Infla��o em BH tem queda pelo segundo m�s consecutivo
Levantamento feito pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas, Administrativas e Cont�beis de Minas Gerais (Ipead) mostra uma queda de 0,3% em agosto
Redu��o na tarifa de �nibus tem a maior contribui��o para a defla��o na capital mineira
Tulio Santos/EM/D.A.Press
Um levantamento feito pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas, Administrativas e Cont�beis de Minas Gerais (Ipead), vinculada � Faculdade de Ci�ncias Econ�micas da UFMG (Face), revelou que a infla��o em Belo Horizonte teve uma queda de 0,30% em agosto. Essa � a segunda diminui��o no �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano, que em julho teve uma redu��o de 0,22%.
Segundo o levantamento, a queda da infla��o no �ltimo m�s est� relacionada � diminui��o do pre�o m�dio dos itens “excurs�es” - viagens pagas - e “tarifa de �nibus urbano”, com quedas no pre�o m�dio de 6,07% e 6,44%, respectivamente. O impacto da bilhetagem do transporte p�blico no IPCA ainda se d� por resqu�cios da redu��o da passagem de R$ 6,00 para R$ 4,50, ocorrida no in�cio de julho ap�s mais de dois meses no maior patamar.
Eduardo Antunes, gerente de pesquisa da Ipead, lembra que por, muitos anos, o impacto do transporte na infla��o ficou congelado, j� que n�o ocorriam reajustes na tarifa desde o final de 2018. O item tem forte influ�ncia no IPCA devido � import�ncia para fam�lias e � quantidade de pessoas que utilizam o sistema diariamente.
Ainda em agosto a capital mineira come�ou a praticar uma s�rie de modalidades da tarifa zero no �nibus. No in�cio do m�s, por exemplo, passou a valer a gratuidade para estudantes do ensino m�dio e da Educa��o de Jovens e Adultos (EJA), e para mulheres em situa��o de viol�ncia dom�stica. No entanto, ainda n�o � poss�vel notar um impacto da medida no IPCA.
“S�o p�blicos bem restritos que n�o impactam na redu��o do bilhete m�dio calculado. O impacto � quase nenhum no �ndice de infla��o porque a grande maioria das pessoas vai continuar pagando a tarifa convencional”, explica Antunes.
O peso do transporte � ainda maior no �ndice de Pre�os ao Consumidor Restrito (IPCR), que considera os gastos das fam�lias com renda de at� cinco sal�rios m�nimos, e tamb�m teve uma queda de 0,59% no �ltimo m�s em BH. Nesse �ndice, a varia��o no item “Tarifa de �nibus urbano” retraiu 6,44%.
At� o momento, o IPCA na capital mineira teve um aumento de 4,35% no ano, sendo que o acumulado nos �ltimos 12 meses chega em 6%, seguindo uma tend�ncia nacional de estabilidade entre 5% e 7%, mas ainda � esperado um aumento de pre�os no fim do ano. “A tend�ncia � ficar um pouco mais controlado, n�o sei at� que n�vel. � comum no final de ano haver aumento de pre�os por causa do movimento das festas. Uma maior defla��o ser� apenas se acontecer algo muito extraordin�rio”, completa o pesquisador do Ipead.
O levantamento ainda revela que a defla��o � puxada pela alimenta��o na resid�ncia e produtos administrados. O primeiro grupo teve queda de 1,11% em compara��o com o �ltimo m�s, acumulando uma redu��o de 3,14% no ano. O segundo grupo teve uma redu��o de 0,73%, compreendendo transporte, comunica��o, energia el�trica, combust�veis, �gua e IPTU.
Por outro lado, se alimentar fora de casa mant�m uma trajet�ria de alta. O maior aumento foi de bebidas em bares e restaurantes, com uma alta de 3,15%. Nos �ltimos 12 meses a categoria registrou uma infla��o de 15,12%.
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