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Estado de Minas MERCADO FINANCEIRO

Bolsa cai 1,7% e juros futuros sobem com an�ncio de Mercadante no BNDES

�ndice Ibovespa chegou a subir cerca de 1% durante o dia, mas encerrou o preg�o em queda de 1,71%, aos 103.539 pontos, no menor patamar desde o in�cio de agosto


13/12/2022 21:02 - atualizado 13/12/2022 22:52

Ibovespa caiu 1,7% nesta terça-feira (13/12)
Ibovespa caiu 1,7% nesta ter�a-feira (13/12) (foto: AFP / Nelson ALMEIDA)

A confirma��o pelo presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) do nome de Aloizio Mercadante para o comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social) fez a Bolsa de Valores brasileira inverter sua tend�ncia e fechar com queda de quase 2% no preg�o desta ter�a-feira (13).

O mercado de a��es vinha operando em alta no in�cio da sess�o, animado com os dados de infla��o nos Estados Unidos, que vieram abaixo do esperado: se a infla��o arrefece, os EUA podem moderar a alta dos juros para segur�-la, o que torna aplica��es de risco comparativamente mais atrativas.

O �ndice Ibovespa chegou a subir cerca de 1% durante o dia, mas encerrou o preg�o em queda de 1,71%, aos 103.539 pontos, no menor patamar de fechamento desde o in�cio de agosto. Com a queda nesta ter�a, o Ibovespa passa a acumular desvaloriza��o de 1,2% no ano.

No mercado de juros futuros, que embute as expectativas dos investidores sobre a condu��o da pol�tica monet�ria pelo BC (Banco Central), as taxas registraram forte alta. O t�tulo com vencimento em janeiro de 2024 avan�ou de 13,97% para 14,06%, enquanto o contrato para 2025 passou de 13,41% para 13,65%.

Os juros futuros de 1 ano (Swap pr� x DI de 360 dias) chegaram a 14,08% (ontem foram a 14,01%). Na �ltima sexta, estavam em 13,85%. Antes do chamado Lula Day, em que Lula se queixou da preocupa��o do mercado com a responsabilidade fiscal ap�s a elei��o, estavam em 13,26.

J� o d�lar, que registrou queda acima de 1% frente ao real no per�odo da tarde, passou a operar perto da estabilidade ap�s a confirma��o de Mercadante no BNDES, fechando com leve queda de 0,03%, a R$ 5,3100 para venda.

A indica��o de nomes de pol�ticos petistas vistos como mais favor�veis � expans�o de gastos p�blicos para comandar �reas estrat�gicas da economia tem causado descontentamento entre investidores —na sexta, Lula j� havia confirmado Fernando Haddad como seu ministro da Fazenda.

"Aloizio Mercadante, vi algumas cr�ticas sobre voc�, sobre boatos que voc� vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer para voc�s que n�o � mais boato: o Aloizio Mercadante ser� presidente", disse Lula nesta ter�a. O presidente tamb�m declarou que "vai acabar a privatiza��o nesse pa�s".

Na segunda-feira (12), a Bolsa tamb�m havia sofrido forte baixa por causa da perspectiva de que a indica��o de Mercadante implique uma linha mais intervencionista na economia, o que pode indicar mais gastos e menos controle da d�vida.

Not�cias de que o governo poderia modificar a Lei das Estatais para permitir nomea��es pol�ticas, como a de Aloizio Mercadante para o BNDES e do senador petista Jean Paul Prates para a Petrobras, estavam no centro das preocupa��es dos investidores, apesar de negativas da nova equipe.

A principal preocupa��o era com a um "perfil ideol�gico direcionado � prote��o da industrializa��o, com utiliza��o intensiva de recursos p�blicos para investimentos dentro das estruturas das empresas p�blicas", comentou Igor Cavaca, chefe de gest�o de investimentos da Warren.

Durante a campanha, Lula j� defendeu um papel mais ativo para o BNDES durante seu novo mandato. Na semana passada, o pr�prio Mercadante defendeu que o banco precisa voltar a atuar fortemente no processo de reindustrializa��o.

Nesta segunda, por�m, durante encontro com o presidente da Febraban (federa��o dos bancos), Isaac Sidney, o petista teria afirmado que o futuro governo n�o repetir� uma pol�tica de subs�dios.


Mercadante afirmou que desconhece "qualquer iniciativa" por parte do governo eleito de altera��o na Lei das Estatais —sua equipe argumenta que ele apenas colaborou com o programa de governo, e n�o atuou na campanha de Lula, o que desrespeitaria a legisla��o.

A lei diz que "� vedada a indica��o, para o Conselho de Administra��o e para a diretoria, da pessoa que atuou, nos �ltimos 36 meses, como participante de estrutura decis�ria de partido pol�tico ou em trabalho vinculado a organiza��o, estrutura��o e realiza��o de campanha eleitoral".

O economista e ex-ministro Nelson Barbosa, um dos coordenadores do grupo t�cnico (GT) de Economia, disse n�o ter opini�o sobre uma mudan�a na Lei das Estatais, e acrescentou que o assunto n�o chegou a ser discutido no GT. Ele afirmou, no entanto, que o tema vai ser avaliado pelo comit� do Minist�rio do Planejamento, que � onde est� a secretaria das empresas estatais.

Barbosa tamb�m criticou nesta segunda a rea��o do mercado � possibilidade de Mercadante ocupar uma vaga no novo governo.

O ex-ministro disse na segunda-feira que o setor financeiro reage mal "a qualquer nome do PT", mas que precisa aceitar que o partido venceu as elei��es presidenciais.

MERCADO V� COM RESSALVAS INDICA��O DE GAL�POLO


Ap�s a rea��o negativa do setor financeiro, Haddad afirmou na noite de segunda que deveria "compor uma equipe plural". "N�o quero uma escola de pensamento comandando a economia", disse Haddad. Nesta ter�a, ele anunciou dois nomes que seriam mais pr�ximos do mercado financeiro: o ex-presidente do Banco Fator, Gabriel Galipolo, como secret�rio-executivo, e o economista Bernard Appy, como secrt�rio especial para a reforma tribut�ria.

Embora seja egresso do mercado financeiro, a nomea��o da Galipolo n�o foi suficiente para convencer os agentes financeiros, que preveem uma pol�tica 'morde e assopra' de Haddad na Fazenda.

"Embora a inten��o de Haddad com isso seja tornar Galipolo um intermedi�rio com o mercado financeiro, o vi�s ideol�gico dele � muito mais ligado ao n�cleo duro do PT do que a economistas do mercado. Tanto em seus trabalhos acad�micos como em declara��es p�blicas, Galipolo mostrou-se contra algumas medidas caras para o mercado, como a independ�ncia do Banco Central e a manuten��o do teto de gastos", apontam os analistas da Guide Investimentos em relat�rio.

Na ata da reuni�o do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) da semana passada divulgada nesta ter�a, o BC (Banco Central) afirmou que o impacto de "est�mulos fiscais significativos" tende a ser maior sobre a infla��o do que sobre a atividade econ�mica em um ambiente de baixa ociosidade. O documento alerta ainda que o fiscal pode afetar a taxa neutra de juros do pa�s.

 

"O Comit� julgou que h� ainda muita incerteza sobre o cen�rio fiscal prospectivo e que o momento requer serenidade na avalia��o de riscos. O Comit� refor�a que seguir� acompanhando os desenvolvimentos futuros da pol�tica fiscal e seus potenciais impactos sobre a din�mica da infla��o prospectiva", afirmou.

 

BOLSAS NOS EUA SOBEM COM INFLA��O AMERICANA ABAIXO DO ESPERADO EM NOVEMBRO

 


Nos Estados Unidos, o dia foi de alta nas principais Bolsas, ap�s dados de infla��o abaixo do esperado animarem os investidores.


Os pre�os ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram 0,1% em novembro, abaixo da previs�o de 0,3% dos economistas consultados pela Reuters.


Nos 12 meses at� novembro, o �ndice subiu 7,1%, menor taxa desde dezembro de 2021, mostrando desacelera��o em rela��o ao aumento de 7,7% visto em outubro.


Uma menor press�o inflacion�ria aumenta as chances de o banco central americano (Federal Reserve) diminuir o ritmo de alta dos juros j� a partir da reuni�o prevista para esta quarta-feira (14), trazendo al�vio para os pre�os das a��es.


Ap�s quatro altas de 0,75 ponto percentual, levando os juros para uma faixa entre 4% e 4,25% ao ano, a expectativa dos agentes financeiros, refor�ada pelos dados de infla��o divulgados hoje, � a de um aumento de 0,50 ponto.


Nesse cen�rio, o Nasdaq, com maior concentra��o de empresas de tecnologia, avan�ou 1,01%, o S&P 500 teve valoriza��o de 0,73%, e o Dow Jones subiu 0,30%.


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