
Estado de Minas
Conforme novo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), Belo Horizonte foi a capital brasileira que teve o maior aumento do pre�o da cesta b�sica, registrando alta de 1,88% entre agosto e setembro em itens de alimenta��o e higiene considerados indispens�veis � popula��o.
O dado vai na contram�o da queda registrada em 12 das 17 capitais analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta B�sica de Alimentos.
O dado vai na contram�o da queda registrada em 12 das 17 capitais analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta B�sica de Alimentos.
A cesta mais cara do pa�s est� em S�o Paulo: R$ 750,74. Em seguida, aparecem Florian�polis (R$ 746,55), Porto Alegre (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 714,14). Na capital mineira, o valor � de R$ 650,16, sendo necess�rias 118 horas de trabalho para arcar com essa despesa – que, inclusive, representa 57,99% do sal�rio m�nimo de R$ 1.212.
Vale destacar que a compara��o dos valores da cesta, entre setembro de 2021 e setembro de 2022, mostrou, segundo o Dieese, que todas as capitais tiveram alta de pre�o, com varia��es que oscilaram entre 8,41%, em Vit�ria, e 18,51%, em Recife.
Considerando somente este ano, o custo da cesta apresentou eleva��o em todas as 17 capitais pesquisadas pelo departamento. Os destaques v�o para as varia��es em Bel�m (11,78%), Campo Grande (10,87%), Bras�lia (10,56%), Goi�nia (10,29%) e Jo�o Pessoa (10,08%).
Comportamento dos pre�os dos produtos
O �leo de soja registrou -0,86% em Belo Horizonte em agosto e setembro. Na outra ponta, com a redu��o mais expressiva nesses dois meses, est� Jo�o Pessoa: -10,51%. Por outro lado, no acumulado de 12 meses, o valor do item subiu em todas as capitais, com destaque para S�o Paulo (16,21%) e Florian�polis (15,25%).
“As cota��es do gr�o ca�ram no Brasil e nos Estados Unidos. O maior volume de �leo de soja ofertado pela Argentina e a menor demanda interna pelo produto tamb�m propiciaram a queda nos pre�os”, explica o Dieese.
J� a batata teve o pre�o elevado em todas as cidades da regi�o Centro-Sul. As altas mais expressivas foram registradas em Belo Horizonte (20,10%), Campo Grande (16,34%), Rio de Janeiro (16,02%) e Porto Alegre (11,91%). No acumulado de 12 meses, todas as cidades apresentaram taxas positivas, com destaque para S�o Paulo (39,77%) e Vit�ria (34,75%).
Coletado nas capitais do Sul, em Vit�ria e no Rio de Janeiro, o pre�o do feij�o preto tamb�m foi menor entre agosto e setembro em Porto Alegre, Curitiba, Florian�polis, Vit�ria e no Rio de Janeiro, com varia��o de -5,04% em Florian�polis e -0,75%, em Curitiba. Em 12 meses, os valores recuaram em todas as cidades, com destaque para Vit�ria (-17,06%). As altas cota��es do feij�o e a menor demanda reduziram o valor no varejo.
O pre�o do quilo da carne bovina de primeira diminuiu em 13 capitais, com destaque para as taxas de Aracaju (-6,27%), Salvador (-2,72%) e Rio de Janeiro (-2,37%). As altas mais expressivas foram registradas em Florian�polis (0,99%) e Campo Grande (0,82%). “A exporta��o de carne bovina teve bom desempenho, em especial para a China. No entanto, a demanda interna permaneceu enfraquecida, devido ao menor poder de compra da popula��o brasileira”, pontua o Dieese.
Por fim, houve aumento no valor m�dio do quilo da manteiga em 14 das 17 capitais analisadas. As taxas variaram entre 0,19%, em Bras�lia, e 5,44%, em Campo Grande. As diminui��es foram registradas em Jo�o Pessoa (-2,88%), Florian�polis (-1,38%) e Bel�m (-1,10%).
Cesta b�sica versus sal�rio m�nimo
Conforme explica o levantamento do Dieese, existe uma determina��o constitucional que estabelece que o sal�rio m�nimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da fam�lia dele com alimenta��o, moradia, sa�de, educa��o, vestu�rio, higiene, transporte, lazer e previd�ncia. Com base nisso, a pesquisa estimou que o valor do sal�rio m�nimo necess�rio para a manuten��o de uma fam�lia de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.306,97 – ou 5,20 vezes o m�nimo de R$ 1.212.
Em agosto, o valor necess�rio era de R$ 6.298,91 e tamb�m correspondeu a 5,20 vezes o piso m�nimo. Em setembro de 2021, o valor do m�nimo necess�rio deveria ter ficado em R$ 5.657,66 – ou 5,14 vezes o valor vigente � �poca: R$ 1.100.
Em setembro de 2022, o tempo m�dio necess�rio para adquirir os produtos da cesta b�sica foi de 118 horas e 14 minutos, menor do que o registrado em agosto, de 119 horas e 8 minutos. Em setembro de 2021, a jornada necess�ria era de 115 horas e 2 minutos.
“Quando se compara o custo da cesta e o sal�rio m�nimo l�quido, ou seja, ap�s o desconto de 7,5%, referente � Previd�ncia Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em m�dia, em setembro de 2022, 58,10% do rendimento para adquirir os produtos aliment�cios b�sicos, pouco menos do que em agosto, quando precisou usar 58,54%. Em setembro de 2021, quando o sal�rio m�nimo era de R$ 1.100, o percentual ficou em 56,53%”, destaca trecho do estudo.
O levantamento completo est� dispon�vel no site oficial do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese).