Fernando Haddad

Em 12 de janeiro, Haddad anunciou um amplo pacote de medidas com a promessa de entregar uma melhora fiscal de R$ 242,7 bilh�es nas contas p�blicas deste ano

Carl de Souza/AFP
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta segunda-feira (6/2) que os alertas do Banco Central sobre a situa��o fiscal referem-se, sobretudo, ao legado deixado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para a atual administra��o, mas que a autoridade monet�ria poderia ter sido "um pouco mais generosa" ap�s as medidas anunciadas pela gest�o petista para melhorar as contas p�blicas.


Na �ltima quarta-feira (1º/2), o Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) manteve a taxa b�sica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva, na primeira reuni�o desde que o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tomou posse.


No comunicado, o colegiado do BC fez alertas sobre as incertezas fiscais e a piora nas expectativas de infla��o, que est�o se distanciando da meta em prazos mais longos, e sinalizou que deve deixar os juros no patamar atual por mais tempo.


Os recados provocaram um aumento de tens�o na rela��o da autoridade monet�ria com o governo, gerando uma escalada nas cr�ticas disparadas pelo presidente Lula contra o BC.


"O que o Banco Central disse, eu creio que faz mais refer�ncia ao legado do governo anterior, do que �s provid�ncias que est�o sendo tomadas por este governo", afirmou Haddad.

 

 


"Existe realmente uma situa��o fiscal que inspira cuidados, mas isso � uma heran�a que temos de administrar. N�o vamos em 30 dias de governo resolver um passivo de R$ 300 bilh�es que foi herdado do governo anterior."


"Mas o nosso compromisso � com o equil�brio das contas. Anunciei no dia 12 que n�s vamos perseguir resultados melhores. Nesse particular, eu penso que a nota poderia ser um pouco mais generosa com as medidas que n�s j� tomamos", acrescentou.

 

Haddad


Em 12 de janeiro, Haddad anunciou um amplo pacote de medidas com a promessa de entregar uma melhora fiscal de R$ 242,7 bilh�es nas contas p�blicas deste ano.

 


A equipe econ�mica aposta na revers�o de desonera��es e em medidas extraordin�rias para arrecadar mais, diante da press�o do mercado financeiro para reduzir o rombo de R$ 231,55 bilh�es, agravado pela PEC (proposta de emenda � Constitui��o) que autorizou a amplia��o de despesas em 2023.