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Estado de Minas ECONOMIA

Brasil deve crescer abaixo da m�dia do mundo e de pa�ses em desenvolvimento, diz FMI

Enquanto, segundo as proje��es do FMI, o Brasil deve ver seu PIB (produto interno bruto) crescer 2,8% em 2022, o mundo deve registrar crescimento m�dio de 3,2%


11/10/2022 10:35 - atualizado 11/10/2022 13:02

Linha de produção e empacotamento de massas em Sumaré, no interior de São Paulo
Linha de produ��o e empacotamento de massas em Sumar�, no interior de S�o Paulo (foto: Eduardo Knapp/Folhapress)
A economia do Brasil deve crescer neste ano abaixo da m�dia global, da m�dia da Am�rica Latina e da m�dia de pa�ses em desenvolvimento, aponta relat�rio do Fundo Monet�rio Internacional divulgado nesta ter�a-feira (11).

Enquanto, segundo as proje��es do FMI, o Brasil deve ver seu PIB (produto interno bruto) crescer 2,8% em 2022, o mundo deve registrar crescimento m�dio de 3,2%.

O dado � divulgado em um momento em que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), propagandeia em sua campanha de reelei��o que o Brasil foi o pa�s que melhor se recuperou da crise mundial. Reportagem da Folha no m�s passado mostrou que desde os governos Dilma Rousseff e Michel Temer (2011-2018) o Brasil tem crescimento abaixo da m�dia global, e o relat�rio do FMI mostra que a tend�ncia se repetir� com o atual presidente.

A Am�rica Latina tamb�m deve ver suas economias se expandirem acima da m�dia do Brasil, com crescimento de 3,5% ao fim do ano -com aumentos maiores em pa�ses como Argentina (4%), Col�mbia (7,6%), Bol�via (3,8%) e Uruguai (5,3%).

O Brasil faz parte do grupo de mercados emergentes e economias em desenvolvimento, que devem ter tamb�m um crescimento m�dio acima do brasileiro, com 3,7%. A �ndia deve registrar crescimento de 6,8% no PIB, enquanto a China deve ver seu PIB crescer 3,2%. O �ndice chin�s, no entanto, � baixo para os padr�es do pa�s pr�-pandemia, e esse � um dos motivos que ajudam a explicar uma m�dia global baixa, segundo o FMI. Na China, tem pesado o enfraquecimento do setor imobili�rio, que representa um quinto da atividade econ�mica do pa�s, e a continuidade das pol�ticas de lockdown para conter o v�rus.

Para o ano que vem, a perspectiva do Brasil � ainda pior, com o PIB crescendo apenas 1%, enquanto o mundo deve crescer 2,7% -o que j� � considerado baixo pelos patamares do FMI. (Para o Brasil, o Banco Central prev� crescimento do PIB de 2,5% no ano que vem e 2,7% neste ano).

O relat�rio foi divulgado em meio �s reuni�es anuais do Fundo Monet�rio Internacional e do Banco Mundial, que ocorrem durante toda a semana na capital dos Estados Unidos, Washington, com pol�ticos e economistas de todo o mundo. � a primeira vez que as reuni�es acontecem de forma completamente presencial desde 2020, com eclos�o da pandemia da Covid-19.

Viajaram � cidade o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Guedes se reuniu com ministros da economia e da agricultura dos pa�ses do G20 na manh� desta ter�a, e ter� ao longo do dia encontros tamb�m com empres�rios e representantes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Chama aten��o, por�m, o fato de que o Fundo revisou as proje��es de crescimento do Brasil para cima -2 pontos a mais do que o previsto em abril deste ano-, enquanto a expectativa caiu em outras regi�es. Os EUA, por exemplo, devem fechar o ano com crescimento 2,1 pontos percentuais abaixo do que o previsto pelo FMI no primeiro semestre.

O relat�rio aponta tamb�m que o Brasil deve fechar o ano com infla��o de 9,4%, patamar alto, mas similar ao de outras economias da regi�o como Col�mbia (9,7%). Nos Estados Unidos, a infla��o, em patamares hist�ricos, deve fechar o ano em 8,1%, projeta o fundo.

Os casos mais graves no continente ocorrem na Venezuela (previs�o de 210%) e na Argentina (72,4%). O fundo prev�, por�m, que em 2023 esses dois pa�ses mantenham ou at� aumentem a hiperinfla��o, enquanto o �ndice deve baixar no Brasil (para 4,7%), Estados Unidos (para 3,5%) e em quase todos os pa�ses da regi�o.

A infla��o persistente e desenfreada � a maior amea�a � economia global, aponta o FMI, e uma s�rie de motivos explicam a alta dos pre�os. Na Europa, pesa sobretudo a crise energ�tica, com redu��o de oferta de g�s ap�s o in�cio da Guerra da Ucr�nia. O conflito tamb�m pressionou o pre�o dos alimentos no mundo todo, com a dificuldade da exporta��o de gr�os, afetando mais os pa�ses de renda mais baixa. Outro fator que influencia nos pre�os de forma global foi a alta do petr�leo -e pode ser mais significativa agora, que a Opep+ aprovou um corte na produ��o de barris por dia.

Dados divulgados pelo IBGE nesta ter�a apontam defla��o (queda de pre�os) de 0,29% em setembro, queda no IPCA pelo terceiro m�s consecutivo.

O FMI defende que os bancos centrais respondam de forma firme � infla��o, mas alerta que um aumento de taxas de juro mais alto do que o necess�rio pode empurrar as economias para uma recess�o desnecessariamente severa. A taxa b�sica de juros no Brasil, hoje em 13,75%, est� no patamar mais alto desde dezembro de 2016.


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