Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula
Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil
O Brasil vai retomar as conversas para integrar a OCDE (grupo que re�ne alguns dos pa�ses mais desenvolvidos do mundo), mas pode apresentar condi��es para prosseguir no processo de ades�o ao clube que re�ne os pa�ses democr�ticos mais ricos do mundo, afirmou nesta quarta (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas no encontro do F�rum Econ�mico Mundial em Davos.
Segundo ele, o governo brasileiro voltar� a se sentar � mesa com seus parceiros em blocos comerciais e pol�ticas no exterior sob a presid�ncia de Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
A tarefa � facilitada pelo fato de o pa�s ter sido ungido, coincidentemente, com a tripla coroa das presid�ncias do Mercosul e do G20, neste ano, e a partir de 2025 dos Brics, que integra com R�ssia �ndia, China e �frica do Sul e ao qual a gest�o anterior virou as costas.
Haddad se reuniu pela manh� com o secret�rio-geral da OCDE, Mathias Cormann, em uma das salas privativas do f�rum.
"O Brasil j� participa muito da OCDE, eu mesmo quando ministro da Educa��o [em gest�o anterior de Lula] mantive a participa��o no Pisa [exame que afere o n�vel de ensino em diferentes pa�ses]. Essa aproxima��o est� acontecendo naturalmente", disse o ministro ao ser indagado sobre o processo de ades�o. "Agora vamos ver com o Itamaraty e a Presid�ncia da Rep�blica os pr�ximos passos."
A ades�o � OCDE, solicitada formalmente pelo governo Michel Temer em 2017, ganhou impulso na gest�o Bolsonaro ap�s Bras�lia obter apoio dos Estados Unidos em troca de abrir m�o de seu status especial em outro organismo multilateral, a Organiza��o Mundial do Com�rcio, em um acordo criticado na �poca. Depois, no entanto, o processo estagnou, j� que o pa�s precisa apresentar uma s�rie de medidas para se conformar ao grupo.
Questionado se houve alguma demanda por parte de Cormann, Haddad disse que n�o por ora. Aventou, por�m, que pode haver, e tamb�m por parte do governo brasileiro.
Segundo ele, h� um grupo de trabalho para o tema, no qual atual a secret�ria de Assuntos Internacionais da pasta, Tatiana Rosito, que o acompanhou a Davos e "vai apresentar os termos de uma eventual participa��o para que a Fazenda possa subsidiar o presidente na defini��o que ele tomar", afirmou.
Ele havia dito antes j� que a decis�o cabia a Lula, e nos dois mandatos anteriores o petista priorizara as rela��es com outros pa�ses em desenvolvimento.
Antes de participar de um painel sobre Am�rica Latina nesta tarde e de partir de volta para o Brasil, Haddad tamb�m se reuniu com Dara Khosrowshahi, o CEO da Uber. Segundo o ministro, na conversa ele refor�ou governo brasileiro quer regularizar a situa��o dos motoristas de aplicativo, sobretudo a previdenci�ria.
Desde a posse, 23 sindicatos que representam motoboys, motoentregadores e motofretistas solicitaram audi�ncia ao presidente e ao novo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
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