Preço da gasolina em um posto de BH

Em BH, h� postos que est�o cobrando o pre�o antigo e outros que o valor chega perto de R$ 6

Gladyston Rodrigues /EM/D.A Press
O ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Fl�vio Dino, afirmou durante a posse como novo chefe da pasta, que ir� investigar os postos de combust�vel que aumentaram o pre�o da gasolina desde o �ltimo domingo. Ele delegou ao secret�rio nacional do Consumidor, Wadih Damous, a tarefa de apurar eventuais altera��es dos pre�os nas bombas.

"J� orientei o Wadih para verificar os aumentos irrazo�veis, imoderados, dos combust�veis que vemos hoje, uma vez que n�o h� raz�o objetiva. N�o houve aumento na Petrobras e n�o h� base emp�rica para que haja essa descoordena��o em rela��o a pre�os", disse o novo ministro.

Quem passou nos �ltimos dias por postos de combust�veis no Distrito Federal, se deparou com pre�os mais altos. No �ltimo domingo, primeiro dia do ano, o litro da gasolina chegou a R$ 6,30 no Ipiranga Rede Auto Shopping, no Setor de Mans�es Dom Bosco, e a R$ 6,29 no Posto BR do Setor Hoteleiro Norte. Houve outros fortes aumentos em todo o DF.

Dois fatores influenciaram no aumento repentino dos pre�os da gasolina, segundo o presidente do Sindicato dos Postos (Sindicombust�veis-DF), Paulo Tavares. A principal explica��o foi o retorno autom�tico dos impostos federais PIS, Cofins e Cide a partir da 0h do �ltimo domingo, com o fim da isen��o concedida pelo governo passado.
No entanto, a desonera��o desses tributos ser� mantida at� 28 de fevereiro para gasolina e �lcool e at� 31 de dezembro para os outros combust�veis, como �leo diesel, biodiesel e GLP, ap�s o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) conforme medida provis�ria assinada na noite de domingo.

Entretanto, ainda no domingo, com o fim das isen��es, as distribuidoras passaram a cobrar novamente o valor integral dos tributos, o que fez o pre�o aumentar repentinamente. Segundo Tavares, as distribuidoras eram obrigadas a repassar o valor dos impostos at� que a medida assinada por Lula entrasse em vigor, com a publica��o no Di�rio Oficial da Uni�o, o que ocorreu apenas no final da manh� de ontem.

"Na pr�pria MP est� claro, que essa medida passa a valer 'a partir da sua publica��o'. Ent�o os postos e as distribuidoras, no caso, s�o obrigados a vender o produto com os impostos. Logo, quem comprou o produto hoje cedo, j� recebeu com aumento, mesmo que o presidente da Rep�blica tenha assinado a medida provis�ria", explicou o presidente do sindicato. A expectativa � de que, nos pr�ximos dias, os valores voltem ao patamar da �ltima semana.
Al�m da situa��o envolvendo a desonera��o dos impostos, algumas distribuidoras do Distrito Federal est�o passando por processo de adequa��o. Na pr�tica, isso significa que elas est�o entregando menos combust�vel do que em tempos normais.

"Se voc� est� acostumado a comprar 10 mil litros por dia e pede 30, ela n�o vai te entregar, vai mandar s� 10 mil litros, ou at� n�o entregar. Tivemos casos, inclusive, de revendedor ter cancelamento de pedido, principalmente da distribuidora Shell. Se voc� est� vendendo um produto com desconto, voc� aumenta muito o seu volume de vendas. Ent�o, isso fez com que acabassem as promo��es", disse Tavares.

Indicado para a presid�ncia da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou ontem que "n�o h� nenhuma raz�o para aumento dos combust�veis". "Quem estiver aumentando pre�o de gasolina est� sendo oportunista ou fazendo a��o pol�tica, o que � pior", disse o senador, ap�s a solenidade de posse do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

*Estagi�rio sob a supervis�o de Odail Figueiredo