No �ltimo m�s, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 9,24% em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior. “O brasileiro ainda sente no bolso os efeitos dos �ltimos aumentos das taxas de juros e dos pre�os dos alimentos. Apesar da infla��o ter diminu�do, no dia a dia isso ainda n�o � sentido nos produtos de consumo b�sico, que seguem aumentando. Esse cen�rio impacta diretamente no or�amento familiar”, observou o presidente da CNDL, Jos� C�sar da Costa.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclus�es de devedores com tempo de inadimpl�ncia de 91 dias a 1 ano (30,19%). O n�mero de devedores com participa��o mais expressiva no Brasil em outubro est� na faixa et�ria de 30 a 39 anos (23,92%), s�o 16,07 milh�es de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Tal montante equivale a 47% do total deste grupo et�rio.
Entre os inadimplentes, 50,85% s�o mulheres e 49,15%, homens. “At� agora o consumo foi garantido pelo �mpeto do p�s-pandemia e por est�mulos fiscais, mas esse ritmo deve enfraquecer. A expectativa � de que esse cen�rio de inadimpl�ncia se mantenha nos pr�ximos meses. Por isso, o consumidor deve se manter atento aos gastos e utilizar o 13º sal�rio com muita responsabilidade, priorizando o pagamento de d�vidas”, alertou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
O valor m�dio da d�vida de cada consumidor negativado em outubro foi de R$ 3.694,06, na soma de todas as d�vidas. Considerando todas essas d�vidas, cada inadimplente devia, em m�dia, para 1,98 empresas credoras. Houve uma evolu��o das d�vidas com o setor de Bancos, que registrou crescimento de 31,82%, seguido de �gua e Luz (14,39%). Em outra dire��o, as d�vidas com o setor credor de Comunica��o (12,63%) e Com�rcio (0,39%) apresentaram queda no total de d�vidas em atraso.
A expectativa � que o pagamento do 13º sal�rio traga um al�vio aos devedores, como uma oportunidade de quitar seus d�bitos. “O momento � de priorizar as contas e n�o esquecer dos pagamentos extras do in�cio do ano. As datas comemorativas podem ser uma tenta��o, mas � importante resistir �s compras por impulso para manter o or�amento e fechar o ano sem d�vidas”, afirmou a especialista em finan�as da CNDL, Merula Borges.