ovos amontoados
No per�odo de 12 meses at� junho, o alimento acumulou infla��o de 22,93% no pa�s, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica).
Trata-se da maior alta de pre�os do ovo em uma d�cada, desde julho de 2013. � �poca, o avan�o havia sido de 24,54%. O IPCA � considerado o �ndice oficial de infla��o do Brasil.
Conforme Andr� Almeida, analista da pesquisa do IBGE, a carestia pode ser associada a quest�es como a oferta menor provocada pelo aumento dos custos de produ��o.
"Al�m disso, o consumo de ovo cresceu no Brasil, por conta da alta de pre�os nas prote�nas concorrentes", afirma.
Em per�odos de infla��o elevada nas carnes, como ocorreu nos �ltimos anos, o ovo costuma ser visto como um substituto mais barato de prote�nas. Quando h� maior demanda pelo produto, a tend�ncia � de press�o sobre os pre�os.
O motivo, segundo Dezordi, � o recuo recente das cota��es de insumos usados na produ��o de ovos, incluindo o milho, base da alimenta��o das galinhas.
Esse al�vio j� se reflete em outros alimentos pesquisados no IPCA, como a maior parte das carnes. Peito (-10,50%), f�gado (-10,09%), paleta (-9,22%) e alcatra (-9,09%) s�o os cortes bovinos com as maiores quedas no acumulado de 12 meses do �ndice de infla��o.
O frango em peda�os (-3,94%) e o frango inteiro (-0,98%) tamb�m tiveram redu��o de pre�os no per�odo.
"Mesmo com o aumento de 22,93%, o ovo � uma prote�na mais barata se comparada �s carnes, principalmente a bovina. Esse aumento ainda pega muito do in�cio do ano", afirma Dezordi.
"A expectativa � de acomoda��o ou at� queda dos pre�os. O milho est� diminuindo, a soja est� diminuindo, as carnes est�o caindo. Tudo isso pode ajudar para que os pre�os dos ovos sofram uma queda", completa.
Considerando os 377 subitens (bens e servi�os) que comp�em o IPCA, o ovo de galinha acumulou a nona maior alta de pre�os em 12 meses at� junho.
S� ficou atr�s de tangerina (52,5%), inhame (46,95%), filhote de peixe (40,79%), farinha de mandioca (34,93%), banana-ma�� (32,62%), batata-doce (29,6%), melancia (24,9%) e alimento infantil (23,27%).
Na m�dia da alimenta��o no domic�lio, a infla��o desacelerou para 2,88% nos 12 meses at� junho. � a menor varia��o desde outubro de 2019 (2,84%).
No caso espec�fico do ovo de galinha, as capitais com as maiores altas de pre�os at� junho foram Belo Horizonte (31,92%), Aracaju (30,36%) e Goi�nia (28,94%). Em S�o Paulo, o alimento subiu 24,51% no mesmo per�odo.
**D�zia passa de R$ 13 em SP**
Em maio, o consumidor paulistano pagou em m�dia R$ 13,10 por uma d�zia de ovos brancos, conforme pesquisa da cesta b�sica realizada pelo Procon-SP em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos).
O pre�o ficou 30,9% acima do valor registrado um ano antes (R$ 10,01), em maio de 2022. "As exporta��es recordes de ovos e o frio, que reduz a produtividade das poedeiras, acarretaram diminui��o da oferta, o que encareceu o produto", afirmou o Procon-SP em nota.
A carestia do alimento n�o � uma exclusividade brasileira. Nos Estados Unidos, os pre�os tamb�m subiram em 2023, mas por um motivo diferente: a gripe avi�ria.
A doen�a provocou a morte de aves poedeiras, gerando escassez de ovos. Com a oferta restrita, houve uma press�o sobre a infla��o dos produtos.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine