As promessas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder reajuste para o funcionalismo devem custar bem mais do que os R$ 11,7 bilh�es reservados pela equipe econ�mica para essa finalidade no ano que vem, podendo chegar a R$ 67 bilh�es, dependendo do percentual de reajuste.
Essa � apenas uma das bombas fiscais que n�o cabem no Or�amento de 2023, que precisa ser enviado pelo Executivo ao Congresso at� hoje, e deve custar mais do que o aumento de R$ 200 no Aux�lio Brasil a partir do ano que vem.
Essa � apenas uma das bombas fiscais que n�o cabem no Or�amento de 2023, que precisa ser enviado pelo Executivo ao Congresso at� hoje, e deve custar mais do que o aumento de R$ 200 no Aux�lio Brasil a partir do ano que vem.
Um aumento de 5% para o funcionalismo federal pode custar R$ 17 bilh�es em 2023, pelos c�lculos do economista Gabriel Leal de Barros, s�cio da Ryo Asset. A estimativa � superior aos R$ 12,6 bilh�es previstos por t�cnicos da equipe econ�mica para uma corre��o nesse mesmo percentual. Caso o reajuste fique em torno de 20%, como pleitearam os servidores neste ano, a fatura anual passa para R$ 67 bilh�es, pelas contas de Barros.
No primeiro debate na TV aberta dos candidatos � Presid�ncia da Rep�blica, realizado no domingo pelo pool de ve�culos de imprensa liderado pela TV Bandeirantes e a TV Cultura, Bolsonaro voltou a prometer que manter� o valor de R$ 600 do Aux�lio Brasil em 2023, mas n�o disse com que recursos. Pelas contas de Barros, essa medida deve custar, pelo menos, R$ 50 bilh�es por ano, considerando 20 milh�es de fam�lias beneficiadas.
Mas as bombas fiscais n�o param por a�. Ainda h� o impacto adicional do reajuste do sal�rio m�nimo, considerando o aumento real do piso se ele for aplicado entre 2023 e 2026, o que deve adicionar R$ 27 bilh�es aos gastos, de acordo com o analista.
Pelos c�lculos de Barros, somente em 2023, o impacto fiscal dessas medidas gira entre R$ 70 bilh�es e R$ 120 bilh�es. Mas ele admite que a tend�ncia � que o valor fique bem maior, porque n�o est�o inclu�das na conta v�rias outras decis�es, como a prorroga��o das ren�ncias fiscais sobre combust�veis. “H� uma s�rie de despesas j� contratadas para o pr�ximo ano. Essa � apenas a ponta do iceberg”, alertou o economista da Ryo Asset. Em algumas estimativas do mercado, a fatura das bombas fiscais armadas para 2023 varia entre R$ 200 bilh�es e R$ 430 bilh�es.