Americanas deve precisar de at� R$ 21 bilh�es para atender credores

Depois de admitir uma inconsist�ncia cont�bil de R$ 20 bilh�es em seus resultados, a Americanas deve precisar de at� R$ 21 bilh�es em capital para atender seus credores, segundo c�lculos feitos pela XP Investimentos.

 

Os analistas do banco levaram em conta diferentes cen�rios de endividamento e margem operacional da varejista, ou margem Ebitda, e chegaram a uma necessidade de captar, por meio de oferta de a��es, valores entre R$ 12 bilh�es e R$ 21 bilh�es.

 

Segundo a XP, ser� poss�vel fazer uma estimativa mais exata depois que houver maior visibilidade da situa��o financeira da Americanas nos pr�ximos balan�os.

 

Al�m de projetar quanto a Americanas precisar� de dinheiro para tentar se recuperar, a XP tra�a um cen�rio sobre um eventual processo de recupera��o judicial da companhia - embora a empresa tenha afirmado que seu pedido de tutela de urg�ncia, concedido na �ltima sexta-feira, n�o implique um pedido de recupera��o. Mas a hip�tese n�o est� descartada.

Os analistas lembram que uma recupera��o judicial tem prazo m�dio de tr�s anos, mas muitas vezes esse tempo � maior, como no caso da Oi, com seis anos, e da construtora Viver, que levou cinco anos.

 

A a��o da Americanas teria que sair do Ibovespa, j� que a metodologia adotada pela B3 n�o permite que empresas em recupera��o judicial fa�am parte do �ndice. As a��es continuariam a ser negociadas, mas deixariam de fazer parte do �ndice de refer�ncia do mercado de a��es brasileiro.

CAMINHOS

A XP tamb�m lista alguns caminhos que a empresa pode adotar para retomar sua sa�de financeira. Os analistas citam venda de ativos, renegocia��o de d�vidas, as convers�es dos valores devidos em a��es da Americanas e o aumento de capital. Mas a XP n�o descarta o encerramento das atividades da Americanas.

 

A equipe de an�lise espera que as a��es continuem enfrentando volatilidade nos pr�ximos dias. Na �ltima sexta-feira, antes do pedido de prote��o � Justi�a se tornar p�blico, a a��o da Americanas subiu 15,77%, depois de cair quase 80% na quinta, um dia depois de a empresa admitir os problemas em seus balan�os da ordem de R$ 20 bilh�es.