
� �poca, a economia j� dava sinais de fraqueza, e a taxa estava em 6,7%. Considerando diferentes trimestres da s�rie hist�rica compar�vel da Pnad Cont�nua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua), a marca mais recente � a menor desde o intervalo at� abril de 2015 (8,1%).
O resultado divulgado pelo IBGE ficou abaixo das proje��es de analistas. Levantamento da ag�ncia Bloomberg estimava taxa de 8,5% at� outubro.
O indicador de desocupa��o marcava 9,1% at� julho, per�odo compar�vel da Pnad Cont�nua. No trimestre at� setembro, que integra outra s�rie da pesquisa, o indicador j� estava em 8,7%.
O n�mero de desempregados, por sua vez, recuou para 9 milh�es no trimestre finalizado em outubro. � o menor n�vel para o per�odo desde 2014 (6,7 milh�es).Na an�lise de diferentes intervalos da s�rie, o n�mero � o mais baixo desde julho de 2015 (8,8 milh�es).
O contingente somava 9,9 milh�es at� julho de 2022 e 9,5 milh�es at� setembro deste ano. A popula��o desempregada, conforme as estat�sticas oficiais, � formada por pessoas de 14 anos ou mais que est�o sem trabalho e seguem � procura de novas vagas. Quem n�o tem emprego e n�o est� buscando oportunidades n�o entra nesse c�lculo.
Vagas sem carteira bate recorde
A Pnad retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ at� os populares bicos.
O contingente de pessoas ocupadas com algum tipo de trabalho chegou a 99,7 milh�es. Assim, bateu novamente o recorde na s�rie hist�rica, iniciada em 2012.
"Este momento de crescimento de ocupa��o j� vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproxima��o dos �ltimos meses do ano, per�odo em que historicamente h� aumento de gera��o de emprego, a tend�ncia se mant�m", afirmou Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
De acordo com o IBGE, a gera��o de vagas cresceu tanto com quanto sem carteira assinada. O n�mero de empregados com carteira no setor privado foi de 36,6 milh�es. Subiu 2,3% (822 mil pessoas a mais) frente ao trimestre anterior.
J� o grupo de empregados sem carteira no setor privado bateu recorde. Alcan�ou 13,4 milh�es de pessoas, uma alta de 2,3% (297 mil a mais) no trimestre.
O n�mero de empregados no setor p�blico foi outro a bater recorde na s�rie hist�rica: 12,3 milh�es. Segundo Beringuy, atividades como a de educa��o, impactada pela pandemia, v�m abrindo vagas com a retomada nos �ltimos meses. Outro destaque apontado foi a �rea de sa�de.
Renda sobe ap�s perdas
A queda do desemprego, a partir do ano passado, foi acompanhada pela cria��o de empregos com sal�rios mais baixos na m�dia. A renda real ficou fragilizada com a disparada da infla��o no pa�s.
Agora, o rendimento m�dio passou a dar sinais de melhora em um contexto de tr�gua de parte dos pre�os. �s v�speras das elei��es, o governo Jair Bolsonaro (PL) buscou frear a infla��o com cortes tribut�rios sobre itens como os combust�veis.
O rendimento real habitual alcan�ou R$ 2.754 at� outubro. Cresceu 2,9% em rela��o ao trimestre anterior, at� julho, e 4,7% na compara��o com igual intervalo de 2021.
A reta final do ano costuma ser marcada por contrata��es tempor�rias em raz�o da demanda sazonal em setores como o com�rcio. A retomada do mercado de trabalho, contudo, tende a perder �mpeto em 2023, dizem analistas.
Pesa nessa avalia��o o efeito dos juros elevados, que costumam esfriar a atividade econ�mica e, consequentemente, a abertura de vagas.