petr�leo. A commodity tem oscilado, mas a tend�ncia � de queda. O c�mbio tamb�m j� se encaminha para o campo mais est�vel, o que deve gerar uma desacelera��o ainda maior no combust�vel", afirmou.

O governo est� correndo contra o tempo na tentativa de mostrar ao consumidor que tem trabalhado para diminuir o peso no bolso dos eleitores. Ontem, foi editado um decreto que flexibiliza prazo para a compra de cr�ditos de descarboniza��o do setor de combust�veis, medida que tamb�m pode ajudar a reduzir ainda mais o pre�o nos postos. Segundo o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, o diesel e a gasolina devem ter uma redu��o de R$ 0,10.

Analistas avaliam que essa queda da infla��o ser� um componente importante para a campanha eleitoral, que come�a em agosto. "Combust�veis como o diesel, que s�o utilizados no transporte rodovi�rio, acabam impactando tamb�m no aumento de pre�o de outros itens da cesta de produtos, como os alimentos, porque afetam os custos de distribui��o dos produtos. A expectativa � que a redu��o do pre�o do diesel segure um pouco o espalhamento da infla��o em rela��o aos demais itens", disse Fasanella.


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